terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Textos do livro Conduta Espírita


"Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros."  -( I João, 3: 11 )-



Amados irmãos, bom dia!
Temos refletido sobre a importância da nossa conduta e, sugerimos hoje dois trechos que muito nos ajudarão na compreensão desse tema. Que os bons Espíritos sejam conosco a nos iluminar o entendimento do que nosso Mestre Jesus deseja nos falar.







Capítulo 4: do médium

Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer outra pessoa. O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.


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No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões, tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando lealdade ao próprio dever. Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.


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Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim de que não se prive do ensinamento. A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina.


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Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos. O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz portador.


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Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele fenômeno. A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do Espírito. Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha. Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.


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Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes. Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação.


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Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja. No rastro do orgulho, segue a ruína. Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável. O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio. “Mas a manifestação do Espirito é dada a cada um, para o que for útil:’ – Paulo (I CORÍNTIOS, 12 :7.)



Capítulo 27: perante a mediunidade

Reprimir qualquer iniciativa tendente a assinalar a mediunidade, o médium ou os fatos mediúnicos como extraordinários ou místicos. O intercâmbio mediúnico é acontecimento natural, e o médium é um ser humano como qualquer outro. Certificar-se de que o exercício natural da mediunidade não exime o médium da obrigação de viver profissão honesta na sociedade a que pertence. Não pode haver assistência digna onde não há dever dignamente cumprido.


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Precaver-se contra as petições inadequadas junto à mediunidade. Os médiuns são companheiros comuns que devem viver normalmente as experiências e as provas que lhes cabem.


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Por nenhuma razão elogiar o medianeiro pelos resultados obtidos através dele, lembrando-se que é sempre possível agradecer sem lisonjear. Para nós, todo o bem puro e nobre procede de Jesus-Cristo, nosso Mestre e Senhor. Ainda mesmo premido por extensas dificuldades, colocar o exercício da mediunidade acima dos eventos efêmeros e limitados que varrem constantemente os panoramas sociais e religiosos da Terra. A mediunidade nunca será talento para ser enterrado no solo do comodismo. Conversar sobre fenômenos mediúnicos e princípios espíritas apenas em ambientes receptivos. Há terrenos que ainda não estão amanhados para a semeadura.


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Prosseguir sem vacilações no consolo e no esclarecimento das almas, esquecendo espinheiros e pedras do vale humano, para conquistar a luz da imortalidade que fulgura nos cimos da vida. Desenvolver-se alguém mediunicamente, a bem do próximo, é ascender em espiritualidade. “E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda carne.” (ATOS, 2: 17.)


VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 31. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 4 (Do médium), p. 27-30. Cap. 27 (Perante a mediunidade), p. 99 -101


Estudo do Livro dos Espíritos






ESPÍRITO E MATÉRIA

21. A matéria existe desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada por ele em dado momento?


“Só Deus o sabe. Há uma coisa, todavia, que a razão vos deve indicar: é que Deus, modelo de amor e caridade, nunca esteve inativo. Por mais distante que logreis figurar o início de sua ação, podereis concebê-lo ocioso, um momento que seja?”



Que a graça e a paz sejam conosco!




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