"Não desprezes o dom que há em ti." - Paulo - ( I Timóteo, 4: 14 )
Amados irmãos, bom dia!
Aqui estamos com objetivos claros e capacitados para tal; todos temos recebido dons para o serviço ao próximo. Quanto mais os empregarmos no trabalho produtivo, tão mais desenvolvidos eles serão. Como disse o apóstolo Paulo: não desprezes o dom que há em ti.
“Os exemplos de Jesus são
roteiros que nos ensinam agir perante as provas. No sábado, Maria de Magdala e
Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas param irem ungir o corpo. De
madrugada, no primeiro dia da semana, elas foram ao túmulo ao nascer do Sol. E
diziam entre si: “Quem rolará a pedra da entrada do túmulo para nós?” E
erguendo os olhos, viram que a pedra fora removida. Ora, a pedra era muito
grande. Tendo entrado no túmulo, elas viram um jovem sentado à direita, vestido
com uma túnica branca, e ficaram cheias de espanto. Ele, porém, lhes disse:
“Não vos espanteis! Procurais Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou, não
está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Mas ide dizer aos seus discípulos e a
Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis, como vos tinha dito
(Marcos, 16:1-7).
Estava, então, Maria junto ao
sepulcro, de fora, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se para o interior do
sepulcro e viu dois anjos, vestidos de branco, sentados no lugar onde o corpo
de Jesus fora colocado, um à cabeceira e outro aos pés. Disseram-lhe então:
“Mulher, por que choras?”. Ela lhes diz: “Porque levaram meu Senhor e não sei
onde o puseram!”. Dizendo isso, voltou-se e viu Jesus de pé. Mas não sabia que
era Jesus. Jesus lhe diz: “Mulher, por que choras? A quem procuras?”. Pensando
ser o jardineiro, ela lhe diz: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde
o puseste e eu o irei buscar!”. Diz-lhe Jesus: “Maria!”. Voltando-se, ela lhe
diz em hebraico: “Rabboni!”, que quer dizer Mestre. Jesus lhe diz: “Não me
toques, pois ainda não subi ao Pai. Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhes: Subo
a meu Pai e vosso Pai; a meu Deus e vosso Deus”. Maria Madalena foi anunciar
aos discípulos: “Vi o Senhor, e as coisas que ele lhe disse” (João, 20: 11-18).
Todos os evangelistas narram as aparições de Jesus, após sua morte, com
circunstanciados pormenores que não permitem se duvide da realidade do fato.
Elas, aliás, se explicam perfeitamente pelas leis fluídicas e pelas
propriedades do perispírito e nada de anômalo apresentam em face dos fenômenos
do mesmo gênero, cuja história, antiga e contemporânea, oferece numerosos exemplos,
sem lhes faltar sequer a tangibilidade. Se notarmos as circunstâncias em que se
deram as suas diversas aparições, nele reconheceremos, em tais ocasiões, todos
os caracteres de um ser fluídico.
A ressurreição do Cristo nos
oferece oportunas lições. Jesus [...] essa alma poderosa, que em nenhum túmulo
poderia ser aprisionada, aparece aos que na Terra havia deixado tristes,
desanimados e abatidos. Vem dizer-lhes que a morte nada é. Com a sua presença
lhes restitui a energia, a força moral necessária para cumprirem a missão que
lhes fora confiada. As aparições do Cristo são conhecidas e tiveram numerosos
testemunhos. Apresentam flagrantes analogias com as que em nossos dias são
observadas em diversos graus, desde a forma etérea, sem consistência, com que
aparece à Maria Madalena e que não suportaria o mínimo contato, até a completa
materialização, tal como a pôde verificar Tomé, que tocou com a própria mão as
chagas do Cristo. Após a aparição a Maria Madalena, Jesus reencontra os discípulos:
fechadas as portas onde se achavam os discípulos, por medo dos judeus, Jesus
veio e, pondo-se no meio deles, lhes disse: “A paz esteja convosco!” Tendo dito
isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, ficaram cheios de
alegria por verem o Senhor. Ele lhes disse de novo: “A paz esteja convosco!
Como o Pai me enviou também eu vos envio”. Dizendo isso, soprou sobre eles e
lhes disse: “Recebei o Espírito Santo”. Aqueles a quem perdoardes os pecados
ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes ser-lhes-ão retidos. Um dos
Doze, Tomé, chamado Dídimo, não estava com eles, quando veio Jesus. Os outros
discípulos, então, lhe disseram: Vimos o Senhor! Mas ele lhes disse: Se eu não
vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos
e minha mão no seu lado, não crerei. Oito dias depois, achavam-se os
discípulos, de novo, dentro da casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as
portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco! Disse
depois a Tomé: Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no
meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu
Deus! Jesus lhe disse: Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!
(João, 20: 19-29).
Jesus aparece e desaparece instantaneamente.
Penetra numa casa a porta fechadas. Em Emaús conversa com dois discípulos que o
não reconhecem, e desaparece repentinamente. Acha-se de posse desse corpo
fluídico, etéreo, que há em todos nós, corpo sutil que é o invólucro
inseparável de toda alma e que um alto Espírito como o seu sabe dirigir,
modificar, condensar, rarefazer à vontade. E a tal ponto o condensa, que se
torna visível e tangível aos assistentes. As provas da ressurreição de Jesus
são incontestáveis. Não há como ter dúvidas. As aparições diárias de Jesus
àquela gente que deveria secundá-lo no ministério da divina Lei, haviam
abrasado seus corações; e seus suaves e edificantes ensinamentos, cheios de
mansidão e humildade, tinham exaltado aquelas almas, elevando-as às culminâncias
da espiritualidade, saneando-lhes o cérebro e preparando-os, vasos sagrados,
para receber os Espíritos santificados pela Palavra, como antes lhes havia Ele
prometido, conforme narra o evangelista João. [...] Avizinhava-se o momento da
partida. Ele iria, mas com ampla liberdade de ação. Sempre que lhe aprouvesse
viria observar o movimento que se teria de operar entre as “ovelhas desgarradas
de Israel”, as quais Ele queria reconduzir ao “sagrado redil”. [...] Deveriam
os discípulos identificar-se com o Espírito e conhecer o Espírito de Verdade,
para, com justos motivos, anunciar às gentes, a Nova da Salvação que
libertá-las-ia do mal. Todos esses acontecimentos, relatados pelos evangelistas
depois da crucificação de Jesus, servem de base para o conhecimento histórico
do Cristianismo, daí ter Paulo afirmado: “Se o Cristo não ressuscitou, é vã a
vossa fé.”
O Cristianismo não é uma
esperança, é um fato natural, um fato apoiado no testemunho dos sentidos. Os
apóstolos não acreditavam somente na ressurreição; estavam dela convencidos.
[...] O Cristo, porém, lhes apareceu e a sua fé se tornou tão profunda que,
para a confessar, arrostaram todos os suplícios. As aparições do Cristo depois
da morte asseguraram a persistência da ideia cristã, oferecendo-lhe como base
todo um conjunto de fatos.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
180. Passando deste planeta para outro, conserva o Espírito
a inteligência que aqui tinha?
“Sem dúvida; a inteligência não se perde. Pode, porém,
acontecer que ele não disponha dos mesmos meios para
manifestá-la, dependendo isto da sua superioridade e das
condições do corpo que tomar.”
Que a graça e a paz sejam conosco!