"Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros." -( I João, 3: 11 )-
Amados irmãos, bom dia!
Temos refletido sobre a importância da nossa conduta e, sugerimos hoje dois trechos que muito nos ajudarão na compreensão desse tema. Que os bons Espíritos sejam conosco a nos iluminar o entendimento do que nosso Mestre Jesus deseja nos falar.
Capítulo 4: do médium
Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou
missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas
comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer outra pessoa. O
seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.
* * *
No horário disponível entre as obrigações familiares e o
trabalho que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam
impedir o comparecimento às sessões, tais como visitas inesperadas, fenômenos
climatéricos e outros motivos, sustentando lealdade ao próprio dever. Sem
euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo.
* * *
Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da
atividade mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante
mister durante as explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas
especiais concomitantes, a fim de que não se prive do ensinamento. A oração é
luz na alma refletindo a Luz Divina.
* * *
Controlar as manifestações mediúnicas que veicula,
reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções,
batimentos de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos. O medianeiro será
sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz portador.
* * *
Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção
desse ou daquele fenômeno. A espontaneidade é o selo de crédito em nossas
comunicações com o Reino do Espírito. Mesmo indiretamente, não retirar proveito
material das produções que obtenha. Não há serviço santificante na mediunidade
vinculada a interesses inferiores.
* * *
Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que
se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da
consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica durante o transe, os
temores inúteis e as suscetibilidades doentias, guiando-se pela fé raciocinada
e pelo devotamento aos semelhantes. Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar
toda causa de perturbação.
* * *
Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar
o tóxico da lisonja. No rastro do orgulho, segue a ruína. Fugir aos perigos que
ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência de autocrítica, a falta
de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável. O medianeiro
carrega consigo os maiores inimigos de si próprio. “Mas a manifestação do
Espirito é dada a cada um, para o que for útil:’ – Paulo (I CORÍNTIOS, 12 :7.)
Capítulo 27: perante a mediunidade
Reprimir qualquer iniciativa tendente a assinalar a
mediunidade, o médium ou os fatos mediúnicos como extraordinários ou místicos.
O intercâmbio mediúnico é acontecimento natural, e o médium é um ser humano
como qualquer outro. Certificar-se de que o exercício natural da mediunidade
não exime o médium da obrigação de viver profissão honesta na sociedade a que
pertence. Não pode haver assistência digna onde não há dever dignamente
cumprido.
* * *
Precaver-se contra as petições inadequadas junto à
mediunidade. Os médiuns são companheiros comuns que devem viver normalmente as
experiências e as provas que lhes cabem.
* * *
Por nenhuma razão elogiar o medianeiro pelos resultados
obtidos através dele, lembrando-se que é sempre possível agradecer sem
lisonjear. Para nós, todo o bem puro e nobre procede de Jesus-Cristo, nosso
Mestre e Senhor. Ainda mesmo premido por extensas dificuldades, colocar o exercício
da mediunidade acima dos eventos efêmeros e limitados que varrem constantemente
os panoramas sociais e religiosos da Terra. A mediunidade nunca será talento
para ser enterrado no solo do comodismo. Conversar sobre fenômenos mediúnicos e
princípios espíritas apenas em ambientes receptivos. Há terrenos que ainda não
estão amanhados para a semeadura.
* * *
Prosseguir sem vacilações no consolo e no esclarecimento das
almas, esquecendo espinheiros e pedras do vale humano, para conquistar a luz da
imortalidade que fulgura nos cimos da vida. Desenvolver-se alguém
mediunicamente, a bem do próximo, é ascender em espiritualidade. “E nos últimos
dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda
carne.” (ATOS, 2: 17.)
VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz.
31. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 4 (Do médium), p. 27-30. Cap. 27
(Perante a mediunidade), p. 99 -101
Estudo do Livro dos Espíritos
ESPÍRITO E MATÉRIA
21. A matéria existe
desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada por ele em dado momento?
“Só Deus o sabe. Há uma
coisa, todavia, que a razão vos deve indicar: é que Deus, modelo de amor e
caridade, nunca esteve inativo. Por mais distante que logreis figurar o início
de sua ação, podereis concebê-lo ocioso, um momento que seja?”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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