"Portanto, nós também, pois que estamos rodeado de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço." -( Paulo aos Hebreus, 12: 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
A cada manhã nos é oferecida outra oportunidade para nossa evolução. Os Espíritos, tanto bons quanto os ainda fracos, estão a todo tempo ao nosso lado. Uns buscando nos auxiliar, outros retardar nossa evolução. Busquemos, pois, o conhecimento, a fim de estarmos preparados para diferenciar um ao outro. Que nosso Divino Mestre nos capacite nessa estrada.
“Uma das maiores dificuldades que o médium encontra para a
realização da sua tarefa – sobretudo se ele é iniciante – diz respeito à
procedência das comunicações que transmite, ainda que tenha conhecimentos sobre
os fenômenos anímicos e os mediúnicos. O assunto desperta, naturalmente,
algumas indagações: é possível saber com segurança se a comunicação é
mediúnica, propriamente dita, ou é anímica? Será que sob [...] a evocação de
certas imagens, o pensamento do médium não se tornaria sujeito a determinadas
associações, interferindo automaticamente no intercâmbio entre os homens da Terra
e os habitantes do Além? Poderíamos
definir [...] o limite onde cessa a ação própria da alma e começa a dos
Espíritos?
Saber distinguir se a comunicação é do próprio médium ou de
um Espírito demanda tempo e aprendizado. Faz-se necessário observar com atenção
a natureza das comunicações, a linguagem e a identidade dos Espíritos
comunicantes. Não se trata, porém, de tarefa de fácil execução. Entretanto, é possível
analisar as principais dificuldades para identificar as fontes de comunicação
mediúnica.
Distinção entre fenômeno mediúnico e fenômeno anímico
É por vezes muito difícil distinguir, num dado efeito, o que
provém diretamente da alma do médium do que promana de uma causa estranha,
porque com frequência as duas ações se confundem e convalidam. É assim que nas
curas por imposição das mãos, o Espírito do médium pode atuar por si só, ou com
a assistência de outro Espírito; que a inspiração poética ou artística pode ter
dupla origem. Mas, do fato de ser difícil fazer-se uma distinção como essa não
se segue seja impossível. Não raro, a dualidade é evidente e, em todos os
casos, quase sempre ressalta de atenta observação.
Outro ponto que deve ser levado em conta, na distinção de um
e do outro fenômeno, além da observação assinalada por Kardec, é o conhecimento
sobre mediunidade: seus mecanismos, as influências a que o médium está sujeito,
etc. Buscando símbolo mais singelo, figuremos o médium como sendo uma ponte a
ligar duas esferas, entre as quais se estabeleceu aparente solução de
continuidade, em virtude da diferenciação da matéria do campo vibratório. Para
ser instrumento relativamente exato, é-lhe imprescindível haver aprendido a
ceder, e nem todos os artífices da oficina mediúnica realizam, a breve trecho,
tal aquisição, que reclama devoção à felicidade do próximo, elevada compreensão
do bem coletivo, avançado espírito de concurso fraterno e de serena
superioridade nos atritos com a opinião alheia.
No mediunismo comum, portanto, o colaborador servirá com a
matéria mental que lhe é própria, sofrendo-lhe as imprecisões naturais diante
da investigação terrestre; e, após adaptar-se aos imperativos mais nobres da
renúncia pessoal, edificará, não de improviso, mas à custa de trabalho
incessante, o templo interior de serviço, no qual reconhecerá a superioridade
do programa divino acima dos caprichos humanos. Atingida essa realização,
estará preparado para sintonizar-se com o maior número de desencarnados e
encarnados, oferecendo-lhes, como a ponte benfeitora, oportunidade de se
encontrarem uns com os outros, na posição evolutiva em que permaneçam, através
de entendimentos construtivos. Sendo
assim, as influências anímicas diminuirão com o passar do tempo – sem jamais
cessar de todo –, à medida que o médium adquirir mais conhecimento e mais
experiência, porque a mediunidade, como tudo na vida, tem [...] sua evolução,
seu campo, sua rota. Não é possível laurear o estudante no curso superior, sem
que ele tenha tido suficiente aplicação nos cursos preparatórios, através de
alguns anos de luta, de esforço, de disciplina.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
16 - Aqueles que professam esta doutrina pretendem nela encontrar a demonstração de alguns atributos de Deus. Os mundos sendo infinitos, Deus é por isso mesmo, infinito, o vazio ou nada não estando em nenhuma parte, Deus está por toda parte, uma vez que tudo é parte integrante de Deus, ele dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente . Que se pode opor a esse raciocínio?
_ A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo.
Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de uma inteligência suprema, seria em grande o que somos em pequeno. Ora, a matéria se transformando sem cessar, se o fosse assim, Deus não teria nenhuma responsabilidade e estaria sujeito a todas as vicissitudes, a todas as necessidades, mesmo da Humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem se aliar à ideia de Deus sem o rebaixar em nosso pensamento e todas as sutilezas do sofisma não chegariam para resolver o problema de sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que ele é, mas sabemos o que ele não pode deixar de ser e esse sistema está e, contradição com as suas propriedades mais essenciais. Ele confunde o criador com a criatura, absolutamente como se quisesse que uma máquina engenhosa fosse uma parte integrante do mecânico que a concebeu.
A inteligência de Deus se revela em suas obras, como a de um pintor em seu quadro; mas as obras de Deus não são mais o próprio Deus que o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.
Muita Luz!
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