"Mas eu, confiado na vossa justiça, contemplarei a vossa face; ao me despertar, saciar-me-ei com a visão de vosso ser". -( Salmos, 16: 15 )-
Amados irmãos, bom dia!
“Os Espíritos Superiores nos orientam que [...] na união dos
sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei
divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de
amor. Quis Deus que os seres se unissem, não só pelos laços da carne, mas
também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes
transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a
cuidar deles e a fazê-los progredir”.
A inconveniência da abolição e da dissolução do casamento
“A despeito das uniões matrimoniais representarem, na
maioria, instâncias de reajustes espirituais, a [...] abolição do casamento
seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo
de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes. Para o espírita,
o [...] matrimônio na Terra é sempre resultante de determinadas resoluções,
tomadas na vida do Infinito, antes da reencarnação dos Espíritos, seja por
orientação dos mentores mais elevados, quando a entidade não possui a
indispensável educação para manejar as suas próprias faculdades, ou em consequência
de compromissos livremente assumidos pelas almas, antes de suas novas
experiências no mundo; razão pela qual os consórcios humanos estão previstos na
existência dos indivíduos, no quadro escuro das provas expiatórias, ou no
acervo de valores das missões que regeneram e santificam.
Casais que orientam a vida conjugal, no que toca à coexistência íntima,
segundo os padrões do amor que ultrapassam as fronteiras do interesse corporal,
que se põem acima do desejo e da posse, exercitam, no dia-a-dia de
santificantes renúncias, valores eternos que engrandecem corações em trânsito
para o Supremo Bem.
Espiritismo e Evangelho contribuem, assim, de maneira
inigualável, para que os alicerces do instituto do matrimônio se consolidem na
esfera terrestre e se prolonguem nos Planos Espirituais, por ensinarem que as
ligações humanas respeitáveis objetivam, em princípio, redimir almas.
Infelizmente, constatamos que é elevada a taxa de dissolução de uniões
matrimoniais no mundo atual.
Essas
dissoluções matrimoniais, contudo, deixarão de existir quando a humanidade
estiver mais moralizada. Os Espíritos
Superiores nos orientam que [...] na união dos sexos, a par da lei divina
material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como
todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os
seres se unissem, não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim
de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem
dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir.
Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De
modo nenhum! Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos
recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa
afeição é rompida. O de que se cogita não é da satisfação do coração e sim da
do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses
materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o
casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se
que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser. Nem a lei civil,
porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor,
se esta não preside à união, resultando, frequentemente, separarem-se por si
mesmos os que à força se uniram [...]. Daí as uniões infelizes, que acabam
tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se
as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos
de Deus: a lei de amor.
Outro ponto importante que devemos considerar é que o
casamento, no sentido de organização social, não deverá desaparecer da face do
Planeta porque faz parte do processo civilizatório. Existirá sempre uma fórmula
normativa para regulamentar as relações humanas, uma vez que a [...] lei civil
tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo
com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável.
Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem;
nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei
de Deus. Em suma, temos consciência à luz do entendimento espírita, [...] que
há casamento de amor, de fraternidade, de provação, de dever [...].
O
matrimônio espiritual realiza-se, alma com alma, representando os demais simples
conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou processos
retificadores, embora todos sejam sagrados”. -( FEB )-
Que a lei do amor seja viva em nossas vidas.
A graça e a paz sejam conosco!
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