“Não é bom que o homem viva só”. -( Gênesis, 2: 18 )-
Amados irmãos bom dia!
Gênesis, 2: 24 - “Por esse motivo é que o homem deixa a
guarda de seu pai e sua mãe, para se unir à sua mulher, e eles se tornam uma só
carne”, portanto, “o casamento não é,
pois, somente um contrato de compromisso jurídico, mas, muito mais, um contrato
espiritual de consciência para consciência, de coração para coração”.
Visão espírita do casamento e do celibato
“O Espiritismo esclarece que o [...] casamento constitui um
dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a
solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em
condições diversas. Elucida igualmente que o [...] casamento ou a união
permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual
duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua. Essa
união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa,
um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou
vice-versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.
O casamento deve ser, pois, [...] a união permanente de um
homem e uma mulher, atraídos por interesses afetivos e vínculos sexuais
profundos. Essa união não é uma invenção humana, mas, sim, o resultado da Lei
Divina que nos criou para o regime de interdependência. Imperioso, porém, que a ligação se baseie na
responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se
entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer
desconsideração entre si. Dessa forma, o [...] casamento será sempre um
instituto benemérito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança,
aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e
perpetuação. Com ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do
renascimento atinge os fins para os quais se encaminha.
Com a união conjugal, nasce automaticamente o compromisso de
um para com o outro, pois ambos viverão na dependência um do outro. [...] O
casamento não é, pois, somente um contrato de compromisso jurídico, mas, muito
mais, um contrato espiritual de consciência para consciência, de coração para
coração, onde surgem compromissos mútuos: materiais, afetivos, morais,
espirituais e cármicos, determinando responsabilidades intransferíveis de apoio
mútuo. A responsabilidade conjugal não se resume simplesmente em adquirir um
título de mulher e de marido, de mãe e de pai, mas, muito mais, o
desenvolvimento da compreensão precisa, do desejo sincero e do esforço
constante para cumprir da melhor maneira possível os compromissos individuais,
visando a um fim único, que é a sustentação da união para a felicidade mútua
dos cônjuges e, consequentemente, a dos filhos.
Essas são, pois, as razões de os Espíritos Superiores
afirmarem incisivamente que o casamento é [...] um progresso na marcha da
Humanidade.
Sabemos, no entanto, que existem muitas pessoas que preferem
não se casar, optando pela vida celibatária. A propósito, Emmanuel assim nos
esclarece a respeito: Abstinência, em matéria de sexo e celibato, na vida de
relação pressupõe experiências da criatura em duas faixas essenciais — a
daqueles Espíritos que escolhem semelhantes posições voluntariamente para
burilamento ou serviço, no curso de determinada reencarnação, e a daqueles
outros que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.
Indubitavelmente, os que consigam abster-se da comunhão afetiva, embora
possuindo em ordem todos os recursos instrumentais para se aterem ao conforto
de uma existência a dois, com o fim de se fazerem mais úteis ao próximo,
decerto que traçam a si mesmos escaladas mais rápidas aos cimos do
aperfeiçoamento. Ao agirem [...] assim, por amor, doando o corpo a serviço dos
semelhantes, e, desse modo, amparando os irmãos de Humanidade, através de
variadas maneiras, convertem a existência, sem ligações sexuais, em caminho de
acesso à sublimação, ambientando-se em climas diferentes de criatividade,
porquanto a energia sexual neles não estancou o próprio fluxo; essa energia
simplesmente se canaliza para outros objetivos – os de natureza espiritual.
Existem, porém, aqueles que [...] já renasceram no corpo
físico induzidos ou obrigados à abstinência sexual, atendendo a inibições
irreversíveis ou a processos de inversão pelos quais sanam erros do pretérito
ou se recolhem a pesadas disciplinas que lhes facilitem a desincumbência de
compromissos determinados, em assuntos de espírito. As criaturas com vida
celibatária na Terra muito dificilmente são compreendidas e normalmente sofrem
críticas e acusações, por parte de familiares e amigos, de possuírem indiferença,
frieza, preguiça, irresponsabilidade ou de serem afeitos à vida fácil, porque
não se casaram, fugindo das obrigações sagradas do matrimônio. São acusações
que não retratam a realidade espiritual destas criaturas, na maioria dos casos.
Não podemos taxar as pessoas que vivem em solidão afetiva, sejam homens ou
mulheres, servindo a uma ordem religiosa qualquer ou participando da vida em
sociedade, como criaturas sem necessidades afetivas, assexuais e sem anseios do
coração. Sendo assim, é necessário compreender que [...] se o celibato, em si
mesmo, não é um estado meritório, outro tanto não se dá quando constitui, pela
renúncia às alegrias da família, um sacrifício praticado em prol da Humanidade.
Todo sacrifício pessoal, tendo em vista o bem e sem qualquer idéia egoísta,
eleva o homem acima da sua condição material”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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