segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Animismo e mistificação


"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder quanto a sua divindade se estendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas." -( Paulo aos Romanos, 1: 20 )-



Amados irmãos, bom dia!
Por todos os lados que olharmos podemos contemplar as maravilhas da criação. Até mesmo quando estamos de olhos fechados podemos senti-la em nosso pensamento. Tudo o que nos cerca nos mostra a Sua presença, portanto, vivamos com alegria e gratidão e façamos de nossas vidas um eterno canto de louvor ao nosso Pai.



Animismo e mistificação  






“Alguns estudiosos do Espiritismo, devotados e honestos, reconhecendo os escolhos do campo do mediunismo, criaram a hipótese do fantasma anímico do próprio medianeiro, o qual agiria em lugar das entidades desencarnadas. Desconhecendo o mecanismo básico das comunicações mediúnicas e a ação anímica exercida pelos médiuns, muitos [...] companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras “mistificação inconsciente ou subconsciente” para batizar o fenômeno. Na verdade, precisamos adquirir maior cabedal de conhecimento sobre o animismo e agir com prudência em relação ao assunto, evitando rotular as naturais manifestações anímicas, comuns e necessárias, de mistificação. É impróprio e antifraterno este rótulo, uma vez que ‘‘mistificação’’ caracteriza o ato de alguém mentir, enganar, ludibriar.

A propósito, o instrutor Calderaro, citado por André Luiz no livro No Mundo Maior, nos transmite oportunas elucidações: A tese animista é respeitável. Partiu de investigadores conscienciosos e sinceros, e nasceu para coibir os prováveis abusos da imaginação; entretanto, vem sendo usada cruelmente pela maioria dos nossos colaboradores encarnados, que fazem dela um órgão inquisitorial, quando deveriam aproveitá-la como elemento educativo, na ação fraterna. Milhares de companheiros fogem ao trabalho, amedrontados, recuam ante os percalços da iniciação mediúnica, porque o animismo se converteu em Cérbero [segundo a mitologia grega, cão guardião das portas do inferno, que impedia a saída dos espíritos]. Afirmações sérias e edificantes, tornadas em opressivo sistema, impedem a passagem dos candidatos ao serviço pela gradação natural do aprendizado e da aplicação. Reclama-se deles precisão absoluta, olvidando-se lições elementares da natureza. Recolhidos ao castelo teórico, inúmeros amigos nossos, em se reunindo para o elevado serviço de intercâmbio com a nossa esfera, não aceitam comumente os servidores, que hão de crescer e de aperfeiçoar-se com o tempo e com o esforço. Exigem meros aparelhos de comunicação, como se a luz espiritual se transmitisse da mesma sorte que a luz elétrica por uma lâmpada vulgar. Nenhuma árvore nasce produzindo, e qualquer faculdade nobre requer burilamento. Prosseguindo em seus arrazoados, Calderaro pondera: Ninguém receberá as bênçãos da colheita, sem o suor da sementeira. Lamentavelmente, porém, a maior parte de nossos amigos parece desconhecerem tais imposições de trabalho e de cooperação: exigem faculdades completas. O instrumento mediúnico é automaticamente desclassificado se não tem a felicidade de exibir absoluta harmonia com os desencarnados, no campo tríplice das forças mentais, perispirituais e fisiológicas. Em se tratando de animismo nunca é demais recordar que, [...] em matéria de mediunismo, há tipos idênticos de faculdades, mas enorme desigualdade nos graus de capacidade receptiva, os quais variam infinitamente, como as pessoas.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 



Estudo do Livro dos Espíritos







27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito? 

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

a) — Esse fluido será o que designamos pelo nome de eletricidade? 

“Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente.” 



Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mecanismo básico do animismo


"Regozijai-vos sempre no Senhor, outra vez digo, regozijai-vos." -( Paulo aos Filipenses, 4: 4 )-



Amados irmãos, bom dia!
Paremos por um instante e reflitamos: Se Jesus foi capaz de deixar sua casa e vir até nós a fim de nos convidar a sermos perfeitos; se abriu mão de tudo para se igualar a nós; realmente somos muito especiais e devemos mesmo nos regozijar com Ele. Busquemos, pois, fazer-nos merecedores de tanto amor.








Mecanismo básico do animismo



"O animismo produz [...] muitas ocorrências que podem repontar nos fenômenos mediúnicos de efeitos físicos ou de efeitos intelectuais, com a própria inteligência encarnada comandando manifestações ou delas participando com diligência, numa demonstração que o corpo espiritual pode efetivamente desdobrar-se e atuar com os seus recursos e implementos característicos, como consciência pensante e organizadora, fora do carro físico. A verificação de semelhantes acontecimentos criou entre os opositores da Doutrina Espírita as teorias da negação, porquanto, admitida a possibilidade de o próprio Espírito encarnado poder atuar fora do traje fisiológico, apressaram-se os cépticos inveterados a afirmar que todos os sucessos medianímicos se reduzem à influência de uma força nervosa que efetua, fora do corpo carnal, determinadas ações mecânicas e plásticas, configurando, ainda, alucinações de variada espécie. Todavia, os estardalhaços e pavores levantados por esses argumentos indébitos, arredando para longe o otimismo e a esperança de tantas criaturas que começam confiantemente a iniciação nos serviços da mediunidade, não apresentam qualquer significado substancial, porque é forçoso ponderar que os Espíritos desencarnados e encarnados não se filiam a raças antagônicas que se devam reencontrar em condições miraculosas. Acreditamos que o mecanismo básico do animismo pode ser entendido com a explicação que o Espírito André Luiz dá sobre mediunidade de psicofonia, usualmente conhecida como ‘‘incorporação’’. O relato que se segue traz elucidações sobre a psicofonia e a influência anímica da médium Otávia, de Dionísio, Espírito desencarnado, recolhido numa das organizações socorristas do plano espiritual. André Luiz assim se expressa: Otávia foi cuidadosamente afastada do veículo físico, em sentido parcial, aproximando-se Dionísio, que também parcialmente começou a utilizar-se das possibilidades dela. Otávia mantinha-se a reduzida distância, mas com poderes para retomar o corpo a qualquer momento num impulso próprio, guardando relativa consciência do que estava ocorrendo, enquanto que Dionísio conseguia falar, de si mesmo, mobilizando, no entanto, potências que lhe não pertenciam e que deveria usar, cuidadosamente, sob o controle direto da proprietária legítima e com a vigilância afetuosa de amigos e benfeitores, que lhe fiscalizavam a expressão com o olhar, de modo a mantê-lo em boa posição de equilíbrio emotivo. Reconheci que o processo de incorporação comum era mais ou menos idêntico ao da enxertia da árvore frutífera. A planta estranha revela suas características e oferece seus frutos particulares, mas a árvore enxertada não perde sua personalidade e prossegue operando em sua vitalidade própria. Ali também, Dionísio era um elemento que aderia às faculdades de Otávia, utilizando-as na produção de valores espirituais que lhe eram característicos, mas naturalmente subordinado à médium, sem cujo crescimento mental, fortaleza e receptividade, não poderia o comunicante revelar os caracteres de si mesmo, perante os assistentes. Por isso mesmo, logicamente, não era possível isolar, por completo, a influenciação de Otávia, vigilante. A casa física era seu templo, que urgia defender contra qualquer expressão desequilibrante, e nenhum de nós, os desencarnados presentes, tinha o direito de exigir-lhe maior afastamento, porquanto lhe competia guardar as suas potências fisiológicas e preservá-las contra o mal, perto de nós outros, ou à distância de nossa assistência afetiva.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 



Estudo do Livro dos Espíritos







26. Poder-se-á conceber o espírito sem a matéria e a matéria sem o espírito? 

“Pode-se, é fora de dúvida, pelo pensamento.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Animismo


"Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisias." -( Tiago, 3: 17 )-



Amados irmãos, bom dia!
Hoje iremos aprofundar mais no entendimento da prática mediúnica. Estudaremos sobre o quanto colaboramos nela. Mais uma vez peçamos aos bons Espíritos e a nosso Mestre Jesus que nos auxiliem no entendimento de tão profundos ensinamentos.








Conceito de animismo


Animismo é o [...] conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação.  Allan Kardec observa que há comunicações escritas ou verbais que podem emanar do próprio Espírito encarnado, uma vez que a [...] alma do médium pode comunicar-se, como a de qualquer outro. Se goza de certo grau de liberdade, recobra suas qualidades de Espírito. Neste aspecto, se o médium traz consigo uma bagagem de conhecimentos, adquirida em existências pretéritas, poderá retirar das profundezas da sua memória integral idéias que estão fora do alcance da sua atual instrução. Isso acontece – pondera um Espírito Superior a Kardec – frequentemente, no estado de crise sonambúlica, ou extática, porém, ainda uma vez repito, há circunstâncias que não permitem dúvida. Estuda longamente e medita.

É importante considerar que toda comunicação mediúnica tem o seu componente anímico, uma vez que o médium age, necessariamente, como um intérprete das mensagens dos Espíritos, ainda que não se dê conta desse fato. A influência dos médiuns nas comunicações é observada, sobretudo, quando transmitem idéias de Espíritos com os quais não guardam afinidade (fluídica, moral, intelectual), podendo [...] alterar-lhes as respostas e assimilá- las às suas próprias idéias e a seus pendores; não influencia, porém, os próprios Espíritos, autores das respostas; constitui-se apenas em mau intérprete.
Essa é a causa da preferência dos Espíritos por certos médiuns: Os Espíritos procuram o intérprete que mais simpatize com eles e que lhes exprima com mais exatidão os pensamentos. Não havendo entre eles simpatia, o Espírito do médium é um antagonista que oferece certa resistência e se torna um intérprete de má qualidade e muitas vezes infiel. É o que se dá entre vós, quando a opinião de um sábio é transmitida por intermédio de um estonteado, ou de uma pessoa de má-fé. Reconhece-se, então, que o animismo é algo perfeitamente normal, pois o médium, ao interpretar as idéias de um Espírito comunicante, imprime características próprias, mesmo em se tratando dos chamados médiuns mecânicos. Dessa forma, é passivo, quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário [...]. -( FEB - ESDE - Tomo único )-



Estudo do Livro dos Espíritos






25. O espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar? 

“São distintos uma do outro; mas, a união do espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria.” 

a) — Essa união é igualmente necessária para a manifestação do espírito? (Entendemos aqui por espírito o princípio da inteligência, abstração feita das individualidades que por esse nome se designam.) 

“É necessária a vós outros, porque não tendes organização apta a perceber o espírito sem a matéria. A isto não são apropriados os vossos sentidos.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Discernimento


"Amados, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem, é de Deus; mas quem faz o mal, não tem visto a Deus." -( III João, 11 )-



Amados irmãos, bom dia!
“Espíritas, amai-vos! - eis o primeiro ensino. Instruí-vos! - eis o segundo.”
Nosso Deus não deseja que permaneçamos na ignorância, portanto, devemos buscar a todo instante o aperfeiçoamento. Foi-nos dito: Sede perfeitos assim como vosso Pai é perfeito. Roguemos ao nosso Mestre Jesus e aos bons Espíritos que nos abra o entendimento para que sejamos a cada dia, melhor que no dia anterior.








Discernimento - Emmanuel

Encarecendo a prática do bem por base da cooperação com os instrutores desencarnados, no campo mediúnico, não será lícito esquecer o imperativo da educação. Não somente ajudar, mas também discernir. Não apenas derramar sentimentos como quem faz do peito cofre aberto, atirando preciosidades a esmo, mas articular raciocínios, aprendendo que a cabeça não é simples ornamento do corpo.

Coração e cérebro, sintonizados na criatura, assemelham-se de algum modo ao pêndulo e ao mostrador no relógio. O coração, à maneira do pêndulo, marca as pulsações da vida; entretanto, o cérebro, simbolizando o mostrador, estabelece as indicações. No trabalho em que se conjugam, um não vai sem o outro.

Tornemos ao domínio da imagem, para clareza do assunto. Operário relapso não encontra chefe nobre. Escrevente inculto não se laureia em provas de competência. Enfermeiro bisonho complica a assistência médica. Aluno vadio é problema para professor. Na mediunidade, quanto em qualquer outro gênero de serviço, é indispensável que o colaborador se interesse pela melhoria dos próprios conhecimentos, a fim de valorizar o amparo que o valoriza.

Tarefa mediúnica sustentada através do tempo não brota da personalidade. Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor. A educação confere discernimento. E o discernimento é a luz que nos ensina a fazer bem todo o bem que precisamos fazer. É por isso que Jesus avisou no Evangelho: “Brilhe a vossa luz diante dos homens para que os homens vejam as vossas boas obras.” É ainda pela mesma razão que o Espírito da Verdade recomendou a Allan Kardec gravasse na Codificação do Espiritismo a inolvidável advertência: “Espíritas, amai-vos! - eis o primeiro ensino. Instruí-vos! - eis o segundo.”

* XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos médiuns. Pelo Espírito de Emmanuel.


Prece dos cristãos sacrificados no circo romano*

Dá, Senhor, que nós possamos Viver a felicidade Nas bênçãos da Eternidade Que não se encontram aqui;
O júbilo de reencontrar-Te Nos últimos padeceres, Acende em nós os prazeres De bem morrermos por Ti!..
Senhor, perdoa os verdugos De tua doutrina santa! Protege, ampara, levanta Quem no mal vive a morrer..
A caminho do Teu reino, Toda a dor se transfigura, Toda a lágrima é ventura, O bem consiste em sofrer!..
Consola, Jesus amado, Aqueles que nós queremos, Que ficarão nos extremos Da saudade e do amargor;
Dá-lhes a fé que transforma Os sofrimentos e os prantos Nos tesouros sacrossantos Da vida de Teu amor!..
Cordeiro Santo de Deus, Senhor de toda a Verdade, Salvador da Humanidade, Sagrado Verbo de Luz!..
Pastor da Paz, da Esperança, De Tua mansão divina, Senhor Jesus, ilumina As dores de nossa cruz!..
Também tiveste o Calvário De dor, de angústia, de apodo, Ofertando ao mundo todo As luzes da redenção;
Tiveste a sede, o tormento, Mas, sob o fel, sob as dores, Redimiste os pecadores Da mais triste escravidão!
Se também sorveste o cálix De amargor e de ironia, Nós queremos a alegria De padecer e chorar..
Pois, ovelhas tresmalhadas, Nós somos filhos do erro, Que no mundo do desterro Vivemos a Te esperar.



* XAVIER, Francisco Cândido. Cinquenta anos depois. Pelo Espírito Emmanuel. 



Estudo do Livro dos Espíritos







24. É o espírito sinônimo de inteligência?

“A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro, porém, se confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Contradições e mistificações I


"Diz o Senhor: Porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus e eles me serão por povo." -( Hebreus. 8: 10 )-



Amados irmãos, bom dia!
Quando faltar entendimento sobre quaisquer questões, voltemos para dentro de nós mesmos e, com fé, confiemos no Senhor que Ele nos esclarecerá. Suas leis estão gravadas em nossos corações e jamais nos permite sejamos enganados se o buscarmos com o coração.









Atitude dos Espíritas diante das mistificações


“Pergunta-se também: como se pode distinguir, na vasta massa das comunicações, cujos autores são invisíveis, o que provém das entidades superiores e deve ser conservado? Para essa pergunta há uma só resposta. Como distinguimos nós os bons e maus livros dos autores falecidos há muito tempo? Como distinguir uma linguagem nobre e elevada de uma linguagem banal e vulgar? Não temos nós um estalão [padrão], uma regra para aquilatar os pensamentos, provenham eles do nosso mundo ou do outro? Podemos julgar as mensagens medianímicas principalmente pelos seus efeitos moralizadores, que inúmeras vezes têm melhorado muitos caracteres e purificado muitas consciências. É esse o critério mais seguro de todo o ensino filosófico.

Em nossas relações com os Invisíveis há também meios de reconhecimento para distinguir os bons Espíritos das almas atrasadas. Os sensitivos reconhecem facilmente a natureza dos fluidos, que, nos Espíritos bons, são sutis, agradáveis, e, nos maus, são violentos, glaciais, custosos de suportar. [...] Avalia-se a elevação de um Espírito pela pureza dos seus fluidos, pela beleza da sua forma e da sua linguagem.  A mistificação experimentada por um médium traz, sempre, uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor-próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo. Os fatos de mistificação não ocorrem à revelia dos seus mentores mais elevados, que, somente assim, o conduzem à vigilância precisa e às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo. A simples razão nos diz que os bons Espíritos não podem fazer senão o bem, pois, do contrário, não seriam bons, e que o mal só pode vir dos Espíritos imperfeitos. Portanto, as mistificações só podem provir de Espíritos levianos ou mentirosos, que abusam da credulidade e, muitas vezes, exploram o orgulho, a vaidade ou outras paixões. Tais mistificações têm o objetivo de pôr à prova a perseverança, a firmeza na fé e exercitar o julgamento. Se os bons Espíritos as permitem em certas ocasiões, não é por impotência de sua parte, mas para nos deixar o mérito da luta. [...] Os bons Espíritos velam por nós, assistem-nos e nos ajudam, mas sob a condição de nos ajudarmos a nós mesmos.  É importante ressaltar que os médiuns [...] de mais mérito não estão ao abrigo das mistificações dos Espíritos embusteiros; primeiro, porque não há ainda, entre nós, pessoa assaz perfeita, para não ter algum lado fraco, pelo qual dê acesso aos maus Espíritos; segundo, porque os bons Espíritos permitem mesmo, às vezes, que os maus venham, a fim de exercitarmos a nossa razão, aprendermos a distinguir a verdade do erro e ficarmos de prevenção, não aceitando cegamente e sem exame tudo quanto nos venha dos Espíritos; nunca, porém, um Espírito bom nos virá enganar; o erro, qualquer que seja o nome que o apadrinhe, vem de uma fonte má. Essas mistificações ainda podem ser uma prova para a paciência e perseverança do espírita, médium ou não; e aqueles que desanimam, com algumas decepções, dão prova aos bons Espíritos de que não são instrumentos com que eles possam contar. Sabe-se que os Espíritos, em virtude da diferença entre as suas capacidades, longe se acham de estar, individualmente considerados, na posse de toda a verdade; que nem a todos é dado penetrar certos mistérios; que o saber de cada um deles é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares mais não sabem do que muitos homens e até menos que certos homens; que entre eles, como entre estes, há presunçosos e pseudo-sábios, que julgam saber o que ignoram; sistemáticos, que tomam por verdades as sua idéias; enfim, que só os Espíritos da categoria mais elevada, os que já estão completamente desmaterializados, se encontram despidos das idéias e preconceitos terrenos; mas, também é sabido que os Espíritos enganadores não têm escrúpulo em tomar nomes que lhes não pertencem, para impingirem suas utopias. Daí resulta que, com relação a tudo o que seja fora do âmbito do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um possa receber terão caráter individual, sem cunho de autenticidade; que devem ser consideradas opiniões pessoais de tal ou qual Espírito e que imprudente fora aceitá-las e propagá-las levianamente como verdades absolutas. O primeiro controle é, sem contradita, o da razão, ao qual cumpre se submeta, sem exceção, tudo o que venha dos Espíritos. Toda teoria em manifesta contradição com o bom-senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos já adquiridos, deve ser rejeitada, por mais respeitável que seja o nome que traga como assinatura. Incompleto, porém, ficará esse exame em muitos casos, por efeito da falta de luzes de certas pessoas e das tendências de não poucas a tomar as próprias opiniões como juízes únicos da verdade. Assim sendo, que hão de fazer aqueles que não depositam confiança absoluta em si mesmos? Buscar o parecer da maioria e tomar por guia a opinião desta. De tal modo é que se deve proceder em face do que digam os Espíritos, que são os primeiros a nos fornecer os meios de consegui-lo. A concordância no que ensinam os Espíritos é, pois, a melhor comprovação.

É por isso que no domínio arriscado, e tantas vezes obscuro, da experimentação, cumpre examinar, analisar as coisas com sereno critério e extrema circunspecção, e só admitir o que se apresenta com um caráter de autenticidade perfeitamente definido. O nosso conhecimento das condições da vida futura, como o próprio Espiritismo, assenta sobre os fenômenos mediúnicos. Convém estudar seriamente estes e eliminar inflexivelmente tudo o que não traga o cunho de origem extra-humana. É preciso não substituir, a pretexto de progresso, a incredulidade sistemática por uma cega confiança, por uma credulidade ridícula, mas separar com cuidado o real do fictício. Disso está dependendo o futuro do Espiritismo.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-



Estudo do Livro dos Espíritos






23. Que é o espírito? 

“O princípio inteligente do Universo.” 

a) — Qual a natureza íntima do espírito? 

“Não é fácil analisar o espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Contradições e mistificações


"Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes." -( I Coríntios, 15: 23 )-



Amados irmãos, bom dia!
Só o coração sincero recebe o bom entendimento. Quando buscamos as orientações dos Espíritos devemos fazê-lo assim, pois, muitos são os chamados, mas, poucos os escolhidos.







“Quando começaram a produzir-se os estranhos fenômenos do Espiritismo, ou, dizendo melhor, quando esses fenômenos se renovaram nestes últimos tempos, o primeiro sentimento que despertaram foi o da dúvida, quanto à realidade deles e, mais ainda, quanto à causa que lhes dava origem. Uma vez certificados, por testemunhos irrecusáveis e pelas experiências que todos hão podido fazer, sucedeu que cada um os interpretou a seu modo, de acordo com suas idéias pessoais, suas crenças, ou suas prevenções.

Contradições e mistificações

Os adversários do Espiritismo não deixam de objetar que seus adeptos não se acham entre si de acordo; que nem todos partilham das mesmas crenças; numa palavra: que se contradizem. Ponderam eles: se o ensino vos é dado pelos Espíritos, como não se apresenta idêntico? Só um estudo sério e aprofundado da ciência pode reduzir estes argumentos ao seu justo valor. Apressemo-nos em dizer desde logo que essas contradições, de que algumas pessoas fazem grande cabedal, são, em regra, mais aparentes que reais; que elas quase sempre existem mais na superfície do que no fundo mesmo das coisas e que, por consequência, carecem de importância. De duas fontes provêm: dos homens e dos Espíritos.

Para se compreenderem a causa e o valor das contradições de origem espírita, é preciso estar-se identificado com a natureza do mundo invisível e tê-lo estudado por todas as suas faces. À primeira vista, parecerá talvez estranho que os Espíritos não pensem todos da mesma maneira, mas isso não pode surpreender a quem quer que se haja compenetrado de que infinitos são os degraus que eles têm de percorrer antes de chegarem ao alto da escada. [...] Podendo manifestar-se Espíritos de todas as categorias, resulta que suas comunicações trazem o cunho da ignorância ou do saber que lhes seja peculiar no momento, o da inferioridade, ou da superioridade moral que alcançaram. A distinguir o verdadeiro do falso, o bom do mau, é a que devem conduzir as instruções que temos dado. Cumpre não esqueçamos que, entre os Espíritos, há, como entre os homens, falsos sábios e semi-sábios, orgulhosos, presunçosos e sistemáticos. Como só aos Espíritos perfeitos é dado conhecerem tudo, para os outros há, do mesmo modo que para nós, mistérios que eles explicam à sua maneira, segundo suas idéias, e a cujo respeito podem formar opiniões mais ou menos exatas, que se empenham, levados pelo amor-próprio, por que prevaleçam e que gostam de reproduzir em suas comunicações.

Diferindo estes [os Espíritos] muito uns dos outros, do ponto de vista dos conhecimentos e da moralidade, é evidente que uma questão pode ser por eles resolvida em sentidos opostos, conforme a categoria que ocupam [...]. Este é um ponto capital, cuja explicação alcançaremos pelo estudo. Por isso é que dizemos que estes estudos requerem atenção demorada, observação profunda e, sobretudo, como aliás o exigem todas as ciências humanas, continuidade e perseverança. [...] A contradição, demais, nem sempre é tão real quanto possa parecer. Não vemos todos os dias homens que professam a mesma ciência divergirem na definição que dão de uma coisa, quer empreguem termos diferentes, quer a encarem de pontos de vista diversos, embora seja sempre a mesma a idéia fundamental? Conte quem puder as definições que se têm dado de gramática! Acrescentaremos que a forma da resposta depende muitas vezes da forma da questão. Pueril, portanto, seria apontar contradição onde frequentemente só há diferença de palavras. Os Espíritos superiores não se preocupam absolutamente com a forma. Para eles, o fundo do pensamento é tudo.

Se o ser enganado é desagradável, ainda mais o é ser mistificado. Esse, aliás, um dos inconvenientes de que mais facilmente nos podemos preservar. De todas as instruções precedentes ressaltam os meios de se frustrarem as tramas dos Espíritos enganadores. [...] Sobre o assunto, foram estas as respostas que nos deram os Espíritos: As mistificações constituem um dos escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático. Haverá meio de nos preservarmos deles? Parece-me que podeis achar a resposta em tudo quanto vos tem sido ensinado. Certamente que há para isso um meio simples: o de não pedirdes ao Espiritismo senão o que ele vos possa dar. Seu fim é o melhoramento moral da Humanidade; se vos não afastardes desse objetivo, jamais sereis enganados, porquanto não há duas maneiras de se compreender a verdadeira moral, a que todo homem de bom-senso pode admitir. Os Espíritos vos vêm instruir e guiar no caminho do bem e não no das honras e das riquezas, nem vêm para atender às vossas paixões mesquinhas. Se nunca lhes pedissem nada de fútil, ou que esteja fora de suas atribuições, nenhum ascendente encontrariam jamais os enganadores; donde deveis concluir que aquele que é mistificado só o é porque o merece. O papel dos Espíritos não consiste em vos informar sobre as coisas desse mundo, mas em vos guiar com segurança no que vos possa ser útil para o outro mundo. Quando vos falam do que a esse concerne, é que o julgam necessário, porém não porque o peçais. Se vedes nos Espíritos os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então é certo que sereis enganados. Porém, há pessoas que nada perguntam e que são indignamente enganadas por Espíritos que vêm espontaneamente, sem serem chamados. Elas nada perguntam, mas se comprazem em ouvir, o que dá no mesmo. Se acolhessem com reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos levianos não as tomariam tão facilmente para joguete.


A astúcia dos Espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se possa imaginar. A arte, com que dispõem as suas baterias e combinam os meios de persuadir, seria uma coisa curiosa, se eles nunca passassem dos simples gracejos; porém, as mistificações podem ter consequências desagradáveis para os que não se achem em guarda. [...] Entre os meios que esses Espíritos empregam, devem colocar-se na primeira linha, como sendo os mais frequentes, os que têm por fim tentar a cobiça, como a revelação de pretendidos tesouros ocultos, o anúncio de heranças, ou outras fontes de riquezas. Devem, além disso, considerar-se suspeitas, logo à primeira vista, as predições com época determinada, assim como todas as indicações precisas, relativas a interesses materiais. Cumpre não se dêem os passos prescritos ou aconselhados pelos Espíritos, quando o fim não seja eminentemente racional; que ninguém nunca se deixe deslumbrar pelos nomes que os Espíritos tomam para dar aparência de veracidade às suas palavras; desconfiar das teorias e sistemas científicos ousados; enfim, de tudo o que se afaste do objetivo moral das manifestações. Encheríamos um volume dos mais curiosos, se houvéramos de referir todas as mistificações de que temos tido conhecimento.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-


Estudo do Livro dos Espíritos




22. Define-se geralmente a matéria como sendo — o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?  

“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que  nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.” 

a) — Que definição podeis dar da matéria? “A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.” 

Deste ponto de vista, pode dizer-se que a matéria é o agente, o intermediário com o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito.


Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Textos do livro Conduta Espírita


"Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros."  -( I João, 3: 11 )-



Amados irmãos, bom dia!
Temos refletido sobre a importância da nossa conduta e, sugerimos hoje dois trechos que muito nos ajudarão na compreensão desse tema. Que os bons Espíritos sejam conosco a nos iluminar o entendimento do que nosso Mestre Jesus deseja nos falar.







Capítulo 4: do médium

Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer outra pessoa. O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.


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No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões, tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando lealdade ao próprio dever. Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.


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Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim de que não se prive do ensinamento. A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.


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Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos. O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz portador.


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Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele fenômeno. A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do Espírito. Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha. Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.


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Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes. Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.


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Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja. No rastro do orgulho, segue a ruína. Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável. O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio. “Mas a manifestação do Espirito é dada a cada um, para o que for útil:’ – Paulo (I CORÍNTIOS, 12 :7.)



Capítulo 27: perante a mediunidade

Reprimir qualquer iniciativa tendente a assinalar a mediunidade, o médium ou os fatos mediúnicos como extraordinários ou místicos. O intercâmbio mediúnico é acontecimento natural, e o médium é um ser humano como qualquer outro. Certificar-se de que o exercício natural da mediunidade não exime o médium da obrigação de viver profissão honesta na sociedade a que pertence. Não pode haver assistência digna onde não há dever dignamente cumprido.


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Precaver-se contra as petições inadequadas junto à mediunidade. Os médiuns são companheiros comuns que devem viver normalmente as experiências e as provas que lhes cabem.


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Por nenhuma razão elogiar o medianeiro pelos resultados obtidos através dele, lembrando-se que é sempre possível agradecer sem lisonjear. Para nós, todo o bem puro e nobre procede de Jesus-Cristo, nosso Mestre e Senhor. Ainda mesmo premido por extensas dificuldades, colocar o exercício da mediunidade acima dos eventos efêmeros e limitados que varrem constantemente os panoramas sociais e religiosos da Terra. A mediunidade nunca será talento para ser enterrado no solo do comodismo. Conversar sobre fenômenos mediúnicos e princípios espíritas apenas em ambientes receptivos. Há terrenos que ainda não estão amanhados para a semeadura.


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Prosseguir sem vacilações no consolo e no esclarecimento das almas, esquecendo espinheiros e pedras do vale humano, para conquistar a luz da imortalidade que fulgura nos cimos da vida. Desenvolver-se alguém mediunicamente, a bem do próximo, é ascender em espiritualidade. “E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda carne.” (ATOS, 2: 17.)


VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 4 (Do médium), p. 27-30. Cap. 27 (Perante a mediunidade), p. 99 -101


Estudo do Livro dos Espíritos






ESPÍRITO E MATÉRIA

21. A matéria existe desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada por ele em dado momento?


“Só Deus o sabe. Há uma coisa, todavia, que a razão vos deve indicar: é que Deus, modelo de amor e caridade, nunca esteve inativo. Por mais distante que logreis figurar o início de sua ação, podereis concebê-lo ocioso, um momento que seja?”



Que a graça e a paz sejam conosco!




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Estudo do Livro dos Espíritos

"No silêncio do coração o Senhor faz ouvir a sua voz. "


Amados irmãos, bom dia! 
Que ao buscarmos na Sabedoria do Pai, os bons Espíritos venham nos esclarecer o entendimento. 


20 - Fora das investigações científicas,  pode o homem receber comunicações de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos? 


"Sim,  se Deus o julgar útil, pode revelar lhe o que a Ciência não consegue apreender. "

É por essas comunicações que o homem adquire, dentro de certos limites,  o conhecimento do seu passado e do seu futuro. 



Que a graça e a paz sejam conosco! 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Estudo do Livro dos Espíritos

"O Senhor é o meu pastor e nada me faltarå. " -( Salmo,  23 )-


Amados irmãos, bom dia! 
Agradecidos por mais um dia que amanhece,  busquemos em seus ensinamentos a verdadeira direção para nosso caminhar. 


19 - "Pelas investigações científicas,  não pode o homem penetrar alguns segredos da Natureza? 

"A ciência lhe foi dada para o seu adiantamento em todos os campos, mas ele não pode ultrapassar os limites fixados por Deus. "

Quanto mais é dado ao homem penetrar nesses mistérios,  mais cresce sua admiração pelo poder e sabedoria do Criador;  mas, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua própria inteligência o faz joguete da ilusão.  Ele amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros.  São outras tantas decepções para o seu orgulho. 

Que a graça e a paz sejam conosco! 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Identificação das fontes de comunicação mediúnica II


"Porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo." Paulo aos Hebreus, 7: 27 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor não deseja que tenhamos dúvidas sobre os Espíritos que se nos apresentam. Para isso deu a cada um o seu espírito e assim, vivendo em busca de sua orientação nos é revelado pelo próprio Senhor se é ou não um espírito em estado de elevação a quem devamos ouvir. Busquemos no Senhor que jamais nos deixa enganar. 



Identificação do Espírito comunicante

A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Esta, por isso mesmo, é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático. Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância real. A identidade dos Espíritos das personagens antigas é a mais difícil de se conseguir, tornando-se muitas vezes impossível, pelo que ficamos adstritos a uma apreciação puramente moral. [...] Se um Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades e puerilidades, está claro que não pode ser ele. Porém, se somente diz coisas dignas do caráter de Fénelon e que este não se furtaria a subscrever, há, senão prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que seja de fato ele. Nesse caso, sobretudo, é que a identidade real se torna uma questão acessória. Desde que o Espírito só diz coisas aproveitáveis, pouco importa o nome sob o qual as diga. À medida [...] que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente insignificante. [...] De outro lado, se considerarmos o número imenso de Espíritos que, desde a origem dos tempos, devem ter galgado as fileiras mais altas e se o compararmos ao número tão restrito dos homens que hão deixado um grande nome na Terra, compreenderemos que, entre os Espíritos superiores, que podem comunicar-se, a maioria deve carecer de nomes para nós. Portanto, se numa reunião mediúnica um Espírito superior se comunica sob o nome de uma personagem conhecida, nada [...] prova que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de elevação, ou talvez até um enviado seu.


Em resumo, a questão de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da categoria que ocupa o Espírito na escala espírita. Muito mais fácil de se comprovar é a identidade, quando se trata de Espíritos contemporâneos, cujos caracteres e hábitos se conhecem, porque, precisamente, esses hábitos, de que eles ainda não tiveram tempo de despojar-se, são que os fazem reconhecíveis e desde logo dizemos que isso constitui um dos sinais mais seguros de identidade. Pode, sem dúvida, o Espírito dar provas desta, atendendo ao pedido que se lhe faça; mas, assim só procede quando lhe convenha.”  -( FEB - ESDE - Tomo único )-







Estudo do Livro dos Espíritos


18. Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas? 

“O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Identificação das fontes de comunicação mediúnica I


"Tudo posso naquele que me fortalece." -( Paulo aos Filipenses, 4: 13 )-



Amados irmãos, bom dia!
Busquemos nossa força no Senhor porque ele é bom e sua misericórdia dura para sempre.
Através da nossa disposição ele nos mantém em contato com o mundo espiritual, a fim de que cresçamos e a vida seja plena em nós.
Mantenhamos nosso foco no Senhor e que os bons Espíritos nos auxiliem em nossa caminhada.











Linguagem utilizada nas comunicações

“Os [...] Espíritos devem ser julgados, como os homens, pela linguagem de que usam. Suponhamos que um homem receba vinte cartas de pessoas que lhe são desconhecidas; pelo estilo, pelas idéias, por uma imensidade de indícios, enfim, verificará se aquelas pessoas são instruídas ou ignorantes, polidas ou mal-educadas, superficiais, profundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, sentimentais, etc. Assim, também, com os Espíritos. Devemos considerá-los correspondentes que nunca vimos e procurar conhecer o que pensaríamos do saber e do caráter de um homem que dissesse ou escrevesse tais coisas. Pode estabelecer-se como regra invariável e sem exceção que – a linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado. Os Espíritos realmente superiores não só dizem unicamente coisas boas, como também as dizem em termos isentos, de modo absoluto, de toda trivialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se uma única expressão denotando baixeza as macula, isto constitui um sinal indubitável de inferioridade; com mais forte razão, se o conjunto do ditado fere as conveniências pela sua grosseria. A linguagem revela sempre a sua procedência, quer pelos pensamentos que exprime, quer pela forma, e, ainda mesmo que algum Espírito queira iludir-nos sobre a sua pretensa superioridade, bastará conversemos algum tempo com ele para a apreciarmos.

A bondade e a afabilidade são atributos essenciais dos Espíritos depurados. Não têm ódio, nem aos homens, nem aos outros Espíritos. Lamentam as fraquezas, criticam os erros, mas sempre com moderação, sem fel e sem animosidade. Admita-se que os Espíritos verdadeiramente bons não podem querer senão o bem e dizer senão coisas boas e se concluirá que tudo o que denote, na linguagem dos Espíritos, falta de bondade e de benignidade não pode provir de um bom Espírito. Em se submetendo todas as comunicações a um exame escrupuloso, em se lhes perscrutando e analisando o pensamento e as expressões, como é de uso fazer-se quando se trata de julgar uma obra literária, rejeitando-se, sem hesitação, tudo o que peque contra a lógica e o bom-senso, tudo o que desminta o caráter do Espírito que se supõe ser o que se está manifestando, leva-se o desânimo aos Espíritos mentirosos, que acabam por se retirar, uma vez fiquem bem convencidos de que não lograrão iludir. Repetimos: este meio é único, mas é infalível, porque não há comunicação má que resista a uma crítica rigorosa. Os bons Espíritos nunca se ofendem com esta, pois que eles próprios a aconselham e porque nada têm que temer do exame.”  -( FEB - ESDE - Tomo único )-




Estudo do Livro dos Espíritos







CONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DAS COISAS

17. É dado ao homem conhecer o princípio das coisas? 

“Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.”


Que a graça e a paz sejam conosco!