“Tenho compaixão da multidão.” - Jesus - ( Marcos, 8:2 )
Amados irmãos, bom dia!
"Os espíritos verdadeiramente educados representam, em todos os tempos, grandes devedores à multidão. Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leis
espirituais. Em todos os tempos e situações políticas, conta o povo com escassos
amigos e adversários em legiões. Acima de todas as possibilidades humanas, entretanto, a multidão dispõe do
Amigo Divino. Jesus prossegue trabalhando. Lembra-te, meu amigo, de que és parte integrante da multidão terrestre. O Senhor observa o que fazes. Não roubes o pão da vida; procura multiplicá-lo." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si,
lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Qual
é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou
dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda? (Mc 2:8-9).
"Apesar da ressonância que as palavras de Jesus “amar a Deus
e ao próximo como a si mesmo” provocam em nossa consciência,
preferimos, em geral, o “arrazoado” das palavras vãs que abordam os
problemas da lei e das tradições, e que nos mantém desinteressados de
conquistas sublimes. Jesus, o Mestre por excelência, lê com clareza o
pensamento dos escribas, daí ter-lhes perguntado: “Por que arrazoais
estas coisas em vossos corações?”.
Este tipo de indagação pode, perfeitamente, nos ser encaminhada
nos dias atuais. Se encorajados pelas tarefas de superação das
próprias imperfeições — representadas nas expressivas oportunidades
de melhoria espiritual — permitimos que longos diálogos e deduções
interfiram na tarefa, revelamos, na verdade, que ainda nos encontramos
presos a conceitos errôneos e a pontos de vista, capazes de estiolarem
as mais puras e esperançosas sementes de renovação.
O desconhecimento dos mecanismos que regem a manifestação
da lei de causa e efeito, por parte dos escribas, permitiu que Jesus lhes
perguntasse: “Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados
os teus pecados, ou dizer-lhe: levanta-te e toma o teu leito e anda?”.
Sabemos que a cura foi efetivada porque Jesus percebeu que o
tempo de expiação da doença tinha chegado ao fim. “Estão perdoados
os teus pecados” indica também que as causas geradoras da paralisia
deixavam de existir, a partir daquele momento, e que a expiação
chegava ao seu término. As verdades espíritas nos orientam que nada
acontece por acaso e que um axioma governa nossa existência: todo
efeito tem uma causa geradora.
Ora, ao efeito precede sempre a causa, se esta não se encontra na vida
atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. Por outro lado, não podendo Deus punir alguém pelo bem
que fez, nem pelo mal que não fez, se somos punidos, é que fizemos
o mal; se esse mal não o fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito
noutra. É uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica
decide de que parte se acha a justiça de Deus. O homem, pois, nem
sempre é punido, ou punido completamente, na sua existência atual;
mas não escapa nunca às consequências de suas faltas. A prosperidade
do mau é apenas momentânea; se ele não expiar hoje, expiará
amanhã, ao passo que aquele que sofre está expiando o seu passado.
O infortúnio que, à primeira vista, parece imerecido tem a sua razão
de ser, e aquele que se em encontra em sofrimento pode sempre dizer:
perdoa-me, Senhor, porque pequei.
O espírita sabe, pois, que o seu comportamento será sempre
atestado pelas ações que desenvolve e, de modo mais autêntico, pelos
esforços que emprega no sentido de domar as suas más inclinações.
Exercitando a lógica (razão) e o bom senso, fundamentados na fé
raciocinada, verificamos que os ensinos de Jesus nos conduzem a
questionamentos sobre o nosso próprio comportamento.
O Espiritismo nos estimula responder: “que”, “porque”, “qual”,
“quem”, “onde” etc., necessários à análise, comparação e comprovação
dos fatos. Sendo assim, a ideia da reencarnação explica como e porque
o enfermo adquiriu a paralisia, e como fazer para dela se libertar. Não
é a reencarnação o ensejo de reconstrução do passado delituoso, um
verdadeiro perdão de Deus? Entregar-se ao trabalho, dedicar-se ao
próximo, amar e compreender, não tangem a mente como auspicioso
ensejo de liquidação dos débitos escabrosos, acumulados no decorrer
dos séculos?
Perdoando os pecados cometidos pelo paralítico ou, simplesmente,
dizendo-lhe: “Levanta-te, e toma o teu leito, e anda”, Jesus nos
faz lembrar questões relativas ao livre-arbítrio, à lei de causa e efeito, ao
arrependimento, às provas e expiações, à reencarnação, ao trabalho de
melhoria espiritual, às manifestações de solidariedade, à misericórdia
e à reparação de faltas cometidas, dentre outras.
A expressão imperativa: “Levanta-te” está carregada de grande
magnetismo e determinação. A partir daquele momento não existe
mais um paralítico e, sim, um Espírito que deve adotar nova atitude,
dispor-se ao labor, não esquecendo, no entanto, de que carrega consigo resíduos ou reflexos de uma experiência menos feliz, vivida
anteriormente.
A palavra “leito”, inserida na interrogação “e toma o teu leito, e
anda?”, revela que é importante transportarmos, com humildade, as
experiências vivenciadas e as lições aprendidas, até que esse “leito”
não seja mais necessário à nossa vida." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
376. Por que razão a loucura leva o homem algumas vezes
ao suicídio?
“O Espírito sofre pelo constrangimento em que se acha
e pela impossibilidade em que se vê de manifestar-se livremente,
donde o procurar na morte um meio de quebrar
seus grilhões.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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