quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Identificação das fontes de comunicação mediúnica


"Portanto, nós também, pois que estamos rodeado de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço." -( Paulo aos Hebreus, 12: 1 )-



Amados irmãos, bom dia!
A cada manhã nos é oferecida outra oportunidade para nossa evolução. Os Espíritos, tanto bons quanto os ainda fracos, estão a todo tempo ao nosso lado. Uns buscando nos auxiliar, outros retardar nossa evolução. Busquemos, pois, o conhecimento, a fim de estarmos preparados para diferenciar um ao outro. Que nosso Divino Mestre nos capacite nessa estrada.









“Uma das maiores dificuldades que o médium encontra para a realização da sua tarefa – sobretudo se ele é iniciante – diz respeito à procedência das comunicações que transmite, ainda que tenha conhecimentos sobre os fenômenos anímicos e os mediúnicos. O assunto desperta, naturalmente, algumas indagações: é possível saber com segurança se a comunicação é mediúnica, propriamente dita, ou é anímica? Será que sob [...] a evocação de certas imagens, o pensamento do médium não se tornaria sujeito a determinadas associações, interferindo automaticamente no intercâmbio entre os homens da Terra e os habitantes do Além?  Poderíamos definir [...] o limite onde cessa a ação própria da alma e começa a dos Espíritos?

Saber distinguir se a comunicação é do próprio médium ou de um Espírito demanda tempo e aprendizado. Faz-se necessário observar com atenção a natureza das comunicações, a linguagem e a identidade dos Espíritos comunicantes. Não se trata, porém, de tarefa de fácil execução. Entretanto, é possível analisar as principais dificuldades para identificar as fontes de comunicação mediúnica.




Distinção entre fenômeno mediúnico e fenômeno anímico


É por vezes muito difícil distinguir, num dado efeito, o que provém diretamente da alma do médium do que promana de uma causa estranha, porque com frequência as duas ações se confundem e convalidam. É assim que nas curas por imposição das mãos, o Espírito do médium pode atuar por si só, ou com a assistência de outro Espírito; que a inspiração poética ou artística pode ter dupla origem. Mas, do fato de ser difícil fazer-se uma distinção como essa não se segue seja impossível. Não raro, a dualidade é evidente e, em todos os casos, quase sempre ressalta de atenta observação.

Outro ponto que deve ser levado em conta, na distinção de um e do outro fenômeno, além da observação assinalada por Kardec, é o conhecimento sobre mediunidade: seus mecanismos, as influências a que o médium está sujeito, etc. Buscando símbolo mais singelo, figuremos o médium como sendo uma ponte a ligar duas esferas, entre as quais se estabeleceu aparente solução de continuidade, em virtude da diferenciação da matéria do campo vibratório. Para ser instrumento relativamente exato, é-lhe imprescindível haver aprendido a ceder, e nem todos os artífices da oficina mediúnica realizam, a breve trecho, tal aquisição, que reclama devoção à felicidade do próximo, elevada compreensão do bem coletivo, avançado espírito de concurso fraterno e de serena superioridade nos atritos com a opinião alheia.

No mediunismo comum, portanto, o colaborador servirá com a matéria mental que lhe é própria, sofrendo-lhe as imprecisões naturais diante da investigação terrestre; e, após adaptar-se aos imperativos mais nobres da renúncia pessoal, edificará, não de improviso, mas à custa de trabalho incessante, o templo interior de serviço, no qual reconhecerá a superioridade do programa divino acima dos caprichos humanos. Atingida essa realização, estará preparado para sintonizar-se com o maior número de desencarnados e encarnados, oferecendo-lhes, como a ponte benfeitora, oportunidade de se encontrarem uns com os outros, na posição evolutiva em que permaneçam, através de entendimentos construtivos.  Sendo assim, as influências anímicas diminuirão com o passar do tempo – sem jamais cessar de todo –, à medida que o médium adquirir mais conhecimento e mais experiência, porque a mediunidade, como tudo na vida, tem [...] sua evolução, seu campo, sua rota. Não é possível laurear o estudante no curso superior, sem que ele tenha tido suficiente aplicação nos cursos preparatórios, através de alguns anos de luta, de esforço, de disciplina.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-



Estudo do Livro dos Espíritos







16 - Aqueles que professam esta doutrina pretendem nela encontrar a demonstração de alguns atributos de Deus. Os mundos sendo infinitos, Deus é por isso mesmo, infinito, o vazio ou nada não estando em nenhuma parte, Deus está por toda parte, uma vez que tudo é parte integrante de Deus, ele dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente .  Que se pode opor a esse raciocínio?

      _ A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo.
     Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de uma inteligência suprema, seria em grande o que somos em pequeno. Ora, a matéria se transformando sem cessar, se o fosse assim, Deus não teria nenhuma responsabilidade e estaria sujeito a todas as vicissitudes, a todas as necessidades, mesmo da Humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem se aliar à ideia de Deus sem o rebaixar em nosso pensamento e todas as sutilezas do sofisma não chegariam para resolver o problema de sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que ele é, mas sabemos o que ele não pode deixar de ser e esse sistema está e, contradição com as suas propriedades mais essenciais. Ele confunde o criador com a criatura, absolutamente como se quisesse que uma máquina engenhosa fosse uma parte integrante do mecânico que a concebeu.
   A inteligência de Deus se revela em suas obras, como a de um pintor em seu quadro; mas as obras de Deus não são mais o próprio Deus que o quadro não é o pintor que o concebeu e executou. 

Muita Luz!

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