"Porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo." Paulo aos Hebreus, 7: 27 )-
Amados irmãos, bom dia!
O Senhor não deseja que tenhamos dúvidas sobre os Espíritos que se nos apresentam. Para isso deu a cada um o seu espírito e assim, vivendo em busca de sua orientação nos é revelado pelo próprio Senhor se é ou não um espírito em estado de elevação a quem devamos ouvir. Busquemos no Senhor que jamais nos deixa enganar.
Identificação do Espírito comunicante
A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais
controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. É que, com efeito, os
Espíritos não nos trazem um ato de notoriedade e sabe-se com que facilidade
alguns dentre eles tomam nomes que nunca lhes pertenceram. Esta, por isso
mesmo, é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo
prático. Todavia, em muitos casos, a identidade absoluta não passa de questão
secundária e sem importância real. A identidade dos Espíritos das personagens
antigas é a mais difícil de se conseguir, tornando-se muitas vezes impossível,
pelo que ficamos adstritos a uma apreciação puramente moral. [...] Se um
Espírito se apresenta com o nome de Fénelon, por exemplo, e diz trivialidades e
puerilidades, está claro que não pode ser ele. Porém, se somente diz coisas
dignas do caráter de Fénelon e que este não se furtaria a subscrever, há, senão
prova material, pelo menos toda probabilidade moral de que seja de fato ele.
Nesse caso, sobretudo, é que a identidade real se torna uma questão acessória.
Desde que o Espírito só diz coisas aproveitáveis, pouco importa o nome sob o
qual as diga. À medida [...] que os Espíritos se purificam e elevam na
hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de
certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso, entretanto, conservam
eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e
os Espíritos puros. Nessa culminância, o nome que tiveram na Terra, em uma das
mil existências corporais efêmeras por que passaram, é coisa absolutamente
insignificante. [...] De outro lado, se considerarmos o número imenso de
Espíritos que, desde a origem dos tempos, devem ter galgado as fileiras mais
altas e se o compararmos ao número tão restrito dos homens que hão deixado um
grande nome na Terra, compreenderemos que, entre os Espíritos superiores, que
podem comunicar-se, a maioria deve carecer de nomes para nós. Portanto, se numa
reunião mediúnica um Espírito superior se comunica sob o nome de uma personagem
conhecida, nada [...] prova que seja exatamente o Espírito dessa personagem;
porém, se ele nada diz que desminta o caráter desta última, há presunção de ser
o próprio e, em todos os casos, se pode dizer que, se não é ele, é um Espírito
do mesmo grau de elevação, ou talvez até um enviado seu.
Em resumo, a questão de nome é secundária, podendo-se
considerar o nome como simples indício da categoria que ocupa o Espírito na
escala espírita. Muito mais fácil de se comprovar é a identidade, quando se
trata de Espíritos contemporâneos, cujos caracteres e hábitos se conhecem,
porque, precisamente, esses hábitos, de que eles ainda não tiveram tempo de
despojar-se, são que os fazem reconhecíveis e desde logo dizemos que isso
constitui um dos sinais mais seguros de identidade. Pode, sem dúvida, o
Espírito dar provas desta, atendendo ao pedido que se lhe faça; mas, assim só
procede quando lhe convenha.” -( FEB -
ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
18. Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que
lhe estão ocultas?
“O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se
depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe
precisas faculdades que ainda não possui.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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