terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Dos médiuns VI


"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou." -( Atos, 3: 6 )-



Amados irmãos, bom dia!
A vida segue e para todos nós as dificuldades se apresentam. Uma hora ou outra, alguma situação nos inquieta. Nesses momentos é que temos a opção de nos firmarmos no que cremos e, assim, nos fortalecermos para a luta da evolução.








As crianças e os problemas mediúnicos


“É oportuno considerar, no entanto, que, mesmo espontânea, nem por isso a faculdade mediúnica nas crianças deixa de ser, em muitos casos, dolorosa e preocupante. Em várias épocas da humanidade e nos quatro cantos do mundo, há notícias de famílias atormentadas pela presença de Espíritos, que se manifestam aos pequenos nas mais variadas formas, pelos diversos tipos de mediunidade, com os mais diferentes objetivos e intenções. O assunto é extremamente delicado, se considerarmos a dificuldade em se atinar com o que está ocorrendo com a criança, o que causa embaraço na busca de uma feliz solução para o caso, sobretudo se a família não tem conhecimento da Doutrina Espírita. É ainda Yvonne A. Pereira que, ao narrar suas próprias experiências com o fenômeno de desdobramento perispiritual, oferece um bom exemplo do assunto.

São suas palavras: em verdade, já por essa época [a do fenômeno de desdobramento em corpo ‘‘astral’’] eu não passava de uma criança infeliz, pois [...] o sofrimento me acompanhava desde o nascimento, e eu sofria não só a saudade da minha existência anterior, da qual lembrava, como ainda a insatisfação no ambiente familiar, que eu estranhava singularmente [...]. Dentre as muitas angústias que então me afligiam, destacava-se o temor que eu experimentava por um dos meus irmãos, o qual, como só acontece entre proles numerosas , me surrava frequentemente por qualquer contrariedade durante nossas peraltices, fato que me pungia e aterrorizava muito, e que a minha talvez excessiva sensibilidade exagerava como se se tratasse de um martirológio por mim sofrido, tornando-me, então complexada no próprio lar paternou. Certa noite, inesperadamente, verificou-se o fenômeno de transporte em corpo astral [fenômeno de desdobramento perispiritual] com a característica de morte aparente [...]. Sob a ação do fenômeno, vi-me no interior da igreja que eu amava, diante da imagem do “Senhor dos Passos”, como frequentemente acontecia [...] O familiar acima citado torturava-me então com os habituais maus tratos, espancando-me furiosamente, despedaçando-me as roupas e puxando-me os cabelos. Sentindo-me aterrorizada, como sempre, em dado momento apelei para o socorro do Senhor. Então, como que vi a imagem desprender-se do andor, com a cruz nas costas, descer os degraus, estender as mãos livres para mim e dizer bondosamente. — Vem comigo, minha filha... Será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam... Aceitei a mão que se estendia, apoiei-me nela, subi os degrauzinhos da capela-mor... e de nada mais me apercebi, enquanto que a visão não foi jamais esquecida, constituindo antes grande refrigério para o meu coração, até hoje, sua lembrança. Efetivamente, grandes provações e testemunhos, lágrimas ininterruptas, sem me permitirem um único dia de alegria neste mundo, se sobrepuseram no decurso da minha presente existência. Mas bem cedo eu me fortalecera para os embates, pois, naquela mesma idade, oito anos, li o primeiro livro espírita, uma vez que já lia correntemente, pela citada época.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 








8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso? 

“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.” 

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.



Que a graça e a paz sejam conosco!

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