"E fazei veredas direitas para os vossos pés, para o que manqueja não se desvie inteiramente, mas antes seja sarado." -( Paulo aos Hebreus, 12: 13 )-
Amados irmãos, bom dia!
Há um ditado popular que diz: "diga-me com quem tu andas e eu te direi quem és". Há uma grande sabedoria a ser apreendida aí e que hoje, os bons Espíritos veem nos revelar.
Abramos nosso coração e nosso entendimento para a importância de nossos atos, pensamentos e companhias, a fim de que estejamos sempre envolvidos pelo bem e, assim, sejamos os bons frutos, a pedra escolhida.
Influência do meio nas comunicações mediúnicas
“O meio onde se encontra o médium também exerce influência
nas manifestações mediúnicas, uma vez que todos [...] os Espíritos que cercam o
médium o auxiliam, para o bem ou para o mal.
Podem, no entanto, os Espíritos superiores, quando julgam necessário,
vencer a influência negativa do meio. Não comparecem, todavia, às reuniões onde
sabem, de antemão, que a sua presença será inútil. Junto a pessoas pouco
instruídas, mas sinceras, eles, de boa mente, se apresentam, ainda mesmo quando
ali não encontram bons instrumentos mediúnicos. Não vão, porém, aos ambientes
instruídos onde predomina a ironia. Em tais meios, é necessário se fale aos
ouvidos e aos olhos: esse o papel dos Espíritos batedores e zombeteiros. Convém
que aqueles que se orgulham da sua ciência sejam humilhados pelos Espíritos
menos instruídos e menos adiantados. Com efeito, fora [...] erro acreditar
alguém que precisa ser médium, para atrair a si os seres do mundo invisível.
Eles povoam o espaço; temo-los incessantemente em torno de nós, [ao nosso lado,
vendo-nos, observando-nos], intervindo em nossas reuniões, seguindo-nos, ou
evitando-nos, conforme os atraímos ou repelimos. A faculdade mediúnica em nada
influi para isto: ela mais não é do que um meio de comunicação. De acordo com o
que já foi dito a respeito das causas de simpatia e antipatia entre os Espíritos,
[...]facilmente se compreenderá que devemos estar cercados daqueles que têm
afinidade com o nosso próprio Espírito, conforme é este graduado, ou degradado.
[...] Partindo deste princípio, suponhamos uma reunião de homens levianos,
inconsequentes, ocupados com seus prazeres; quais serão os Espíritos que
preferentemente os cercarão? Não serão de certo Espíritos superiores, do mesmo
modo que não seriam os nossos sábios e filósofos os que iriam passar o seu
tempo em semelhante lugar. Assim, onde quer que haja uma reunião de homens, há
igualmente em torno deles uma assembléia oculta, que simpatiza com suas
qualidades ou com seus defeitos, feita abstração completa de toda idéia de
evocação.
Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se
comunicar com os seres do mundo invisível, por meio de um intérprete, isto é,
por um médium; quais serão os que lhes responderão ao chamado? Evidentemente,
os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião para se
comunicarem. Se, numa assembléia fútil, chamarem um Espírito superior, este
poderá vir e até proferir algumas palavras ponderosas, como um bom pastor que
acode ao chamamento de suas ovelhas desgarradas. Porém, desde que não se veja
compreendido, nem ouvido, retira-se, como em seu lugar o faria qualquer de nós,
ficando os outros com o campo livre. No entanto, nem [...] sempre basta que uma
assembléia seja séria, para receber comunicações de ordem elevada. Há pessoas
que nunca riem e cujo coração, nem por isso, é puro. Ora, o coração, sobretudo,
é que atrai os bons Espíritos. Nenhuma condição moral exclui as comunicações
espíritas; os que, porém, estão em más condições, esses se comunicam com os que
lhes são semelhantes, os quais não deixam de enganar e de lisonjear os
preconceitos. Por aí se vê a influência enorme que o meio exerce sobre a
natureza das manifestações inteligentes.
O Espírito André Luiz, na obra Nos Domínios da Mediunidade,
ao tratar de uma reunião de efeitos físicos para socorro a enfermos no plano
físico, refere-se ao comportamento negativo de alguns irmãos encarnados,
desatentos aos altos objetivos da referida sessão: Alguns encarnados, como
habitualmente acontece, não tomavam a sério as responsabilidades do assunto e
traziam consigo emanações tóxicas, oriundas do abuso de nicotina, carne e
aperitivos, além das formas pensamentos menos adequadas à tarefa que o grupo
devia realizar. Prosseguindo, reproduz comentário do Assistente Aulus: A
posição neuropsíquica dos companheiros encarnados que nos compartilham a
tarefa, no momento, não ajuda. Absorvem-nos os recursos, sem retribuição que
nos indenize, de alguma sorte, a despesa de fluidos laboriosamente trabalhados.
Em seguida, acrescenta o mencionado autor: Efetivamente, escuras emissões mentais
esguichavam contínuas, entrechocando-se de maneira lastimável. Os amigos, ainda
na carne, mais se nos figuravam crianças inconscientes. Pensavam em termos
indesejáveis, expressando petições absurdas, no aparente silêncio a que se
acomodavam, irrequietos. Exigiam a presença de afeições desencarnadas, sem
cogitarem da oportunidade e do merecimento imprescindíveis, criticavam essa ou
aquela particularidade do fenômeno ou prendiam a imaginação a problemas aviltantes
da experiência vulgar.
Em o livro No País das Sombras, a famosa médium de
materializações Elizabeth d’Espérance refere-se a um fato ocorrido em uma de
suas sessões mediúnicas, causado por um dos participantes da reunião, fato esse
que lhe acarretou séria enfermidade física. São suas palavras: O triunfo que
tinha coroado as nossas experiências havia-me, em grande parte, cegado acerca
das condições exigidas para a produção das manifestações espíritas. Talvez que
o mesmo se tivesse dado com os meus amigos. Inconscientemente ou, talvez, por
intuição, havíamos adotado muitos dos meios necessários para sermos bem
sucedidos, e o resultado parecia justificar a idéia que bastaria reunirmos toda
a energia para obtermos o que desejávamos a respeito dos fenômenos. Como os
fatos se produziam é o que não podíamos compreender. Sabíamos que a presença de
certas pessoas os favorecia, ao passo que a de outras os contrariava [...]. O
nosso constante êxito foi para nós uma fonte de perigos.
Continua adiante: Não sei como a sessão principiou; tinha
visto Iolanda [Espírito materializado] colocar seu jarro no ombro e sair do
gabinete. Mais tarde, entretanto, soube o que se passou. O que experimentei foi
uma sensação angustiosa e horrível, como se me quisessem sufocar ou esmagar,
como se eu fosse uma boneca de borracha violentamente apertada nos braços de
uma pessoa. Depois, senti-me invadida pelo terror, constrangida pela agonia da
dor; julguei que ia perder a razão e precipitar-me num abismo medonho, onde
nada via, nada ouvia, nada compreendia, a não ser o eco de um grito penetrante
que parecia vir de longe. Sentia-me cair, mas não sabia em que lugar. Tentava
segurar-me, prender-me a alguma coisa, mas o apoio faltava-me; desmaiei, e só
tornei a mim para estremecer de horror, com a idéia de haver recebido um golpe
mortal. Os meus sentidos pareciam dispersos, e não foi senão aos poucos que
pude concentrá-los suficientemente para compreender o que sucedera. Iolanda
tinha sido agarrada por alguém, que a tomou por mim própria. Foi o que me
contaram. Esse fato era tão extraordinário que, se me não achasse em tão penoso
estado de prostração, eu teria rido, porém não pude pensar nem em mover-me.
Sentia que pouca vida restava em mim, e esse sopro de vida era para mim um
tormento. A hemorragia pulmonar, que durante a minha estada no Sul fora
aparentemente curada, reapareceu, e uma onda de sangue quase me sufocou.
Dessa sessão resultou para mim uma longa e grave enfermidade,
que fez demorar por muitas semanas a nossa partida da Inglaterra, pois que eu
não podia ser transportada. Sendo assim, por tudo que foi exposto,
evidencia-se, para todos aqueles que se dedicam ao trato da mediunidade, a
necessidade de empreenderem os melhores esforços para a própria renovação
moral, buscando, dia a dia, transformar as antigas imperfeições em valores
positivos da alma, uma vez que, só desse modo, encontrarão a paz da consciência
pela certeza do dever cumprido.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
ATRIBUTOS DA DIVINDADE
10. Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?
“Não; falta-lhe para isso o sentido.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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