"Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e as guardam." -( Lucas, 11: 28 )-
Amados irmãos, bom dia!
A prática diária de nossa fé é o que nos torna melhores. O estudo e a meditação nos apresentam o caminho. Que nosso amado mestre Jesus e os bons Espíritos nos auxiliem em nossa caminhada.
Médiuns de efeitos intelectuais
“A classificação adotada por Kardec para os médiuns de
efeitos intelectuais é a seguinte:
Médiuns audientes: Esses ouvem os Espíritos; é, algumas
vezes, como se escutassem uma voz interna que lhes ressoasse no foro íntimo;
doutras vezes é uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva
[encarnada]. Os médiuns audientes também podem conversar com os Espíritos.
Quando se habituam a comunicar-se com certos Espíritos, eles os reconhecem
imediatamente pelo som da voz.
Médiuns falantes: [o mesmo que psicofônicos] Os médiuns
audientes, que nada mais fazem do que transmitir o que ouvem, não são propriamente
médiuns falantes, os quais, as mais das vezes, nada ouvem. Com eles, o Espírito
atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes.
[...] Em geral, o médium falante se exprime sem ter consciência do que diz e
diz amiúde coisas inteiramente fora do âmbito de suas idéias habituais, de seus
conhecimentos e, até, fora do alcance da sua inteligência. Não é raro verem-se
pessoas iletradas e de inteligência vulgar expressar-se, em tais momentos, com
verdadeira eloquência e tratar, com incontestável superioridade, de questões
sobre as quais seriam incapazes de emitir, no estado ordinário, uma opinião. Se
bem esteja perfeitamente acordado quando exerce a sua faculdade, raro é que o
médium falante guarde lembrança do que disse. Nem sempre, porém, é integral a
sua passividade. Alguns há que têm intuição do que dizem, no próprio instante
em que proferem as palavras.
Médiuns videntes: Dá-se esta qualificação às pessoas que, em
estado normal e perfeitamente despertas, gozam da faculdade de ver os
Espíritos. A possibilidade de vê-los em sonho resulta, sem contestação, de uma
espécie de mediunidade, mas não são médiuns videntes, propriamente ditos. [...]
Médiuns sonambúlicos: Pode-se considerar o sonambulismo como
uma variedade da faculdade mediúnica, ou, antes, são duas ordens de fenômenos
que frequentemente se encontram ligados. O sonâmbulo age sob a influência do
seu próprio Espírito; sua própria alma é que, em momentos de emancipação, vê,
ouve e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele exprime haure-o de si
mesmo; suas idéias são, em geral, mais justas do que no seu estado normal, mais
extensos os seus conhecimentos, porque livre se lhe acha a alma. Em suma, ele
vive antecipadamente a vida dos Espíritos. O médium, ao contrário, é instrumento
de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem do seu próprio eu.
Em resumo: o sonâmbulo externa seus próprios pensamentos e o médium exprime os
de outrem.
Médiuns inspirados: Nestes médiuns, muito menos aparentes são
do que nos outros os sinais exteriores da mediunidade; é toda intelectual e
moral a ação que os Espíritos exercem sobre eles e se revela nas menores
circunstâncias da vida, como nas maiores concepções. Sobretudo debaixo desse
aspecto é que se pode dizer que todos são médiuns, porquanto ninguém há que não
tenha Espíritos protetores e familiares a empregar todos os esforços por lhe
sugerir salutares idéias. No inspirado, difícil muitas vezes se torna
distinguir as idéias que lhe são próprias do que lhe é sugerido. A espontaneidade
é principalmente o que caracteriza esta última. Nos grandes trabalhos da
inteligência é onde mais se evidencia a inspiração. Os homens de gênio, de
todas as categorias, artistas, sábios, literatos, oradores, são sem dúvida
Espíritos adiantados, capazes, por si mesmos, de compreender e conhecer grandes
coisas; ora, precisamente porque são considerados capazes, é que os Espíritos
que visam à execução de certos trabalhos lhes sugerem as idéias necessárias, de
sorte que na maioria dos casos eles são médiuns sem o saberem. Têm, contudo,
vaga intuição de uma assistência estranha, porquanto aquele que apela para a
inspiração nada mais faz do que uma evocação. [...]
Médiuns de pressentimentos: Pessoas há que, em dadas
circunstâncias, têm uma imprecisa intuição das coisas futuras. Essa intuição
pode provir de uma espécie de dupla vista, que faculta se entrevejam as consequências
das coisas presentes; mas, doutras vezes, resulta de comunicações ocultas, que
fazem de tais pessoas uma variedade dos médiuns inspirados.
Médiuns proféticos: É igualmente uma variedade dos médiuns
inspirados. Recebem, com a permissão de Deus e com mais precisão do que os
médiuns de pressentimentos, a revelação das coisas futuras, de interesse geral,
que eles recebem o encargo de tornar conhecidas aos homens, para lhes servir de
ensinamento. De certo modo, o pressentimento é dado à maioria dos homens, para
uso pessoal deles; o dom da profecia, ao contrário, é excepcional e implica a
idéia de uma missão na Terra.
Médiuns extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem
revelações da parte dos Espíritos.[...]
Médiuns pintores [o mesmo que pictógrafos] ou desenhistas: os
que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm
trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que
Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais
atrasado estudante. [...]
Médiuns músicos: os que executam, compõem, ou escrevem
músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos,
semi-mecânicos, intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações
literárias.
Dentre os médiuns de efeitos intelectuais, Kardec destaca,
pela sua importância à época da elaboração da Codificação Espírita, os
escreventes ou psicógrafos, classificando-os segundo o modo de execução,
segundo o desenvolvimento da faculdade, segundo o gênero e a particularidade
das comunicações, segundo as qualidades físicas do médium, e segundo as
qualidades morais do médium, conforme se encontra nos itens 191 a 195 do cap.
16 da segunda parte de O livro dos médiuns. Veremos aqui as principais
características dos médiuns psicógrafos, considerando-se tão-somente o modo de
execução da sua faculdade, por apresentarem essas características os traços
mais relevantes para a sua identificação. A denominação de médium psicógrafo
[...] é dada a pessoas que escrevem sob a influência dos Espíritos. Assim como
um Espírito pode atuar sobre os órgãos vocais de um médium falante e fazê-lo
pronunciar palavras, também pode servir-se da sua mão para fazê-lo escrever. A
mediunidade psicográfica apresenta três variedades bem distintas: os médiuns
mecânicos, os intuitivos e os semimecânicos. Com o médium mecânico, o Espírito
lhe atua diretamente sobre a mão, impulsionando-a. O que caracteriza este
gênero de mediunidade é a inconsciência absoluta, por parte do médium, do que
sua mão escreve. O movimento desta independe da vontade do escrevente;
movimenta-se sem interrupção, a despeito do médium, enquanto o Espírito tem
alguma coisa a dizer, e pára desde que este último haja concluído. Com o médium
intuitivo, à transmissão do pensamento serve de intermediário o Espírito do
médium. O outro Espírito, nesse caso, não atua sobre a mão para movê-la, atua
sobre a alma, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas
idéias. A alma recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transcreve.
Nesta situação, o médium escreve voluntariamente e tem consciência do que
escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos. Torna-se frequentemente
difícil distinguir o pensamento do médium do que lhe é sugerido, o que leva
muitos médiuns deste gênero a duvidar da sua faculdade. Podem reconhecer-se os
pensamentos sugeridos pelo fato de não serem nunca preconcebidos; eles surgem à
proporção que o médium vai escrevendo e não raro são opostos à idéia que este
previamente concebera. Podem mesmo estar fora dos conhecimentos e da capacidade
do médium. Há grande analogia entre a mediunidade intuitiva e a inspiração; a
diferença consiste em que a primeira se restringe quase sempre a questões de
atualidade e pode aplicar-se ao que esteja fora das capacidades intelectuais do
médium; por intuição pode este último tratar de um assunto que lhe seja
completamente estranho.
A inspiração se estende por um campo mais vasto e geralmente
vem em auxílio das capacidades e preocupações do Espírito encarnado. Os traços
da mediunidade são, de regra, menos evidentes. O médium semi-mecânico, ou
semi-intuitivo participa dos outros dois gêneros. No médium puramente mecânico,
o movimento da mão independe da sua vontade; no médium intuitivo, o movimento é
voluntário e facultativo. O médium semi-mecânico sente na mão uma impulsão dada
mau grado seu, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve, à medida que
as palavras se formam. Com o primeiro, o pensamento vem depois do ato de
escrever; com o segundo, precede-o; com o terceiro, acompanha-o.
Finalmente, Kardec inclui, ainda, entre médiuns psicógrafos,
os seguintes:
Médiuns polígrafos: aqueles cuja escrita muda com o Espírito
que se comunica, ou aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida.
Médiuns poliglotas: [o mesmo que médiuns de xenoglossia] os
que têm a faculdade de [...] escrever [podem tais médiuns também falar], em
línguas que lhes são desconhecidas. [...]
Médiuns iletrados: os que escrevem, como médiuns, sem saberem
ler, nem escrever, no estado ordinário.”
-( FEB - ESDE - Tomo único )-
ESTUDO DO LIVRO DOS ESPÍRITOS
Capítulo II - PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa.
Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
Para crer-se em Deus, basta se
lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa.
Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar
que o nada pôde fazer alguma coisa.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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