“Porque com a mesma medida com que medirdes
também vos medirão.” - Jesus - ( Lucas, 6: 38 )
Amados irmãos, bom dia!
"Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será sempre em tua
apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que aplicares à
Natureza, obra viva de Deus, a Natureza igualmente te medirá." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
As Cruzadas, tradicionalmente, são conhecidas como expedições de caráter militar, mas que foram organizadas pela Igreja, com o
objetivo de combaterem os inimigos do Cristianismo. Esse movimento
teve início no final do século XI e se estendeu até meados do século
XIII.
Os Espíritos superiores relatam que esse processo começou, na
verdade, em séculos anteriores em que a vaidade e o orgulho contaminaram
os responsáveis pelo Catolicismo.
Em todo o século VI, de acordo com as deliberações efetuadas no plano
invisível, aparecem grandes vultos de sabedoria, contratando a vaidade
orgulhosa dos bispos católicos, que em vez de herdarem os tesouros da
humildade e amor do Crucificado, reclamam para si a vida suntuosa,
as honrarias e prerrogativas dos imperadores. Os chefes eclesiásticos,
guindados à mais alta preponderância política, não se lembravam da
pobreza e da simplicidade apostólica, nem das palavras do Messias,
que afirmara não ser o seu reino ainda deste mundo.
O movimento cristão passa então a contar com uma série de
modificações, fundamentadas nas interpretações pessoais dos padres
que procuravam adequar a religião cristã aos seus interesses.
O Cristianismo [...] não aparecia com aquela mesma humildade de
outros tempos. Suas cruzes e cálices deixavam entrever a cooperação
do ouro e das pedrarias, mal lembrando a madeira tosca, da época
gloriosa das virtudes apostólicas. Seus concílios, como os de Niceia,
Constantinopla, Éfeso e Calcedônia, não eram assembleias que imitassem
as reuniões plácidas e humildes da Galileia. A união com o
Estado era motivo para grandes espetáculos de riqueza e de vaidade
orgulhosa, em contraposição com os ensinos daquele que não possuía
uma pedra para repousar a cabeça dolorida. As autoridades eclesiásticas
compreendem que é preciso fanatizar o povo, impondo-lhe suas ideias
e suas concepções, e, longe de educarem a alma das massas na sublime
lição do Nazareno, entram em acordo com a sua preferência pelas solenidades
exteriores, pelo culto fácil do mundo externo, tão do gosto
dos antigos romanos pouco inclinados às indagações transcendentes.
Dessa forma, com a expansão muçulmana, entre 622–1089,
iniciam-se as Cruzadas, guerra religiosa estabelecida para combater,
inicialmente, os seguidores do Islã, mas que atingiu todos os povos não
cristãos, cognominados infiéis. As cruzadas foram em número de oito.
A primeira, decidida no Concílio de Clemont, sob a direção do
papa Urano II, em abril de 1096, foi comandada por Pedro, o Eremita,
e Gautier Sans Avoir, produzindo o massacre dos judeus na Renânia.
A segunda, realizada em 14 de dezembro de 1145, por ordem do papa
Eugénio III, é coordenada pelo rei da França Luis VII e pelo imperador
alemão Conrado III. Surge a figura muçulmana de Saladino, que muito
trabalho deu aos cruzados. A terceira Cruzada foi organizada em 1188,
por Frederico Barba-Roxa, imperador alemão, Filipe Augusto, rei de
França, e Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra, a pedido do papa
Gregório VIII. A quarta Cruzada, proclamada em 1198 pelo papa
Inocêncio III, é dirigida por Bonifácio I de Montferrat e Balduíno IX
de Flandres. A quinta Cruzada inicia-se em 1215, após apelo do papa
Inocêncio III, no quarto concílio de Latrão. Foi dirigida por João de
Brienne, rei de Jerusalém e André II, rei da Hungria. A sexta Cruzada,
sob o domínio do papa Gregório IX, começa em novembro de 1225,
tendo como comandante o imperador Frederico II, de Hohenstaufen.
A sétima Cruzada é decidida no concílio de Lyon, em 1248, e tem o
comando do rei francês Luís IX (São Luis). A última Cruzada, iniciada
em março de 1270 , também é comandada por Luís IX, mas o exército
cruzado, em três meses, é arrasado pela peste, e o que sobrou, foi
dizimado por uma tempestade.
A igreja de Roma [...] herdando os costumes romanos e suas disposições
multisseculares, procurou um acordo com as doutrinas consideradas
pagãs, pela posteridade, modificando as tradições puramente
cristãs, adaptando textos, improvisando novidades injustificáveis e
organizando, finalmente, o Catolicismo sobre os escombros da doutrina
deturpada. [...] É assim que aparecem novos dogmas, novas
modalidades doutrinárias, o culto dos ídolos nas igrejas, as espetaculosas
festas do culto externo, copiados quase todos os costumes
da Roma anticristã." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
259. Do fato de pertencer ao Espírito a escolha do gênero de
provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações
que experimentamos na vida nós as previmos e
buscamos?
“Todas, não, porque não escolhestes e previstes tudo o
que vos sucede no mundo, até às mínimas coisas.
Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades
correm por conta da posição em que vos achais; são,
muitas vezes, consequências das vossas próprias ações.
Escolhendo, por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o
Espírito a que arrastamentos se expunha; ignorava, porém,
quais os atos que viria a praticar. Esses atos resultam do
exercício da sua vontade, ou do seu livre-arbítrio. Sabe o
Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que sustentar
lutas de determinada espécie; sabe, portanto, de que natureza
serão as vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora
se se verificará este ou aquele êxito. Os acontecimentos
secundários se originam das circunstâncias e da força mesma
das coisas. Previstos só são os fatos principais, os que
influem no destino. Se tomares uma estrada cheia de sulcos
profundos, sabes que terás de andar cautelosamente,
porque há muitas probabilidades de caíres; ignoras, contudo, em que ponto cairás e bem pode suceder que não caias,
se fores bastante prudente. Se, ao percorreres uma rua,
uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito,
segundo vulgarmente se diz.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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