Amados irmãos, bom dia!
Hoje iremos meditar sobre as qualidades essenciais ao médium. Sabemos que todos temos o dom da mediunidade, mas, o que nos diferencia é a forma como a ela nos entregamos. Busquemos sempre o caminho reto e a assistência dos bons Espíritos para que a nossa evolução seja uma realidade.
“Indiscutivelmente a mediunidade, no aspecto em que a
conhecemos na Terra, é a resultante de extrema sensibilidade magnética, embora,
no fundo, estejamos informados de que os dons mediúnicos, em graus diversos,
são recursos inerentes a todos. Cada ser é portador de certas atividades e, por
isso mesmo, é instrumento da vida. [...] Importa reconhecer, porém, que existem
mentes reencarnadas, em condições especialíssimas, que oferecem qualidades
excepcionais para os serviços de intercâmbio entre os vivos da carne e os vivos
do Além. Nessas circunstâncias, identificamos os medianeiros adequados aos
fenômenos de manifestação do espírito liberto, nos círculos de matéria mais
densa. Contudo, nem sempre os donos dessas energias são mensageiros da
sublimação interior. [...] Mais de dois terços dos médiuns do mundo jazem,
ainda, nas zonas de desequilíbrio espiritual, sintonizados com as inteligências
invisíveis que lhes são afins. Reclamam, em razão disso, estudo e boa-vontade no
serviço do bem, a fim de retomarem a subida harmônica aos cimos da luz [...].
Os médiuns, em qualquer região da vida, filtros que são de
rogativas e respostas, precisam, pois, acordar para a realidade de que
viveremos sempre em companhia daqueles que buscamos, de vez que, por toda
parte, respiramos ajustados ao nosso campo de atração.
Qualidades essências ao médium
O exercício da faculdade mediúnica não guarda relação com o
desenvolvimento moral dos médiuns. A faculdade [...] propriamente dita se radica
no organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que
pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium.
Forçoso reconhecer, todavia, que a mediunidade, na essência,
quanto a energia elétrica em si mesma, nada tem a ver com os princípios morais
que regem os problemas do destino e do ser. Dela podem dispor, pela
espontaneidade com que se evidencia, sábios e ignorantes, justos e injustos,
expressando-se-lhe, desse modo, a necessidade de condução reta, quanto a força
elétrica exige disciplina a fim de auxiliar. Sendo assim, se o [...] médium, do
ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia,
influência muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o
Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta
identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia
e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre
uma espécie de atração ou de repulsão, conforme o grau da semelhança existente
entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde
se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a
natureza dos Espíritos que por ele se comunicam. Se o médium é vicioso, em
torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o
lugar aos bons Espíritos evocados. As qualidades que, de preferência, atraem os
bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o
amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais.
A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva
não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A
mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque
se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da
boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de
uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade,
pois, ninguém pode contar. [...] A mediunidade [...], não é uma arte, nem um
talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o
concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a
aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único
médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado
instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa
da qual não é realmente dono. A mediunidade é coisa santa, que deve ser
praticada santamente, religiosamente.”
-( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
13. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável,
imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom,
temos idéia completa de seus atributos?
“Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger
tudo. Sabei, porém, que há coisas que estão acima da inteligência
do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem,
restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios
de exprimir. A razão, com efeito, vos diz que Deus deve possuir
em grau supremo essas perfeições, porquanto, se uma
lhe faltasse, ou não fosse infinita, já ele não seria superior
a tudo, não seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima
de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de
qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a
imaginação possa conceber.”
Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada,
ou, então, também teria sido criado, por um ser anterior. É assim
que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que
regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.
É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere
de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, ele não seria
imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade
de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.
É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse
do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso
quanto ele, que então não teria feito todas as coisas. As que não
houvesse feito seriam obra de outro Deus. É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das
leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como
nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da
justiça nem da bondade de Deus.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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