Amados irmãos, bom dia!
Em nosso estudo de hoje teremos a oportunidade de compreender
a evolução espiritual e sua relação direta com a união ideal: “A lei de amor substitui a personalidade pela
fusão dos seres”. Que os bons Espíritos sejam conosco a nos auxiliar nesse
precioso preceito.
A monogamia entendida como uma lei da natureza
“A monogamia está de acordo com a lei da Natureza. A
poligamia é lei humana, cuja abolição marca um progresso social. O casamento,
segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem.
Na poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade. Se a poligamia fosse
conforme à lei da Natureza, devera ter possibilidade de tornar-se universal, o
que seria materialmente impossível, dada a igualdade numérica dos sexos. Deve
ser considerada como um uso ou legislação especial apropriada a certos costumes
e que o aperfeiçoamento social fez que desaparecesse pouco a pouco.
O ser humano pouco
espiritualizado possui acentuado instinto sexual, fundamental à perpetuação
da espécie no Planeta. É necessário que seja assim, pois, como sabemos, em [...]
sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido [pelos
prazeres materiais], só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do
sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol
interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas
as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão
dos seres [...]. Por força da lei de progresso [...]tem a criatura que vencer
os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, [tem] que aperfeiçoar estes
últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação
e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra
em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a
pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos.
A passagem da poligamia para a monogamia, nas vinculações
sexuais e afetivas humanas, acontece de forma paulatina, porque [...] à medida
que se nos dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a
integração com a Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para
os que se verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na
inteligência. Nos primeiros, cujos sentimentos se alteiam para as Esferas
Superiores, o amor se ilumina e purifica, mas ainda é o instinto sexual nos
mais nobres aspectos, imanizando-se às forças com que se afina em radiante
ascensão para Deus. Nos segundos, cujas emoções se complicam, o amor se
requinta, transubstanciando-se o instinto sexual em constante exigência de
satisfação imoderada do eu. O instinto sexual, então, a desvairar-se na
poligamia, traça para si mesmo largo roteiro de aprendizagem a que não escapará
pela matemática do destino que nós mesmos criamos. Entretanto, quanto mais se
integra a alma no plano da responsabilidade moral para com a vida, mais
apreende o impositivo da disciplina própria, a fim de estabelecer, com o dom de
amar que lhe é intrínseco, novos programas de trabalho que lhe facultem acesso
aos planos superiores. O instinto sexual nessa fase da evolução não encontra alegria
completa senão em contato com outro ser que demonstre plena afinidade [...]. Em
semelhante eminência, a monogamia é o clima espontâneo do ser humano, de vez
que dentro dela realiza, naturalmente, com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento,
com a perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do
binário de forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação
de outras almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da
inteligência, suscitando a extensão da beleza e do amor, da sabedoria e da
glória espiritual que vertem, constantes, da Criação Divina”. -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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