"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder quanto a sua divindade se estendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas." -( Paulo aos Romanos, 1: 20 )-
Amados irmãos, bom dia!
Por todos os lados que olharmos podemos contemplar as maravilhas da criação. Até mesmo quando estamos de olhos fechados podemos senti-la em nosso pensamento. Tudo o que nos cerca nos mostra a Sua presença, portanto, vivamos com alegria e gratidão e façamos de nossas vidas um eterno canto de louvor ao nosso Pai.
Animismo e mistificação
“Alguns estudiosos do Espiritismo, devotados e honestos,
reconhecendo os escolhos do campo do mediunismo, criaram a hipótese do fantasma
anímico do próprio medianeiro, o qual agiria em lugar das entidades desencarnadas.
Desconhecendo o mecanismo básico das comunicações mediúnicas e a ação anímica
exercida pelos médiuns, muitos [...] companheiros matriculados no serviço de
implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria
animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de
realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras
“mistificação inconsciente ou subconsciente” para batizar o fenômeno. Na
verdade, precisamos adquirir maior cabedal de conhecimento sobre o animismo e
agir com prudência em relação ao assunto, evitando rotular as naturais
manifestações anímicas, comuns e necessárias, de mistificação. É impróprio e
antifraterno este rótulo, uma vez que ‘‘mistificação’’ caracteriza o ato de
alguém mentir, enganar, ludibriar.
A propósito, o instrutor Calderaro, citado por André Luiz no
livro No Mundo Maior, nos transmite oportunas elucidações: A tese animista é
respeitável. Partiu de investigadores conscienciosos e sinceros, e nasceu para
coibir os prováveis abusos da imaginação; entretanto, vem sendo usada
cruelmente pela maioria dos nossos colaboradores encarnados, que fazem dela um
órgão inquisitorial, quando deveriam aproveitá-la como elemento educativo, na
ação fraterna. Milhares de companheiros fogem ao trabalho, amedrontados, recuam
ante os percalços da iniciação mediúnica, porque o animismo se converteu em
Cérbero [segundo a mitologia grega, cão guardião das portas do inferno, que
impedia a saída dos espíritos]. Afirmações sérias e edificantes, tornadas em
opressivo sistema, impedem a passagem dos candidatos ao serviço pela gradação
natural do aprendizado e da aplicação. Reclama-se deles precisão absoluta,
olvidando-se lições elementares da natureza. Recolhidos ao castelo teórico,
inúmeros amigos nossos, em se reunindo para o elevado serviço de intercâmbio
com a nossa esfera, não aceitam comumente os servidores, que hão de crescer e
de aperfeiçoar-se com o tempo e com o esforço. Exigem meros aparelhos de
comunicação, como se a luz espiritual se transmitisse da mesma sorte que a luz
elétrica por uma lâmpada vulgar. Nenhuma árvore nasce produzindo, e qualquer
faculdade nobre requer burilamento. Prosseguindo em seus arrazoados, Calderaro
pondera: Ninguém receberá as bênçãos da colheita, sem o suor da sementeira.
Lamentavelmente, porém, a maior parte de nossos amigos parece desconhecerem
tais imposições de trabalho e de cooperação: exigem faculdades completas. O
instrumento mediúnico é automaticamente desclassificado se não tem a felicidade
de exibir absoluta harmonia com os desencarnados, no campo tríplice das forças
mentais, perispirituais e fisiológicas. Em se tratando de animismo nunca é
demais recordar que, [...] em matéria de mediunismo, há tipos idênticos de
faculdades, mas enorme desigualdade nos graus de capacidade receptiva, os quais
variam infinitamente, como as pessoas.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria
e o espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as
coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de
tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento
material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha
o papel de intermediário entre o espírito e a matéria
propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito
possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de
vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele
se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido
universal fosse positivamente matéria, razão não haveria
para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre
o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com
esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade
das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima.
Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o
agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual
a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca
adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”
a) — Esse fluido será o que designamos pelo nome de
eletricidade?
“Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são
modificações do fluido universal, que não é, propriamente
falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se
pode considerar independente.”
Que a graça e a paz sejam conosco!