sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A igreja primitiva


“E  achado  em  forma  como  homem,  humilhou-­se  a si  mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”  - Paulo - ( Filipenses, 2: 8 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Humilhou-­se e apagou-­se para que o homem se eleve e brilhe para sempre!  Oh! Senhor, que não fizeste por nós, a fim de aprendermos o caminho da Gloriosa Ressurreição no Reino?" -( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






"A igreja primitiva começa com a fundação da igreja de Jerusalém, após o pentecostes; abrange, em seguida, o trabalho realizado pelos doze apóstolos e seus discípulos na difusão do Cristianismo, inclusive as atividades desenvolvidas por Paulo; atravessa o período de grandes provações que os cristãos sofreram durante a perseguição do estado imperial romano e se completa no início da Idade Média com a constituição da igreja apostólica romana (Ocidental) e a ortodoxa (Oriental). A era apostólica é obscura, pois não há muitas informações a respeito. De concreto, temos as informações de Lucas, inseridas em Atos dos Apóstolos. 

A documentação existente sobre a igreja primitiva focaliza dois personagens: Pedro e Paulo. Inegavelmente, muitas das informações que chegaram até nós deve-se ao trabalho de Paulo. Percebe-se que, desde a constituição das primeiras comunidades, as divergências entre os adeptos foram marcantes. Construíram grupos separados e, muitos deles, rivais. 

Logo após o martírio de Estêvão a relativa paz dos cristãos foi perturbada por uma cruel perseguição movida por Herodes Agripa I, em 44 d.C. O apóstolo Tiago foi decapitado, enquanto Pedro era preso, o que o levou, posteriormente, a afastar-se de Jerusalém [...]. Há fortes evidências de que tanto Pedro quanto Paulo tenham sido martirizados em Roma, na época de Nero, na grande perseguição ocorrida no ano 64. No ano 100 morre o apóstolo João, possivelmente. Desde a fundação da igreja primitiva, em Jerusalém, percebe-se a existência de dois partidos religiosos. Ambos aceitavam a aplicação da lei de Israel aos cristãos de origem judaica, divergindo quanto à sua aplicação aos conversos do paganismo. Paulo afirmava que os cristãos-gentios deviam gozar de liberdade quanto à lei antiga, uma vez que não estavam a ela obrigados. Tal problema, que se torna mais agudo com o estabelecimento da Igreja em Antioquia, em Chipre e na Galácia, provocou a interferência do apóstolo Paulo, que se reuniu com os líderes da Igreja em Jerusalém, onde se realizou um Concílio, de que não resultaram possibilidades de acordo. Paulo, favorável a um cristianismo não legalista, passa a trabalhar em favor de uma Igreja universal, tornando-se um fundador de uma teologia cristã. 

Importa considerar que não existia, nos primeiros tempos do Cristianismo nascente, uma coesão doutrinária entre os cristãos. As primeiras pregações caracterizavam-se por depoimentos sobre a pessoa e os ensinamentos do Cristo. Com a crucificação e ressurrei- ção de Jesus, surge um novo elemento doutrinário: o Espírito Santo, manifestado no dia de pentecostes (Atos dos Apóstolos, 4,8-12). Com o pentecostes, começa, então, a expansão do Cristianismo para o mundo pagão, a partir do foco inicial de Jerusalém. 

Os principais eventos dessa expansão podem ser resumidos em dois: 

» Fundação em Antioquia (Síria) de uma nova comunidade que acabou por se transformar em um centro de divulgação da religião helenista, base da organização da futura Igreja Católica Ortodoxa (Oriental). Foi nessa igreja que, pela primeira vez, os galileus (Atos dos Apóstolos, 1:11) ou nazarenos (Atos dos Apóstolos, 24:5) foram chamados de cristãos. 

» Constituição do Cristianismo, em Roma, pelos judeus da diáspora presentes aos acontecimentos de pentecostes (Atos dos Apóstolos, 2:10). No primeiro século da cristandade os conquistadores romanos não fazem diferença entre cristãos e judeus, porém, quando começam a ter essa percepção, institucionalizam as perseguições. Desta forma, a vida do cristão se revelou muito difícil, uma vez que a nova religião era perseguida tanto por judeus — que viam no Cristianismo uma grande ameaça aos privilégios dos doutores da lei judaica — quanto pelos romanos, que não conseguiam aceitar uma religião que pregava a liberdade, o respeito à dignidade do ser humano e o amor e o perdão como regras de conduta moral.  

As classes mais abastadas não podiam tolerar semelhantes princípios de igualdade, quais os que preconizavam as lições do Nazareno, considerados como postulados de covardia moral, incompatíveis com a orgulhosa filosofia do Império, e é assim que vemos os cristãos sofrendo os martírios da primeira perseguição, iniciada no reinado de Nero de tão dolorosas quão terríveis lembranças. Os cristãos, em consequência, passaram a viver longos períodos de tempo às escondidas, mas preservando a união entre eles. Possuíam um sentimento de irmandade, caridade e fé, inegavelmente muito maior do que se percebe no cristão de hoje." -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos






249. Percebe os sons? 

“Sim, percebe mesmo sons imperceptíveis para os vossos sentidos obtusos.” 

a) — No Espírito, a faculdade de ouvir está em todo ele, como a de ver? 

“Todas as percepções constituem atributos do Espírito e lhe são inerentes ao ser. Quando o reveste um corpo material, elas só lhe chegam pelo conduto dos órgãos. Deixam, porém, de estar localizadas, em se achando ele na condição de Espírito livre.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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