“E ele lhes disse: — Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” - João Batista - ( Lucas, 3:13 )
Amados irmãos, bom dia!
"De qualquer modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação
do Criador e o serviço da criatura. Não basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo
tempo. Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e
executá-la do melhor modo." -( Vinha de Luz - hico avier / Emmanuel )-
Mas ele, conhecendo bem os seus pensamentos, disse ao homem que
tinha a mão mirrada: Levanta-te e fica em pé no meio. E, levantando-se
ele, ficou em pé. Então, Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar:
É lícito nos sábados fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?
(Lc 6:8-9).
"As aguçadas percepções psíquicas de Jesus captaram os pensamentos
e sentimentos reprovadores dos escribas e fariseus. Sendo
assim, para se tornar mais patente a cura e valorizar a prática do bem,
atraiu o homem de mão mirrada para o centro da sinagoga (“levanta-te
e fica no meio”) onde, à vista de todos pôde curá-lo e demonstrar o
seu amor. Vemos, assim, que Jesus ao deslocar o foco da atenção dos
presentes para o doente, relegou a planos secundários as manifestações
de culto externo.
Os doutores da Lei ficaram estupefatos, por certo, com a atitude
de Jesus. Primeiro porque, a rigor, não demonstraram preocupação
pelo sofrimento do homem, segundo porque a caridade não era uma
prioridade. Eram religiosos crentes, cumpridores dos seus deveres no
templo, tementes a Deus, cuja fé no Criador supremo estava distanciada
da humildade e da solidariedade. Neste sentido, é sempre oportuno
lembrar que:
Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga
com a humildade; aquele que a possui deposita mais confiança
em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento
da vontade divina, nada pode sem Deus.
A frase: “Levanta-te, e fica em pé no meio. Levantando-se ele,
ficou em pé”, revela a autoridade de Jesus, de quem sabe o que faz, que
conhece perfeitamente a situação e as suas implicações. É também uma
instrução que coloca o necessitado numa posição de reerguimento,
físico e espiritual, favorável à concretização da cura. Sob o influxo da
personalidade firme e amorosa de Jesus, o doente prontamente atende
a sua instrução: “Levantando-se ele, ficou em pé”.
Antes de qualquer iniciativa por parte dos escribas e dos fariseus,
Jesus lança-lhes uma questão, concedendo-lhes a oportunidade
de refletir: “Uma coisa vos hei de perguntar: é lícito nos sábados fazer
bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar?”.
As perguntas expressam uma estratégia de Jesus junto àquele
grupo, constituído por pessoas legalistas e ortodoxas, mas, em sua
maioria, endurecidas e insensíveis. A indagação tinha também o intuito
de abrir uma brecha naquelas mentes cristalizadas pelo excesso
de zelo religioso. De certa forma, Jesus estava dando um estímulo aos
interlocutores para pensar, utilizando o precioso acervo de verdades espirituais que possuíam e, a partir daí, tirarem conclusões mais sublimadas.
Acreditamos que os representantes da Lei de Moisés tinham
alguma condição de entender a situação que Jesus lhes apresentava,
em razão do conhecimento espiritual que possuíam, caso contrário, o
Mestre simplesmente realizaria a cura sem maiores delongas. Entretanto,
eram pessoas que, usualmente, não exercitavam a solidariedade
como norma de conduta, apesar de prescrevê-la.
Examinamos aqui tão somente a estranha atitude daqueles que não
negam a eficácia da abnegação, entregando-se, porém, ao desvairado
egoísmo de quem costuma distribuir cinco moedas, no auxílio aos outros,
com a intenção de obter cinco mil. Efetivamente, o mínimo bem
vale por luz divina, mas se levado a efeito sem propósitos secundários
[...]. Precatemo-nos desse modo, contra o sistema do meio-bem, por
onde o mal se insinua, envenenando a fonte das boas obras. [...] O
bem pede doação total para que se realize no mundo o bem de todos." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
389. E a repulsão instintiva que se experimenta por algumas
pessoas, donde se origina?
“São Espíritos antipáticos que se adivinham e reconhecem,
sem se falarem.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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