sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Lei de reprodução - O aborto


"A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples". -( Salmos, 18: 8 )-




Amados irmãos, bom dia!
O tema que vamos estudar hoje tem sido objeto de especulações  que sua real importância, em nada tem sido considerada. O texto é longo, porém, nos apresenta o verdadeiro sentido do mesmo e deve ser bem compreendido por todos nós. Que os bons Espíritos sejam conosco e nosso Mestre Jesus nos capacite a entendê-lo.







O aborto sob a ótica espírita


“O termo aborto que, cientificamente, indica o produto do abortamento, foi popularmente usado como sinônimo deste, confundindo-se, assim, a ação com o resultado dela, o ato de abortar com seu cadáver, o aborto. [...] Assim, aborto ou abortamento seria a expulsão do concepto, antes da sua viabilidade, esteja ele representado pelo ovo, pelo embrião ou pelo feto; a expulsão do feto viável, antes de alcançado o termo, denomina-se parto prematuro. É, pois, a interrupção da gravidez antes da prematuridade – abortamento; durante – parto prematuro; completada – parto a termo; ultrapassada – parto serotino.


Pode ser o aborto, sob o ponto de vista médico, espontâneo ou provocado, e a diferença está na intenção, pois que este último é devido à interferência intencional da gestante, do médico ou de qualquer outra pessoa, visando ao extermínio do concepto.


Neste roteiro procuramos focalizar o aborto delituoso que é o que resulta em sofrimentos para todos os Espíritos que direta ou indiretamente adotam tal prática. A Doutrina Espírita procura esclarecer que o aborto é crime, que pode ter atenuantes ou agravantes, como todo desrespeito à lei. Antes de ser transgressão à lei humana, o abortamento provocado constitui crime perante a Lei Divina ou Natural, ficando os infratores sujeitos à infalível lei de ação e reação. [...] Interromper a gestação de um filho é decisão de grande responsabilidade. Entretanto, há quem o faça sem quaisquer considerações de natureza médica, legal, moral ou espiritual, porque considera a gestação um fato meramente biológico e que somente as pessoas nela diretamente envolvidas têm o direito de decidir pelo seu desenvolvimento natural ou pela interrupção, sem culpa legal ou moral. Outros há que, envolvidos numa situação de gravidez inesperada, imprevista, indesejada, inconveniente ou mesmo delituosa, gostariam de “resolver a situação” dentro de um contexto familiar, social, médico e legal não sujeito à censura, risco ou sanção.

O aborto delituoso, resultante de uma ação não justificada pela moral e pela lei de amor, é considerado um equívoco gravíssimo, pelas seguintes razões, entre outras:
■ A [...] vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.
■ É [...] um verdadeiro infanticídio que se abriga nas malhas do materialismo e dos interesses inconfessáveis.
■ Todo [...] filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhado através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. Assim, mesmo que a gravidez possa prenunciar à mulher, ou ao casal, dificuldades, aflições, é preciso levar em conta que não devemos somar à nossa caminhada [...] novas culpas ou débitos [...].
■ A [...] mulher não é dona da vida que foi gerada em seu ventre [...]. Buscando exterminar a vida que se forma dentro do seu ventre, a mulher estará não só negando o direito à vida de um outro ser, impedindo-o de mais uma oportunidade de evolução, como também contribuindo para lesar o próprio corpo, e sobre o qual tem plena responsabilidade.
■ Ao desalojar o feto [concepto], o aborto, provoca, de forma violenta, sua desencarnação. Tal situação causa muito sofrimento ao Espírito.
■ O [...] aborto é violação do direito básico da vida.
■ Não [...] volvemos à Terra para satisfazer ao gozo irresponsável dos nossos sentidos na busca de prazeres efêmeros. A irresponsabilidade atual leva-nos a ver que muitos casais buscam praticar apenas o sexo, mas sem a menor intenção de ter filhos.
■ Qualquer [...] raciocínio cristão jamais poderá compactuar com um homicídio deliberado. Não devemos considerar a esdrúxula proposta, que nos é colocada frequentemente, de consulta à sociedade, para saber se estamos ou não de acordo com a legalização do aborto. Isso é partir da falsa premissa de que matar é coisa natural! Qualquer cristão jamais poderia aceitar tal legalização, consciente que somos de que só Deus tem o direito de decidir a respeito de nossas vidas.
■ É preciso entender que [...] é mais fácil para nós a convivência com filhos-problema que com inimigos ferrenhos. Os primeiros podem gerar inquietação e trabalho constantes, mas, os segundos, inimigos recalcados, poderão trazer sofrimentos e aflições em grau maior às nossas vidas [...].

Sendo assim, é importante considerar que [...] o aborto não é uma solução, é um adiamento doloroso, uma porta aberta de entrada no crime e no mal, e um rompimento de compromissos estabelecidos pelo Espírito, ora delituoso, com Deus, com o reencarnante, e em última análise, consigo mesmo. Dessa forma, sendo o aborto uma transgressão à Lei de Deus, uma [...] mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. De maneira geral, as justificativas utilizadas para a prática do aborto não encontram apoio no Plano Espiritual. A propósito, em Os Missionários da Luz, André Luiz nos transmite as seguintes informações, registradas do diálogo que ele teve com Apuleio, Espírito construtor (responsável pelo preparo e acompanhamento de reencarnações):
O [...] aborto muito raramente se verifica obedecendo a causas de nossa esfera de ação. Em regra geral, origina-se do recuo inesperado dos pais terrestres, diante das sagradas obrigações assumidas ou aos excessos de leviandade e inconsciência criminosa das mães, menos preparadas na responsabilidade e na compreensão para este ministério divino. Entretanto, mesmo aí, encontrando vasos maternais menos dignos, tudo fazemos, por nossa vez, para opor-lhes resistência aos projetos de fuga ao dever, quando essa fuga representa mero capricho da irresponsabilidade, sem qualquer base em programas edificantes. Claro, porém, que a nossa interferência no assunto, em se tratando de luta aberta contra nossos amigos reencarnados, transitoriamente esquecidos da obrigação a cumprir, tem igualmente os seus limites. Se os interessados, retrocedendo nas decisões espirituais, perseveram sistematicamente contra nós, somos compelidos a deixá-los entregues à própria sorte.

De acordo com a Doutrina Espírita, o aborto não encontra justificativa perante Deus, a não ser nos casos especialíssimos, quando o médico honrado, sincero e consciente, sentencia que “o nascimento da criança põe em perigo a vida da mãe dela”. Somente ao médico – e a mais ninguém! – dá a Ciência autoridade para emitir esse parecer.  Apenas neste contexto – de evitar a morte da gestante – aceita-se a realização do aborto. Os Espíritos Superiores assim nos esclarecem: Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe”. -( FEB )- 



Que a graça e a paz sejam conosco!

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