sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Levanta-te e fica em pé no meio


“E ele lhes disse: — Não peçais mais do que o que vos  está ordenado.”  - João Batista - ( Lucas, 3:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"De qualquer modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação  do Criador e o serviço da criatura. Não basta multiplicar as promessas ou  pedir variadas tarefas ao  mesmo  tempo. Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e executá-­la do melhor modo."  -( Vinha de Luz - hico avier / Emmanuel )-






Mas ele, conhecendo bem os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e fica em pé no meio. E, levantando-se ele, ficou em pé. Então, Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar? (Lc 6:8-9).

"As aguçadas percepções psíquicas de Jesus captaram os pensamentos e sentimentos reprovadores dos escribas e fariseus. Sendo assim, para se tornar mais patente a cura e valorizar a prática do bem, atraiu o homem de mão mirrada para o centro da sinagoga (“levanta-te e fica no meio”) onde, à vista de todos pôde curá-lo e demonstrar o seu amor. Vemos, assim, que Jesus ao deslocar o foco da atenção dos presentes para o doente, relegou a planos secundários as manifestações de culto externo. Os doutores da Lei ficaram estupefatos, por certo, com a atitude de Jesus. Primeiro porque, a rigor, não demonstraram preocupação pelo sofrimento do homem, segundo porque a caridade não era uma prioridade. Eram religiosos crentes, cumpridores dos seus deveres no templo, tementes a Deus, cuja fé no Criador supremo estava distanciada da humildade e da solidariedade. Neste sentido, é sempre oportuno lembrar que: Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga com a humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus.

A frase: “Levanta-te, e fica em pé no meio. Levantando-se ele, ficou em pé”, revela a autoridade de Jesus, de quem sabe o que faz, que conhece perfeitamente a situação e as suas implicações. É também uma instrução que coloca o necessitado numa posição de reerguimento, físico e espiritual, favorável à concretização da cura. Sob o influxo da personalidade firme e amorosa de Jesus, o doente prontamente atende a sua instrução: “Levantando-se ele, ficou em pé”. Antes de qualquer iniciativa por parte dos escribas e dos fariseus, Jesus lança-lhes uma questão, concedendo-lhes a oportunidade de refletir: “Uma coisa vos hei de perguntar: é lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar?”. As perguntas expressam uma estratégia de Jesus junto àquele grupo, constituído por pessoas legalistas e ortodoxas, mas, em sua maioria, endurecidas e insensíveis. A indagação tinha também o intuito de abrir uma brecha naquelas mentes cristalizadas pelo excesso de zelo religioso. De certa forma, Jesus estava dando um estímulo aos interlocutores para pensar, utilizando o precioso acervo de verdades  espirituais que possuíam e, a partir daí, tirarem conclusões mais sublimadas. 

Acreditamos que os representantes da Lei de Moisés tinham alguma condição de entender a situação que Jesus lhes apresentava, em razão do conhecimento espiritual que possuíam, caso contrário, o Mestre simplesmente realizaria a cura sem maiores delongas. Entretanto, eram pessoas que, usualmente, não exercitavam a solidariedade como norma de conduta, apesar de prescrevê-la. Examinamos aqui tão somente a estranha atitude daqueles que não negam a eficácia da abnegação, entregando-se, porém, ao desvairado egoísmo de quem costuma distribuir cinco moedas, no auxílio aos outros, com a intenção de obter cinco mil. Efetivamente, o mínimo bem vale por luz divina, mas se levado a efeito sem propósitos secundários [...]. Precatemo-nos desse modo, contra o sistema do meio-bem, por onde o mal se insinua, envenenando a fonte das boas obras. [...] O bem pede doação total para que se realize no mundo o bem de todos." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






389. E a repulsão instintiva que se experimenta por algumas pessoas, donde se origina? 

“São Espíritos antipáticos que se adivinham e reconhecem, sem se falarem.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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