sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A influência moral do médium e do meio nas comunicações mediúnicas I


"E fazei veredas direitas para os vossos pés, para o que manqueja não se desvie inteiramente, mas antes seja sarado." -( Paulo aos Hebreus, 12: 13 )-



Amados irmãos, bom dia!
Há um ditado popular que diz:  "diga-me com quem tu andas e eu te direi quem és". Há uma grande sabedoria a ser apreendida aí e que hoje, os bons Espíritos veem nos revelar.
Abramos nosso coração e nosso entendimento para a importância de nossos atos, pensamentos e companhias, a fim de que estejamos sempre envolvidos pelo bem e, assim, sejamos os bons frutos, a pedra escolhida.











Influência do meio nas comunicações mediúnicas


“O meio onde se encontra o médium também exerce influência nas manifestações mediúnicas, uma vez que todos [...] os Espíritos que cercam o médium o auxiliam, para o bem ou para o mal.  Podem, no entanto, os Espíritos superiores, quando julgam necessário, vencer a influência negativa do meio. Não comparecem, todavia, às reuniões onde sabem, de antemão, que a sua presença será inútil. Junto a pessoas pouco instruídas, mas sinceras, eles, de boa mente, se apresentam, ainda mesmo quando ali não encontram bons instrumentos mediúnicos. Não vão, porém, aos ambientes instruídos onde predomina a ironia. Em tais meios, é necessário se fale aos ouvidos e aos olhos: esse o papel dos Espíritos batedores e zombeteiros. Convém que aqueles que se orgulham da sua ciência sejam humilhados pelos Espíritos menos instruídos e menos adiantados. Com efeito, fora [...] erro acreditar alguém que precisa ser médium, para atrair a si os seres do mundo invisível. Eles povoam o espaço; temo-los incessantemente em torno de nós, [ao nosso lado, vendo-nos, observando-nos], intervindo em nossas reuniões, seguindo-nos, ou evitando-nos, conforme os atraímos ou repelimos. A faculdade mediúnica em nada influi para isto: ela mais não é do que um meio de comunicação. De acordo com o que já foi dito a respeito das causas de simpatia e antipatia entre os Espíritos, [...]facilmente se compreenderá que devemos estar cercados daqueles que têm afinidade com o nosso próprio Espírito, conforme é este graduado, ou degradado. [...] Partindo deste princípio, suponhamos uma reunião de homens levianos, inconsequentes, ocupados com seus prazeres; quais serão os Espíritos que preferentemente os cercarão? Não serão de certo Espíritos superiores, do mesmo modo que não seriam os nossos sábios e filósofos os que iriam passar o seu tempo em semelhante lugar. Assim, onde quer que haja uma reunião de homens, há igualmente em torno deles uma assembléia oculta, que simpatiza com suas qualidades ou com seus defeitos, feita abstração completa de toda idéia de evocação.

Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se comunicar com os seres do mundo invisível, por meio de um intérprete, isto é, por um médium; quais serão os que lhes responderão ao chamado? Evidentemente, os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião para se comunicarem. Se, numa assembléia fútil, chamarem um Espírito superior, este poderá vir e até proferir algumas palavras ponderosas, como um bom pastor que acode ao chamamento de suas ovelhas desgarradas. Porém, desde que não se veja compreendido, nem ouvido, retira-se, como em seu lugar o faria qualquer de nós, ficando os outros com o campo livre. No entanto, nem [...] sempre basta que uma assembléia seja séria, para receber comunicações de ordem elevada. Há pessoas que nunca riem e cujo coração, nem por isso, é puro. Ora, o coração, sobretudo, é que atrai os bons Espíritos. Nenhuma condição moral exclui as comunicações espíritas; os que, porém, estão em más condições, esses se comunicam com os que lhes são semelhantes, os quais não deixam de enganar e de lisonjear os preconceitos. Por aí se vê a influência enorme que o meio exerce sobre a natureza das manifestações inteligentes.

O Espírito André Luiz, na obra Nos Domínios da Mediunidade, ao tratar de uma reunião de efeitos físicos para socorro a enfermos no plano físico, refere-se ao comportamento negativo de alguns irmãos encarnados, desatentos aos altos objetivos da referida sessão: Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomavam a sério as responsabilidades do assunto e traziam consigo emanações tóxicas, oriundas do abuso de nicotina, carne e aperitivos, além das formas pensamentos menos adequadas à tarefa que o grupo devia realizar. Prosseguindo, reproduz comentário do Assistente Aulus: A posição neuropsíquica dos companheiros encarnados que nos compartilham a tarefa, no momento, não ajuda. Absorvem-nos os recursos, sem retribuição que nos indenize, de alguma sorte, a despesa de fluidos laboriosamente trabalhados. Em seguida, acrescenta o mencionado autor: Efetivamente, escuras emissões mentais esguichavam contínuas, entrechocando-se de maneira lastimável. Os amigos, ainda na carne, mais se nos figuravam crianças inconscientes. Pensavam em termos indesejáveis, expressando petições absurdas, no aparente silêncio a que se acomodavam, irrequietos. Exigiam a presença de afeições desencarnadas, sem cogitarem da oportunidade e do merecimento imprescindíveis, criticavam essa ou aquela particularidade do fenômeno ou prendiam a imaginação a problemas aviltantes da experiência vulgar.  

Em o livro No País das Sombras, a famosa médium de materializações Elizabeth d’Espérance refere-se a um fato ocorrido em uma de suas sessões mediúnicas, causado por um dos participantes da reunião, fato esse que lhe acarretou séria enfermidade física. São suas palavras: O triunfo que tinha coroado as nossas experiências havia-me, em grande parte, cegado acerca das condições exigidas para a produção das manifestações espíritas. Talvez que o mesmo se tivesse dado com os meus amigos. Inconscientemente ou, talvez, por intuição, havíamos adotado muitos dos meios necessários para sermos bem sucedidos, e o resultado parecia justificar a idéia que bastaria reunirmos toda a energia para obtermos o que desejávamos a respeito dos fenômenos. Como os fatos se produziam é o que não podíamos compreender. Sabíamos que a presença de certas pessoas os favorecia, ao passo que a de outras os contrariava [...]. O nosso constante êxito foi para nós uma fonte de perigos.
Continua adiante: Não sei como a sessão principiou; tinha visto Iolanda [Espírito materializado] colocar seu jarro no ombro e sair do gabinete. Mais tarde, entretanto, soube o que se passou. O que experimentei foi uma sensação angustiosa e horrível, como se me quisessem sufocar ou esmagar, como se eu fosse uma boneca de borracha violentamente apertada nos braços de uma pessoa. Depois, senti-me invadida pelo terror, constrangida pela agonia da dor; julguei que ia perder a razão e precipitar-me num abismo medonho, onde nada via, nada ouvia, nada compreendia, a não ser o eco de um grito penetrante que parecia vir de longe. Sentia-me cair, mas não sabia em que lugar. Tentava segurar-me, prender-me a alguma coisa, mas o apoio faltava-me; desmaiei, e só tornei a mim para estremecer de horror, com a idéia de haver recebido um golpe mortal. Os meus sentidos pareciam dispersos, e não foi senão aos poucos que pude concentrá-los suficientemente para compreender o que sucedera. Iolanda tinha sido agarrada por alguém, que a tomou por mim própria. Foi o que me contaram. Esse fato era tão extraordinário que, se me não achasse em tão penoso estado de prostração, eu teria rido, porém não pude pensar nem em mover-me. Sentia que pouca vida restava em mim, e esse sopro de vida era para mim um tormento. A hemorragia pulmonar, que durante a minha estada no Sul fora aparentemente curada, reapareceu, e uma onda de sangue quase me sufocou.

Dessa sessão resultou para mim uma longa e grave enfermidade, que fez demorar por muitas semanas a nossa partida da Inglaterra, pois que eu não podia ser transportada. Sendo assim, por tudo que foi exposto, evidencia-se, para todos aqueles que se dedicam ao trato da mediunidade, a necessidade de empreenderem os melhores esforços para a própria renovação moral, buscando, dia a dia, transformar as antigas imperfeições em valores positivos da alma, uma vez que, só desse modo, encontrarão a paz da consciência pela certeza do dever cumprido.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-








ATRIBUTOS DA DIVINDADE


 10. Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus? 

“Não; falta-lhe para isso o sentido.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

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