sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Quem pode perdoar pecados, senão Deus?


“E,  sobre  tudo  isto,  revesti-­vos  de  caridade,  que  é  o  vínculo da perfeição.”  - Paulo - ( Colossenses, 3:14 ) 




Amados irmãos, bom dia!
"Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da redenção de si mesmo. O trabalho constituir-­se-­á de lutas, de sofrimentos, de sacrifícios, de suor, de testemunhos. Mas, como amaremos no serviço diário? Renovemo­-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos semelhantes. Auxiliemos em silêncio, entendendo a situação de cada um, temperando a bondade com a energia, e a fraternidade com a justiça. Quem ama, compreende; e quem compreende, trabalha pelo mundo melhor." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seu coração, dizendo: Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? (Mc 2:6-7). 

"Quem se dedica ao esforço de superação das próprias imperfeições, se defronta com as reações voltadas contra os propósitos de melhoria. Tais reações caracterizam os interesses imediatistas, as tradições ou o apego, simbolizadas nos “escribas assentados”, citados no texto. Sabemos que não é fácil desativar tais elementos, muitos dos quais já fixaram moradia em nossa mente, ao longo dos séculos. Acrescentamos que as manifestações de desânimo, de rebeldia e de resistência às mudanças também nos mantém acomodados, realizando observações interesseiras ou fomentando intolerâncias. Esse estado de acomodação representa outra forma de imobilidade, além da física, observada no paralítico. Os outros, os “escribas assentados”, ainda que parcialmente imobilizados pela vida que levavam ou pelas aquisições que possuíam, poderiam ainda fazer escolhas mais acertadas, abrindo o templo da alma a uma melhor compreensão da vida, pelo culto do bem e do amor, favorecido pelo trabalho regenerador. Vemos, de um lado, Jesus conclamando a criatura ao serviço de melhoria espiritual, do outro, as insinuações da própria inferioridade moral plantadas e arraigadas no psiquismo, expressas no “arrazoavam entre si”. 

A discussão era uma tentativa de abafar os propósitos de edificação espiritual que o Cristo lhes disponibilizava naquele momento. Este raciocínio se confirma na seguinte indagação, proferida pelos escribas: “Por que diz este assim blasfêmias?”. Incapazes de atentar para os mais elevados valores espirituais, adotam atitudes próprias de Espíritos cristalizados em ideias, atitudes e convenções mundanas, desprezando a mais bela expressão do amor que, misericordiosamente, lhes oferecia o Cristo. Ignorando tal bênção, faz-se logo presente, em consequência, a pressão do homem velho, inconformado e desinformado, mas que se insurge contra a legitimidade dos valores nobres, perguntando: “Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”. Esta indagação revela que os escribas estavam fechados ao entendimento espiritual. Na verdade, é justo admitir, as perguntas proferidas por eles podem também ser indicativas de dúvidas. Acreditamos que a presença de Jesus no templo, acompanhado da multidão, e os esforços do paralítico e dos seus abençoados intercessores, causaram algum impacto naqueles cultores das leis moisaicas, caso contrário eles não teriam proferido as perguntas. 

É oportuno observar que, da mesma forma que o doente se apoiou nos amigos para colocá-lo no caminho da cura, os escribas se apoiaram, mutuamente, para neutralizar o esforço de mudança suscitado pelas palavras do Cristo, preferindo continuar presos à interpretação literal dos ensinamentos da lei de Moisés. De certa forma, esta atitude encontra respaldo no tipo de trabalho executado pelos escribas. Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e as interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores. Daí o envolvê-los Jesus nas reprovações que lançava aos fariseus." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






375. Qual, na loucura, a situação do Espírito? 

“O Espírito, quando em liberdade, recebe diretamente suas impressões e diretamente exerce sua ação sobre a matéria. Encarnado, porém, ele se encontra em condições muito diversas e na contingência de só o fazer com o auxílio de órgãos especiais. Altere-se uma parte ou o conjunto de tais órgãos e eis que se lhe interrompem, no que destes dependam, a ação ou as impressões. Se perde os olhos, fica cego; se o ouvido, torna-se surdo, etc. Imagina agora que seja o órgão, que preside às manifestações da inteligência, o atacado ou modificado, parcial ou inteiramente, e fácil te será compreender que, só tendo o Espírito a seu serviço órgãos incompletos ou alterados, uma perturbação resultará de que ele, por si mesmo e no seu foro íntimo, tem perfeita consciência, mas cujo curso não lhe está nas mãos deter.” 

a) — Então, o desorganizado é sempre o corpo e não o Espírito? 

“Exatamente; mas, convém não perder de vista que, assim como o Espírito atua sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites, e que pode acontecer impressionar-se o Espírito temporariamente com a alteração dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe as impressões. Pode mesmo suceder que, com a continuação, durando longo tempo a loucura, a repetição dos mesmos atos acabe por exercer sobre o Espírito uma influência, de que ele não se libertará senão depois de se haver libertado de toda impressão material.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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