“E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o
vínculo da perfeição.” - Paulo - ( Colossenses, 3:14 )
Amados irmãos, bom dia!
"Todo discípulo do Evangelho precisará coragem para atacar os serviços da
redenção de si mesmo. O trabalho constituir-se-á de lutas, de sofrimentos, de sacrifícios, de suor, de testemunhos. Mas, como amaremos no serviço diário?
Renovemo-nos no espírito do Senhor e compreendamos os nossos
semelhantes. Auxiliemos em silêncio, entendendo a situação de cada um, temperando a
bondade com a energia, e a fraternidade com a justiça. Quem ama, compreende; e quem compreende, trabalha pelo mundo melhor." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seu
coração, dizendo: Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar
pecados, senão Deus? (Mc 2:6-7).
"Quem se dedica ao esforço de superação das próprias imperfeições, se defronta com as reações voltadas contra os propósitos de melhoria.
Tais reações caracterizam os interesses imediatistas, as tradições
ou o apego, simbolizadas nos “escribas assentados”, citados no texto.
Sabemos que não é fácil desativar tais elementos, muitos dos
quais já fixaram moradia em nossa mente, ao longo dos séculos.
Acrescentamos que as manifestações de desânimo, de rebeldia e de resistência às mudanças também nos mantém acomodados, realizando
observações interesseiras ou fomentando intolerâncias. Esse estado de
acomodação representa outra forma de imobilidade, além da física,
observada no paralítico. Os outros, os “escribas assentados”, ainda que
parcialmente imobilizados pela vida que levavam ou pelas aquisições
que possuíam, poderiam ainda fazer escolhas mais acertadas, abrindo
o templo da alma a uma melhor compreensão da vida, pelo culto do
bem e do amor, favorecido pelo trabalho regenerador.
Vemos, de um lado, Jesus conclamando a criatura ao serviço de
melhoria espiritual, do outro, as insinuações da própria inferioridade
moral plantadas e arraigadas no psiquismo, expressas no “arrazoavam
entre si”.
A discussão era uma tentativa de abafar os propósitos de edificação
espiritual que o Cristo lhes disponibilizava naquele momento.
Este raciocínio se confirma na seguinte indagação, proferida pelos
escribas: “Por que diz este assim blasfêmias?”. Incapazes de atentar
para os mais elevados valores espirituais, adotam atitudes próprias
de Espíritos cristalizados em ideias, atitudes e convenções mundanas,
desprezando a mais bela expressão do amor que, misericordiosamente,
lhes oferecia o Cristo.
Ignorando tal bênção, faz-se logo presente, em consequência, a
pressão do homem velho, inconformado e desinformado, mas que se
insurge contra a legitimidade dos valores nobres, perguntando: “Quem
pode perdoar pecados, senão Deus?”. Esta indagação revela que os
escribas estavam fechados ao entendimento espiritual. Na verdade,
é justo admitir, as perguntas proferidas por eles podem também ser
indicativas de dúvidas.
Acreditamos que a presença de Jesus no templo, acompanhado
da multidão, e os esforços do paralítico e dos seus abençoados
intercessores, causaram algum impacto naqueles cultores das leis
moisaicas, caso contrário eles não teriam proferido as perguntas.
É
oportuno observar que, da mesma forma que o doente se apoiou nos
amigos para colocá-lo no caminho da cura, os escribas se apoiaram,
mutuamente, para neutralizar o esforço de mudança suscitado pelas
palavras do Cristo, preferindo continuar presos à interpretação literal
dos ensinamentos da lei de Moisés.
De certa forma, esta atitude encontra respaldo no tipo de trabalho
executado pelos escribas. Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes
dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente
aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e as interpretavam para o
povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam,
bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores.
Daí o envolvê-los Jesus nas reprovações que lançava aos fariseus." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
375. Qual, na loucura, a situação do Espírito?
“O Espírito, quando em liberdade, recebe diretamente
suas impressões e diretamente exerce sua ação sobre a
matéria. Encarnado, porém, ele se encontra em condições
muito diversas e na contingência de só o fazer com o auxílio de órgãos especiais. Altere-se uma parte ou o conjunto
de tais órgãos e eis que se lhe interrompem, no que destes
dependam, a ação ou as impressões. Se perde os olhos, fica
cego; se o ouvido, torna-se surdo, etc. Imagina agora que
seja o órgão, que preside às manifestações da inteligência,
o atacado ou modificado, parcial ou inteiramente, e fácil te
será compreender que, só tendo o Espírito a seu serviço órgãos
incompletos ou alterados, uma perturbação resultará
de que ele, por si mesmo e no seu foro íntimo, tem perfeita
consciência, mas cujo curso não lhe está nas mãos deter.”
a) — Então, o desorganizado é sempre o corpo e não o
Espírito?
“Exatamente; mas, convém não perder de vista que,
assim como o Espírito atua sobre a matéria, também esta
reage sobre ele, dentro de certos limites, e que pode acontecer
impressionar-se o Espírito temporariamente com a alteração
dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe as
impressões. Pode mesmo suceder que, com a continuação,
durando longo tempo a loucura, a repetição dos mesmos
atos acabe por exercer sobre o Espírito uma influência, de
que ele não se libertará senão depois de se haver libertado
de toda impressão material.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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