sábado, 20 de fevereiro de 2016

Identificação das fontes de comunicação mediúnica II


"Porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo." Paulo aos Hebreus, 7: 27 )-




Amados irmãos, bom dia!
O Senhor não deseja que tenhamos dúvidas sobre os Espíritos que se nos apresentam. Para isso deu a cada um o seu espírito e assim, vivendo em busca de sua orientação nos é revelado pelo próprio Senhor se é ou não um espírito em estado de elevação a quem devamos ouvir. Busquemos no Senhor que jamais nos deixa enganar. 



Identificação do Espírito comunicante

A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Esta, por isso mesmo, é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático. Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão secundária e sem importância real. A identidade dos Espíritos das personagens antigas é a mais difícil de se conseguir, tornando-se muitas vezes impossível, pelo que ficamos adstritos a uma apreciação puramente moral. [...] Se um Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades e puerilidades, está claro que não pode ser ele. Porém, se somente diz coisas dignas do caráter de Fénelon e que este não se furtaria a subscrever, há, senão prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que seja de fato ele. Nesse caso, sobretudo, é que a identidade real se torna uma questão acessória. Desde que o Espírito só diz coisas aproveitáveis, pouco importa o nome sob o qual as diga. À medida [...] que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente insignificante. [...] De outro lado, se considerarmos o número imenso de Espíritos que, desde a origem dos tempos, devem ter galgado as fileiras mais altas e se o compararmos ao número tão restrito dos homens que hão deixado um grande nome na Terra, compreenderemos que, entre os Espíritos superiores, que podem comunicar-se, a maioria deve carecer de nomes para nós. Portanto, se numa reunião mediúnica um Espírito superior se comunica sob o nome de uma personagem conhecida, nada [...] prova que seja exatamente o Espírito dessa personagem; porém, se ele nada diz que desminta o caráter desta última, há presunção de ser o próprio e, em todos os casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito do mesmo grau de elevação, ou talvez até um enviado seu.


Em resumo, a questão de nome é secundária, podendo-se considerar o nome como simples indício da categoria que ocupa o Espírito na escala espírita. Muito mais fácil de se comprovar é a identidade, quando se trata de Espíritos contemporâneos, cujos caracteres e hábitos se conhecem, porque, precisamente, esses hábitos, de que eles ainda não tiveram tempo de despojar-se, são que os fazem reconhecíveis e desde logo dizemos que isso constitui um dos sinais mais seguros de identidade. Pode, sem dúvida, o Espírito dar provas desta, atendendo ao pedido que se lhe faça; mas, assim só procede quando lhe convenha.”  -( FEB - ESDE - Tomo único )-







Estudo do Livro dos Espíritos


18. Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas? 

“O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

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