“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez e dos cuidados desta vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.” - Jesus - ( Lucas, 21:34 )
Amados irmãos, bom dia!
"Retire-se cada um dos excessos na satisfação egoística, fuja ao relaxamento
do dever, alije as inquietações mesquinhas — e estará preparado à sublime
transformação. Em verdade, a Terra não viverá indefinidamente, sem contas; contudo, cada
aprendiz do Evangelho deve compreender que o instante da morte do corpo físico é
dia de juízo no mundo de cada homem." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Texto evangélico:
E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali
um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico. E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão,
pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira
brava para o ver, porque havia de passar por ali. E, quando Jesus chegou
àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa,
porque, hoje, me convém pousar em tua casa. E, apressando-se,
desceu e recebeu-o com júbilo.
E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para
ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao
Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se
em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.
E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também
este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido (Lc 19:1-10).
"O episódio de Zaqueu, relatado pelo evangelista Lucas, nos
conduz a significativas reflexões.
Por ele compreendemos que há, como sempre houve e haverá, certas
almas que se entregam ao mal apenas porque não foram despertadas
para o bem; almas que preservam, contudo, alguns escaninhos indenes
às misérias e torpezas mundanas, constituindo-se terreno fértil onde
a semente dos ideais nobres e generosos pode, a qualquer momento,
germinar, florescer e frutificar abundantemente. Zaqueu era uma dessas
almas. Arrecadador de impostos, enriquecera ilicitamente e vivia
defraudando o próximo com exações e lucros escandalosos, mas, a
despeito disso, a doutrina do Mestre encontrara ressonância em seu
coração e por isso ardia em desejos de conhecê-lo." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar
faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar
da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se
que as tribulações da existência lhe servissem
de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar.
Desde que, porém, disso não se recorda, cada
existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis
que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto
com a justiça de Deus?
“Em cada nova existência, o homem dispõe de mais
inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o
seu mérito se se lembrasse de todo o passado? Quando
o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos
olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas
que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como
de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação
em que se acha e busca então uma existência capaz de
reparar a que vem de transcorrer. Escolhe provas análogas
às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere
apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que
lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre
si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por
guia nessa outra existência, se esforçará pelo levar a reparar
suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em
que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no desejo
criminoso que freqüentemente vos assalta e a que instintivamente
resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa
resistência aos princípios que recebestes de vossos pais,
quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é
a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes
nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência,
se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao
voltar para o meio deles.”
Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata
do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas
temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas
uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que
é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já
cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores.
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário