“Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.” -( Atos, 11:24 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Alcançar o título de sacerdote, em obediência a meros preceitos do mundo, não representa esforço essencialmente difícil. Bastará a ilustração da inteligência na
ordenação convencional. Todos podem transmitir recados espirituais, doutrinar irmãos e investigar a
fenomenologia, mas para imantar corações em Jesus Cristo é indispensável sejamos
fiéis servidores do bem, trazendo o cérebro repleto de inspiração superior e o
coração inflamado na fé viva. Barnabé iluminou a muitos companheiros “porque era homem de bem, cheio do Espírito Santo e de fé”. Jamais olvidemos semelhante lição dos Atos. Trata-se de padrão que não
poderemos esquecer." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E mandou-o para sua casa, dizendo: Não entres na aldeia (Mc 8:26).
A frase: “mandou-o para sua casa, dizendo”, nos conduz a dupla
interpretação. A primeira é literal e está relacionada ao ambiente
doméstico, onde convivemos com os familiares e amigos próximos.
Trata-se do local apropriado para a execução das responsabilidades
e dos deveres definidos pela reencarnação. A segunda diz respeito à
casa íntima, à mente do Espírito, plano onde se opera as aquisições
necessárias ao progresso espiritual.
Recomenda também Jesus: “não entres na aldeia.” Nada há de
complexo ou incoerente nessa instrução, se fizermos uma análise não
literal, extraindo o espírito da letra. Trata-se de uma recomendação
justa e prudente, indicando que o doente, para se manter permanentemente
livre da cegueira, não deve retornar à posição anterior, antes
de ser curado. “Não entres na aldeia” é ordenação precisa do Senhor
que mostra ao convalescente a necessidade de vibrar em planos mais
elevados. A cura só se concretiza quando o imperativo de Jesus “não
entres na aldeia” é, de fato, assimilado. Quando o Espírito entende
que é preciso recolher-se à própria intimidade (sua “casa”) deve fazer
reflexões apropriadas e elaborar estratégias de redenção.
Se a mente
renovada eleger como padrão de comportamento o manter-se em
sintonia com o Alto, é para aí que deve canalizar seus esforços.
A propósito esclarece Emmanuel:
Quase [...] todos os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo
que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhe são peculiares,
sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.
Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem
os dons, raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo. Daí
procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta
da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contato com a fé.
Em razão disso, a Terra está repleta dos que creem e descreem, estudam
e não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem,
confiam e duvidam. Aquele que recebe dádivas pode ser somente
beneficiário. O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e
seguindo-a, será redimido. É óbvio que o mundo inteiro reclama visão
com o Cristo, mas não basta ver simplesmente [...] para ver e glorificar
o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando,
com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.
A interpretação espírita da cura do cego de Betsaida nos faz
recordar Saulo de Tarso que, ao encontrar o Cristo na estrada de
Damasco, precisou perder temporariamente a visão física para que
pudesse enxergar as claridades espirituais. Eis o que aconteceu ao
valoroso apóstolo dos gentios, segundo o relato de Emmanuel.
Aqueles três dias em Damasco foram de rigorosa disciplina espiritual.
Sua personalidade dinâmica havia estabelecido uma trégua às atividades
mundanas, para examinar os erros do passado, as dificuldades
do presente e as realizações do futuro. Precisava ajustar-se à inelutável
reforma do seu eu. [...] Ninguém acreditaria no ascendente da conversão
inesperada; entretanto, havia que lutar contra todos os céticos, uma
vez que Jesus, para falar-lhe ao coração, escolhera a hora mais clara
e rutilante do dia, em local amplo e descampado e na só companhia
de três homens muito menos cultos do que ele, e, por isso mesmo,
incapazes de algo compreenderem na sua pobreza mental. [...] Agora
compreendia aquele Cristo que viera ao mundo principalmente para
os desventurados e tristes de coração. Antes, revoltava-se contra o
Messias Nazareno, em cuja ação presumia tal ou qual incompreensível
volúpia de sofrimento; todavia, chegava a examinar-se melhor,
agora, haurindo na própria experiência as mais proveitosas ilações.
Não obstante os títulos do Sinédrio, as responsabilidades públicas, o
renome que o faziam admirado em toda parte, que era ele senão um
necessitado da proteção divina? As convenções mundanas e os preconceitos
religiosos proporcionavam-lhe uma tranquilidade aparente;
mas, bastou a intervenção da dor imprevista para que ajuizasse de suas
necessidades imensas. Abismalmente concentrado na cegueira que o
envolvia, orou com fervor, recorreu a Deus para que o não deixasse
sem socorro, pediu a Jesus lhe clareasse a mente atormentada pelas
ideias de angústias e desamparo.
Sabemos que passados três dias em que o apóstolo se encontrava
cego, Jesus enviou o idoso Ananias que, em seu nome, curou a cegueira
de Paulo. O diálogo que acontece entre o beneficiado e o benfeitor
revela o que acontece quando a cura ocorre sob o amparo do Cristo:
Ressuscitastes-me para Jesus — exclamou jubiloso —; serei dele eternamente.
Sua misericórdia suprirá minhas fraquezas, compaderce-se-á
de minhas feridas, enviará auxílios à miséria da minha alma pecadora,
para que a lama do meu espírito se converta em ouro do seu amor.
Sim, somos do Cristo — ajuntou o generoso velhinho com a alegria
a transbordar dos olhos." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
382. Durante a infância sofre o Espírito encarnado, em
consequência do constrangimento que a imperfeição
dos órgãos lhe impõe?
“Não. Esse estado corresponde a uma necessidade, está
na ordem da natureza e de acordo com as vistas da Providência.
É um período de repouso do Espírito.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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