sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O Cristianismo como religião do Estado


“Antes exortai­-vos uns aos outros, todos os dias, durante  o  tempo  que  se  chama  Hoje;  para  que  nenhum  de  vós  se  endureça pelo engano do pecado.”  - Paulo - ( Hebreus, 3:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"Convites e conselhos transparecem, com mais força, do exemplo de cada um. Todo aquele que vive na prática real dos princípios nobres a que se devotou no  mundo, que cumpre zelosamente os deveres contraídos e que demonstre o bem sinceramente, está exortando os irmãos em humanidade ao caminho de elevação. É para esse gênero de testemunho diário que o convertido de Damasco nos convoca. Somente por intermédio desse constante exercício de melhoria própria, libertar-­se-­á o homem de enganos fatais." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-








"No século III, o Império Romano estava dilacerado pela guerra civil, pela epidemia da peste e pela vertiginosa sucessão de imperadores, todos apoiados num exército esgotado pelos ataques inimigos. A instabilidade política chegou ao extremo de, em 47 anos, elevar ao poder 25 imperadores. As forças espirituais que acompanham todos os movimentos do orbe, sob a égide de Jesus, procuram dispor os alicerces de novos acontecimentos, que devem preparar a sociedade romana para resgates e para a provação. A invasão dos povos considerados bárbaros é então entrevista. Uma forte anarquia militar dificulta a solução dos problemas de ordem coletiva, elevando e abatendo imperadores de um dia para outro. Sentindo a aproximação de grandes sucessos e antevendo a impossibilidade de manter a unidade imperial, Diocleciano organiza a Tetrarquia, ou governo de quatro soberanos, com quatro grandes capitais. Retirando-se para Salona, exausto da tarefa governativa, ocorre a rebelião militar que aclama Augusto a Constantino [285–337], filho de Constâncio Cloro, contrariando as disposições dos dois Césares, sucessores de Diocleciano e Maximiano. 

A luta se estabelece e Constantino vence Maxêncio às portas de Roma, penetrando a cidade, vitorioso, para ser recebido em triunfo. Junto dele, o Cristianismo ascende à tarefa do Estado, com o edito de Milão. A história registra que Constantino foi proclamado imperador na Bretanha, em 306, enquanto Maxêncio conspirava em Roma.  

Constantino prosseguiu com suas campanhas na Gália e entrou em Roma com seu exército em 312, derrotando Maxêncio às margens do rio Tibre. Em 324 fez-se imperador do Ocidente e do Oriente. Em 330 converteu a cidade grega de Bizâncio em capital do império, com o nome de Constantinopla (em 1453, sob o domínio turco, foi rebatizada de Istambul). Embora não fosse cristão, pois só foi batizado em seu leito de morte, Constantino declarava-se protetor da Igreja. O Cristianismo foi declarado religião oficial do império. 

O Concílio de Niceia (o primeiro concílio ecumênico) foi convocado pelo imperador e realizou-se, em 325, numa sala do palácio imperial de veraneio. As conclusões do concílio, compendiadas no símbolo de fé, foram promulgadas como lei do império. Transformar o Cristianismo em religião foi um ato político do imperador, amparado por suas percepções psíquicas. O imperador Constantino era pessoalmente dotado de faculdades mediúnicas e sujeito à influência dos Espíritos. Os principais sucessos de sua vida [...] assinalam-se por intervenções ocultas. [...] Quando planejava apoderar-se de Roma, um impulso interior o induziu a se recomendar a algum poder sobrenatural e invocar a proteção divina, com apoio das forças humanas. [...] Caiu, então, em absorta meditação das vicissitudes políticas de que fora testemunha. Reconhece que depositar confiança na “multidão dos deuses’’ traz infelicidade, ao passo que seu pai Constâncio, secreto adorador do Deus único, terminara seus dias em paz. Constantino decidiu-se a suplicar ao Deus de seu pai que prestasse mão forte à sua empresa. A resposta a essa prece foi uma visão maravilhosa, que ele próprio referia, muitos anos depois, ao historiador Eusébio, afirmando-a sob juramento e com as seguintes particularidades: “Uma tarde, marchando à frente das tropas, divisou no céu, acima do sol que já declinava para o ocaso, uma cruz luminosa com esta inscrição: “Com este sinal vencerás’’. Todo o exército e muitos espectadores, que o rodeavam viram com ele, estupefatos, esse prodígio. Logo foram chamados ourives e o imperador lhes deu instruções para que a cruz misteriosa fosse reproduzida em ouro e pedras preciosas. Foi assim que Constantino, em seu caminho de realizações, consegue proteger o Cristianismo e os cristãos das perseguições. Consegue [...] levar a efeito a nova organização administrativa do Império, começada no governo de Dioclesiano, dividindo-o em quatro Prefeituras, que foram as do Oriente, da Ilíria, da Itália e das Gálias, que, por sua vez, eram divididas em dioceses dirigidas respectivamente por prefeitos e vigários. [...] Findo o reinado de Constantino, aparecem os seus filhos, que lhe não seguem as tradições. [...] Mas, por volta do ano 381, surge a figura de Teodósio, que declara o Cristianismo religião oficial do Estado, decretando, simultaneamente, a extinção dos derradeiros traços do politeísmo romano. É então que todos os povos reconhecem a grande força moral da doutrina do Crucificado, pelo advento da qual milhares de homens haviam dado a própria vida no campo do martírio e do sacrifício." -( FEB - EADE )-






Estudo do Livro dos Espíritos









256. Como é então que alguns Espíritos se têm queixado de sofrer frio ou calor? 

“É reminiscência do que padecem durante a vida, reminiscência não raro tão aflitiva quanto a realidade. Muitas vezes, no que eles assim dizem apenas há uma comparação mediante a qual, em falta de coisa melhor, procuram  exprimir a situação em que se acham. Quando se lembram do corpo que revestiram, têm impressão semelhante à de uma pessoa que, havendo tirado o manto que a envolvia, julga, passado algum tempo, que ainda o traz sobre os ombros.” 





Que a graça e a paz sejam conosco!

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