“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho
da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. -( Atos, 4:33 )-
Amados irmãos, bom dia!
"Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na
sobrevivência para o triunfo na vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente
transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor
e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraíam companheiros
novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-
A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também
todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo
será tenebroso. Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas. Se, pois,
todo o teu corpo é luminoso, não tendo em trevas parte alguma, todo
será luminoso, como quando a candeia te alumia com o seu resplendor
(Lc 11:34-36).
"O benfeitor Emmanuel assim se expressa a respeito da candeia
do corpo: Atentemos para o símbolo da candeia. A claridade na lâmpada consome
força ou combustível. Sem o sacrifício da energia ou do óleo não
há luz. Para nós, aqui, o material de manutenção é a possibilidade,
o recurso, a vida. Nossa existência é uma candeia viva. É um erro
lamentável despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob
a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação
pessoal. Coloquemos nossas possibilidades ao dispor dos semelhantes.
Ninguém deve amealhar as vantagens da experiência terrestre somente
para si. Cada Espírito provisoriamente encarnado, no círculo humano,
goza de imensas prerrogativas, quanto à difusão do bem, se persevera
na observância do amor universal.
Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes
em teus lábios; insta com parentes e amigos para que aceitem
as verdades imperecíveis; mas, não olvides que a candeia viva da
iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo. Transforma
as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda
gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa vontade, na renúncia e no
sacrifício, e tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar.
O Espírito que já amealhou recursos no bem retira dos acontecimentos
cotidianos, preciosas lições, inacessíveis ao cidadão comum.
Isso acontece porque ele tem desenvolvida a visão interior, resultante
das inúmeras experiências acumuladas ao longo das reencarnações.
O seu centro coronário refulge à distância, consoantes os valores intelectuais
e morais incorporados ao seu Espírito.
No que diz respeito ao centro coronário, esclarece André Luiz:
Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre
as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas
organizadas. Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante
formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria
mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os
reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e ações, tanto quanto esses
mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes
reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição
particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis
de nossa influência e conduta.
Jesus destaca, porém, a importância de termos todo “o corpo
luminoso não tendo em trevas parte alguma”. Ou seja, é preciso saber que há “[...] ciência e há sabedoria, inteligência e conhecimento, intelectualidade
e luz espiritual.”
A pessoa que não sabe fazer essa distinção está sujeita a muitos
reveses na existência.
Geralmente, todo homem de raciocínio fácil é interpretado à conta
de mais sábio, no entanto, há que distinguir. O homem não possui
ainda qualidades para registrar a verdadeira luz. Daí a necessidade
de prudência e vigilância. Em todos os lugares, há industriosos e
entendidos, conhecedores e psicólogos. Muitas vezes, porém, não
passam de oportunistas prontos para o golpe do interesse inferior.
Quantos escrevem livros abomináveis, espalhando veneno nos corações? Quantos se aproveitam do rótulo da própria caridade visando
extrair vantagens à ambição? Não bastam o engenho e a habilidade.
Não satisfaz a simples visão psicológica. É preciso luz divina.
Perante o desejo de auxiliar o próximo, devemos aprender a
irradiar o bem de forma contínua, independentemente da pessoa ou
situação, libertando-nos das manifestações nebulosas do personalismo.
Nem sempre a luz reside onde a opinião comum pretende observá-la. Sagacidade não chega a ser elevação, e o poder expressivo apenas
é respeitável e sagrado quando se torna ação construtiva com a luz
divina. Raciocina, pois, sobre a própria vida. Vê, com clareza, se a
pretensa claridade que há em ti não é sombra de cegueira espiritual.
Na medida em que há perseverança na luta educativa, as sugestões
negativas do mal não atingem a criatura humana. Caminhando
em direção ao bem, o Espírito se liberta pouco a pouco das paixões
inferiores, revelando um corpo luminoso de virtudes. Perseverante.
Por outro lado, mantendo-se envolvido pela túnica da humildade,
da benevolência, do perdão e da fé, aprende a incorporar a luz em si
mesmo." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
366. Que se deve pensar da opinião dos que pretendem que
as diferentes faculdades intelectuais e morais do homem
resultam da encarnação, nele, de outros tantos
Espíritos, diferentes entre si, cada um com uma
aptidão especial?
“Refletindo, reconhecereis que é absurda. O Espírito
tem que ter todas as aptidões. Para progredir, precisa de uma vontade única. Se o homem fosse um amálgama de
Espíritos, essa vontade não existiria e ele careceria de individualidade,
pois que, por sua morte, todos aqueles Espíritos
formariam um bando de pássaros escapados da gaiola.
Queixa-se, amiúde, o homem de não compreender certas
coisas e, no entanto, curioso é ver-se como multiplica as
dificuldades, quando tem ao seu alcance explicações muito
simples e naturais. Ainda neste caso tomam o efeito pela
causa. Fazem, com relação à criatura humana, o que, com
relação a Deus, faziam os pagãos, que acreditavam em tantos
deuses quantos eram os fenômenos no Universo, se bem
que as pessoas sensatas, com eles coexistentes, apenas viam
em tais fenômenos efeitos provindos de uma causa única –
Deus.”
O mundo físico e o mundo moral nos oferecem, a este respeito,
vários pontos de semelhança. Enquanto se detiveram na
aparência dos fenômenos, os cientistas acreditaram fosse múltipla
a matéria. Hoje, compreende-se ser bem possível que tão variados
fenômenos consistam apenas em modificações da matéria
elementar única. As diversas faculdades são manifestações de
uma mesma causa, que é a alma, ou do Espírito encarnado, e
não de muitas almas, exatamente como os diferentes sons do
órgão, os quais procedem todos do ar e não de tantas espécies de
ar, quantos os sons. De semelhante sistema decorreria que, quando
um homem perde ou adquire certas aptidões, certos pendores,
isso significaria que outros tantos Espíritos teriam vindo habitá-lo
ou o teriam deixado, o que o tornaria um ser múltiplo, sem individualidade
e, conseguintemente, sem responsabilidade. Acresce
que o contradizem numerosíssimos exemplos de manifestações
de Espíritos, em que estes provam suas personalidades e
identidade.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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