domingo, 12 de fevereiro de 2017

Aos discípulos


“Mas  nós  pregamos  a  Cristo  crucificado,  que  é  escândalo para os judeus e loucura para os gregos.”  - Paulo
- ( I Coríntios, 1:23 )




Amados irmãos, bom dia!
"A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando  às comunidades religiosas do Cristianismo que pregar  é revelar  a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias. O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos correspondentes à elevação da palavra, expõe-­se, cada vez mais, ao ridículo e à negação.Há muitos séculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas. E, ainda agora, não escasseiam orientadores que cogitam da construção de palácios egoísticos à base do magnetismo pessoal e psicólogos que ensinam publicamente a sutil exploração das massas. É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina d’Aquele que preferiu  a crucificação ao pacto com o mal. Novos discípulos, por isso, vão surgindo, além do sacerdócio organizado. Irmãos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristãos encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário  das idéias comodistas. Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude dos aprendizes espalhava entre os judeus e à falsa impressão de loucura que despertava nos ânimos dos gregos. Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao  Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do início. Entre eles surge o  continuador do Mestre, transmitindo-­lhe o ensinamento com o  verbo  santificado  pelas ações testemunhais. Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos. O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza. O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução  envenenada demorar-­se-­á com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo, seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na Terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa. E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos (Mc 2:10-12). 

"Recordemos que, antes de o enfermo ser colocado à frente de Jesus, ele se encontrava “paralítico” “deitado”, preso num leito. Agora, porém, após a cura operada pelo Mestre, a situação é outra: vemos o beneficiário “andando”, isto é, empreendendo a caminhada em direção ao seu glorioso porvir. Vemos, também, a manifestação de um dos mais sublimes mecanismos de reparação da justiça divina: o perdão. A paralisia simboliza, ao mesmo tempo, o autoperdão (expiação aceita e a busca para remediá-la) e perdão de Deus (chance de reparação de erros em nova experiência reencarnatória). O perdão e a misericórdia divinos, em sua sublimidade, não tiram da criatura o mérito da própria reabilitação, mas se revelam como fator de aprendizado, os quais, registrados na memória do Espírito, servirão de base para as suas novas conquistas evolutivas. “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na Terra poder para perdoar pecados”, é uma frase que determina a importância de estarmos conscientes (“para que saibais”) de ser o Cristo o guia e modelo da humanidade terrestre. 

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo Ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito divino o animava.

Conhecedor das deficiências do homem, o Mestre visita o “orbe de sombras”, e, descendo de sua culminância espiritual, sem medir esforços e sacrifícios, aporta no campo do aprendizado terrestre para que “saibamos” a extensão da grandeza e da misericórdia do Criador.  Como construtor e diretor do Planeta, identificado como “Filho do Homem”, Ele nos revela a lei de amor. Mostra, também, que como guia e modelo o “Filho do Homem” é o que está à frente, imagem representativa da espécie humana do futuro, cujo conhecimento e identificação com o Pai será atingida e sentida pela humanidade. É digna de nota a frase: “A ti te digo: Levanta-te”. A despeito desta citação evangélica revelar um comando de ordem pessoal dirigido, na ocasião, ao paralítico, ela também nos atinge. Jesus se dirigiu, diretamente, ao paralítico falando: “A ti te digo”, firmando o propósito de conduzi-lo a um processo de análise mais profunda e que, perpassando os séculos, são captados pelos nossos olhos e ouvidos. A autoridade do Mestre se evidencia na sua palavra e no exemplo. Esta é a fórmula que devemos aplicar em todo processo de melhoria espiritual. Quando Jesus determina: “toma o teu leito, e vai para tua casa”, expressa orientação segura, como se Ele dissesse ao doente: “aproveita o instrumento de expiação que a reencarnação concedeu, aqui simbolicamente representado pelo leito, e continua no teu progresso espiritual (vai para casa).” 


Ao final do relato da história do paralítico de Cafarnaum, o evangelista Marcos registra: “E, levantou-se, e tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos ”. Há dois fatos que merecem ser destacados: o primeiro diz respeito à cura do paralítico, manifestada nas afirmativas “levantou-se”, “tomando logo o leito” e “saiu em presença de todos”. O segundo está relacionado à “admiração” que a cura provocou aos circunstantes. A atitude do enfermo que, após ouvir Jesus, levantou-se, pegou o leito e saiu, revela o processo educativo estabelecido pela evolução: quando o aprendizado é efetivo (ouvir Jesus) existe a indicação de que a lição (expiação ou provação) não só foi aprendida como também impulsionou a pessoa a partir para novas conquistas (“levantou-se”). A postura do enfermo de Cafarnaum mostra, igualmente, que Jesus o deixou livre para agir por si mesmo, conferindo-lhe a disposição de caminhar e conduzir, consigo, o instrumento de provação (“o leito”), onde se recolhera por algum tempo. A “admiração” de todos indica que, de certa forma, a multidão que cercava Jesus aprendeu alguma coisa. O ensino verdadeiro sempre provoca este tipo de reação. Entretanto, o nível de aprendizado é variável: em uns causará apenas a admiração, propriamente dita, em outros provocará reflexão e noutros, finalmente, resultará em transformação espiritual. De qualquer forma, porém, a lição fundamentada no bem deixa marcas eternas, e, por provocar “admiração” se transforma em um exemplo (“nunca tal vimos”) que poderá ser seguido por todos, no momento oportuno." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






377. Depois da morte, o Espírito do alienado se ressente do desarranjo de suas faculdades? 

“Pode ressentir-se, durante algum tempo após a morte, até que se desligue completamente da matéria, como o homem que desperta se ressente, por algum tempo, da perturbação em que o lançara o sono.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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