quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A candeia do corpo é o olho


“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho  da  ressurreição  do  Senhor  Jesus,  e  em  todos  eles  havia  abundante graça”. -( Atos, 4:33 )-




Amados irmãos, bom dia!
"Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo na vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor  e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraíam companheiros novos, transmitindo-­lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro." -( Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )-






A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será tenebroso. Vê, pois, que a luz que em ti há não sejam trevas. Se, pois, todo o teu corpo é luminoso, não tendo em trevas parte alguma, todo será luminoso, como quando a candeia te alumia com o seu resplendor (Lc 11:34-36). 

"O benfeitor Emmanuel assim se expressa a respeito da candeia do corpo: Atentemos para o símbolo da candeia. A claridade na lâmpada consome força ou combustível. Sem o sacrifício da energia ou do óleo não há luz. Para nós, aqui, o material de manutenção é a possibilidade, o recurso, a vida. Nossa existência é uma candeia viva. É um erro lamentável despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal. Coloquemos nossas possibilidades ao dispor dos semelhantes. Ninguém deve amealhar as vantagens da experiência terrestre somente para si. Cada Espírito provisoriamente encarnado, no círculo humano, goza de imensas prerrogativas, quanto à difusão do bem, se persevera na observância do amor universal. Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios; insta com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis; mas, não olvides que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo. Transforma as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa vontade, na renúncia e no sacrifício, e tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar.

O Espírito que já amealhou recursos no bem retira dos acontecimentos cotidianos, preciosas lições, inacessíveis ao cidadão comum. Isso acontece porque ele tem desenvolvida a visão interior, resultante das inúmeras experiências acumuladas ao longo das reencarnações. O seu centro coronário refulge à distância, consoantes os valores intelectuais e morais incorporados ao seu Espírito. 

No que diz respeito ao centro coronário, esclarece André Luiz: Temos particularmente no centro coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas. Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.

Jesus destaca, porém, a importância de termos todo “o corpo luminoso não tendo em trevas parte alguma”. Ou seja, é preciso saber que há “[...] ciência e há sabedoria, inteligência e conhecimento, intelectualidade e luz espiritual.” 

A pessoa que não sabe fazer essa distinção está sujeita a muitos reveses na existência. Geralmente, todo homem de raciocínio fácil é interpretado à conta de mais sábio, no entanto, há que distinguir. O homem não possui ainda qualidades para registrar a verdadeira luz. Daí a necessidade de prudência e vigilância. Em todos os lugares, há industriosos e entendidos, conhecedores e psicólogos. Muitas vezes, porém, não passam de oportunistas prontos para o golpe do interesse inferior. Quantos escrevem livros abomináveis, espalhando veneno nos corações? Quantos se aproveitam do rótulo da própria caridade visando extrair vantagens à ambição? Não bastam o engenho e a habilidade. Não satisfaz a simples visão psicológica. É preciso luz divina.

Perante o desejo de auxiliar o próximo, devemos aprender a irradiar o bem de forma contínua, independentemente da pessoa ou situação, libertando-nos das manifestações nebulosas do personalismo. Nem sempre a luz reside onde a opinião comum pretende observá-la. Sagacidade não chega a ser elevação, e o poder expressivo apenas é respeitável e sagrado quando se torna ação construtiva com a luz divina. Raciocina, pois, sobre a própria vida. Vê, com clareza, se a pretensa claridade que há em ti não é sombra de cegueira espiritual.

Na medida em que há perseverança na luta educativa, as sugestões negativas do mal não atingem a criatura humana. Caminhando em direção ao bem, o Espírito se liberta pouco a pouco das paixões inferiores, revelando um corpo luminoso de virtudes. Perseverante. Por outro lado, mantendo-se envolvido pela túnica da humildade, da benevolência, do perdão e da fé, aprende a incorporar a luz em si mesmo." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






366. Que se deve pensar da opinião dos que pretendem que as diferentes faculdades intelectuais e morais do homem resultam da encarnação, nele, de outros tantos Espíritos, diferentes entre si, cada um com uma aptidão especial? 

“Refletindo, reconhecereis que é absurda. O Espírito tem que ter todas as aptidões. Para progredir, precisa de  uma vontade única. Se o homem fosse um amálgama de Espíritos, essa vontade não existiria e ele careceria de individualidade, pois que, por sua morte, todos aqueles Espíritos formariam um bando de pássaros escapados da gaiola. Queixa-se, amiúde, o homem de não compreender certas coisas e, no entanto, curioso é ver-se como multiplica as dificuldades, quando tem ao seu alcance explicações muito simples e naturais. Ainda neste caso tomam o efeito pela causa. Fazem, com relação à criatura humana, o que, com relação a Deus, faziam os pagãos, que acreditavam em tantos deuses quantos eram os fenômenos no Universo, se bem que as pessoas sensatas, com eles coexistentes, apenas viam em tais fenômenos efeitos provindos de uma causa única – Deus.” 

O mundo físico e o mundo moral nos oferecem, a este respeito, vários pontos de semelhança. Enquanto se detiveram na aparência dos fenômenos, os cientistas acreditaram fosse múltipla a matéria. Hoje, compreende-se ser bem possível que tão variados fenômenos consistam apenas em modificações da matéria elementar única. As diversas faculdades são manifestações de uma mesma causa, que é a alma, ou do Espírito encarnado, e não de muitas almas, exatamente como os diferentes sons do órgão, os quais procedem todos do ar e não de tantas espécies de ar, quantos os sons. De semelhante sistema decorreria que, quando um homem perde ou adquire certas aptidões, certos pendores, isso significaria que outros tantos Espíritos teriam vindo habitá-lo ou o teriam deixado, o que o tornaria um ser múltiplo, sem individualidade e, conseguintemente, sem responsabilidade. Acresce que o contradizem numerosíssimos exemplos de manifestações de Espíritos, em que estes provam suas personalidades e identidade.




Que a graça e a paz sejam conosco!

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