terça-feira, 12 de julho de 2016

Jesus e os fenômenos psíquicos


"Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito que provém de Deus." - Paulo - ( I Coríntios, 2: 12 )



Amados irmãos, bom dia!
Como disse Paulo, recebemos o espírito que provém de Deus e portanto deveríamos agir conforme Deus age, mas, não é bem assim que acontece. Suas leis estão gravadas em nossa consciência e devemos sempre refletir sobre a maneira que estamos agindo; se com o espírito inferior que até ontem nos dominava, ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do eterno Pai. Somos livres para essa escolha.








“Os fenômenos psíquicos intermediados por Jesus, em razão da excelsitude do seu Espírito, são por demais complexos para supô-los como de natureza mediúnica. É difícil imaginar que Jesus tenha agido como médium de outro Espírito. Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção das coletividades terrícolas. Enviado de Deus, Ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no Infinito. Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros e ignorantes [...].

Os fatos relatados no Evangelho nada tiveram de milagroso, no sentido teológico do termo. Estavam fundamentados nas faculdades e nos atributos excepcionais do seu Espírito. Jesus como [...] homem, tinha a organização dos seres carnais; porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível. A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres. Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa força magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem.

Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus. Contudo, independentemente de o Espiritismo explicar com clareza como se realiza um fenômeno mediúnico, não podemos esquecer que o próprio Jesus qualificou alguns dos seus feitos como milagrosos. É [...] que nisto, como em muitas outras coisas, lhe cumpria apropriar sua linguagem aos conhecimentos dos seus contemporâneos. Como poderiam estes apreender os matizes de uma palavra que ainda hoje nem todos compreendem? Para o vulgo, eram milagres as coisas extraordinárias que Ele fazia e que pareciam sobrenaturais, naquele tempo e mesmo muito tempo depois. Ele não podia dar-lhes outro nome. Fato digno de nota é que se serviu dessa denominação para atestar a missão que recebera de Deus, segundo suas próprias expressões, porém nunca se prevaleceu dos milagres  para se apresentar como possuidor de poder divino.”  -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







161. Em caso de morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda se não enfraqueceram em consequência da  idade ou das moléstias, a separação da alma e a cessação da vida ocorrem simultaneamente? 

“Geralmente assim é; mas, em todos os casos, muito breve é o instante que medeia entre uma e outra.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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