terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

E curou todos os que estavam enfermos


“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.”  - Paulo - ( Tito, 2:1 )




Amados irmãos, bom dia!
"Toma cuidado em usar o verbo, como convém ao Espírito do Cristo que nos rege os destinos. É muito fácil falar aos que nos interpelam, de maneira a satisfazê­-los, e não é difícil replicar­-lhes como convém aos nossos interesses e conveniências particulares; todavia, dirigirmo-­nos aos outros, com a prudência amorosa e com a tolerância educativa, como convém à sã doutrina do Mestre, é tarefa complexa e enobrecedora, que requisita a ciência do bem no coração e o entendimento evangélico nos raciocínios. Que os ignorantes e os cegos da alma falem desordenadamente, pois não sabem, nem vêem... Tu, porém, acautela­-te nas criações verbais, como quem não se esquece das contas naturais a serem acertadas no dia próximo." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-






E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e Ele, com a sua palavra, expulsou deles os Espíritos e curou todos os que estavam enfermos... (Mt 8:16). 

“Os endemoniados aqui referidos eram pessoas obsidiadas; Jesus, com sua palavra, afastava espíritos obsessores.” Encontramos também nesse texto do Evangelho outra alusão a benfeitores espirituais anônimos, os quais, num esforço de cooperação e de solidariedade auxiliam os que se encontram sob o jugo de entidades perturbadoras e perturbadas. Parece que, ao tempo de Jesus, eram em grande número, na Judeia, os obsidiados e os possessos, a oportunidade que Ele teve de curar a muitos.[...] Sem apresentarem caráter epidêmico, as obsessões individuais são muitíssimo frequentes e se apresentam sob os mais variados aspectos que, entretanto, por um conhecimento amplo do Espiritismo, facilmente se descobrem. Podem, não raro, trazer consequências danosas à saúde, seja agravando afecções orgânicas já existentes, seja ocasionando-as.

As manifestações obsessivas têm uma razão de ser, não ocorrendo por acaso, como bem nos esclarece o Espírito Dias da Cruz. É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania [desejo mórbido e incontrolável por bebidas alcoólicas] e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patológicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte. 

O versículo 16 do texto registrado por Mateus, esclarece que Jesus “curou todos os que estavam enfermos”, merecendo de Allan Kardec os comentários que se seguem. De todos os fatos que dão testemunhos do poder de Jesus, os mais numerosos são, não há contestar, as curas. Queria Ele provar dessa forma que o verdadeiro poder é o daquele que faz o bem; que o seu objetivo era ser útil e não satisfazer à curiosidade dos indiferentes, por meio de coisas extraordinárias. Aliviando os sofrimentos, prendia a si as criaturas pelo coração e fazia prosélitos mais numerosos e sinceros, do que se apenas os maravilhasse com espetáculos para os olhos. Daquele modo, fazia-se amado, ao passo que se limitasse a produzir surpreendentes fatos materiais, conforme os fariseus reclamavam, a maioria das pessoas não teria visto nele senão um feiticeiro, ou um mágico hábil, que os desocupados iriam apreciar para se distraírem. 

A Doutrina Espírita, na sua posição de Cristianismo Redivivo, procura seguir os exemplos do Cristo. O Espiritismo, igualmente, pelo bem que faz é que prova a sua missão providencial. Ele cura os males físicos, mas cura, sobretudo, as doenças morais e são esses os maiores prodígios que lhe atestam a procedência. Seus mais sinceros adeptos não são os que se sentem tocados pela observação de fenômenos extraordinários, mas os que dele recebem a consolação para as suas almas; os a quem liberta das torturas da dúvida; aqueles a quem levantou o ânimo na aflição, que hauriram forças na certeza, que lhes trouxe, acerca do futuro, no conhecimento do seu ser espiritual e de seus destinos. Esses os de fé inabalável, porque sentem e compreendem. Os que no Espiritismo unicamente procuram efeitos materiais, não lhes podem compreender a força moral.

Realmente, o Cristo foi e é incomparável. Trouxe-nos lições sublimes, doando-nos o seu Evangelho como roteiro de luz a ser seguido por todos os que desejam atingir as culminâncias da espiritualidade superior. Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto Jesus. Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curassem de enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento ao paralíticos, a visão aos cegos. Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da própria situação. Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo. A lição do Senhor é bastante significativa. É compreensível que o discípulo estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se, porém, de que, antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no caminho da vida, é voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje ou amanhã." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






SIMPATIA E ANTIPATIA TERRENAS 


386. Podem dois seres, que se conheceram e estimaram, encontrar-se noutra existência corporal e reconhecer-se?  

“Reconhecer-se, não. Podem, porém, sentir-se atraídos um para o outro. E, frequentemente, diversa não é a causa de íntimas ligações fundadas em sincera afeição. Um do outro dois seres se aproximam devido a circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que na realidade resultam da atração de dois Espíritos, que se buscam reciprocamente por entre a multidão.” 

a) — Não lhes seria mais agradável reconhecerem-se? 

“Nem sempre. A recordação das passadas existências teria inconvenientes maiores do que imaginais. Depois de mortos, reconhecer-se-ão e saberão que tempo passaram juntos.”




Que a graça e a paz sejam conosco! 

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