"Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé, provai-vos a vós mesmos." - Paulo - ( II Coríntios, 13: 5 )
Amados irmãos, bom dia!
A verdadeira fé somente pode ser vivida se for em nós mesmos. Devemos nos ocupar em torná-la real em nós e não aos olhos dos outros. Nosso propósito deve ser exclusivamente com nosso Pai, pois, ele sim enxerga o que precisa ser visto se nosso comportamento permanecer firme e puro. Que nossa mão direita não saiba o que faz a esquerda.
A ESCRITURA DOS EVANGELHOS. OS
EVANGELISTAS
“O ambiente histórico em que o
Evangelho surgiu é o do Judaísmo, formado e alimentado pelos livros sacros do
Antigo Testamento, condicionado pelos acontecimentos históricos, pelas
instituições nas quais se encontrou inserido, e pelas correntes religiosas que
o especificaram. A palavra evangelho, do grego euangélion, quer dizer
boa-notícia ou boa-nova, por extensão. O sentido mais antigo da palavra está
relacionado a uma gorjeta que era dada aos que traziam “boas-notícias”. Nas
cidades gregas empregava-se o vocábulo evangelho quando ecoava a notícia de uma
vitória militar, ou nascimento do filho de um rei ou imperador. Uniam-se à
notícia cânticos e cerimônias festivas, dando-se uma conotação de alegria. O
Novo Testamento abrange quatro conjuntos de livros, assim discriminados:
a) Evangelhos;
b) Atos dos Apóstolos;
c) Epístolas;
d) Apocalipse.
Neste roteiro estão inseridas
informações sobre o Evangelho de Jesus, segundo os registros de Mateus, Marcos,
Lucas e João. O Evangelho [Boa Nova], cerne doutrinário do Cristianismo, contém
aspectos da biografia terrena de Jesus Cristo e seus principais ensinamentos de
caráter moral, coligidos segundo informações de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Mateus e João, discípulos diretos (apóstolos), de contato pessoal com o Mestre,
escreveram respectivamente em hebraico e em grego; Marcos e Lucas, redigiram
seus textos em grego, o primeiro transmitindo reminiscências de Pedro, o
segundo investigando e recolhendo informações por via indireta. Harmonizam-se
os quatro textos num todo orgânico, composto sem acomodações, sob inspiração
mediúnica, cujo influxo não derrogou a liberdade volitiva e os pensadores
psíquicos:
Mateus, menosprezado
funcionário, atende ao aceno do novo chefe e nele passa a vislumbrar o diretor
supremo, o rei em nomenclatura humana, embora em nível do reino dos céus;
Marcos, atemorizado quando
jovem com a intensidade da tarefa, sublima depois, vendo em Jesus o servo
incansável, paradigma da fraternidade a serviço divino;
Lucas, mais intelectualizado,
apresenta Jesus como entidade imaculada, presa pela genealogia ao pai Adão,
porém subtraída ao pecado pela redenção no Pai Criador.
João, mais espiritualizado,
portanto mais próximo da essência dos ensinamentos de Jesus, tem olhos de ver
no Cristo a entidade celestial, o verbo mesmo de Deus, não apenas o rei, o
servo, o homem, sinopse da biografia terrena.
O Cristo nada escreveu. Suas
palavras, disseminadas ao longo dos caminhos, foram transmitidas de boca em
boca e, posteriormente, transcritas em diferentes épocas, muito tempo depois da
sua morte. Uma tradição religiosa popular formou-se pouco a pouco, tradição que
sofreu constante evolução até o século IV [...]. Durante [...] meio século
depois da morte de Jesus, a tradição cristã, oral e viva, é qual água corrente
em que qualquer se pode saciar. Sua propaganda se fez por meio da prédica
[sermão, discurso religioso], pelo ensino dos apóstolos, homens simples,
iletrados, mas iluminados pelo pensamento do Mestre. Não é senão do ano 60 ao
80 que aparecem as primeiras narrações escritas, a de Marcos a princípio, que é
a mais antiga, depois as primeiras narrativas atribuídas a Mateus e Lucas,
todas, escritos fragmentários e que se vão acrescentar de sucessivas adições,
como todas as obras populares. Foi somente no fim do século I, de 80 a 98, que
surgiu o evangelho de Lucas, assim como o de Mateus, o primitivo, atualmente
perdido; finalmente, de 98 a 110, apareceu, em Éfeso, o evangelho de João. Ao
lado desses evangelhos, únicos depois reconhecidos pela Igreja, grande número
de outros vinha à luz. Desses, são conhecidos atualmente uns vinte; mas, no
século III, Orígenes os citava em maior número. Lucas faz alusão a isso no
primeiro versículo da obra que traz o seu nome.
Os textos evangélicos
utilizados pelos povos não anglo-saxônicos originam-se da Vulgata (divulgada)
Latina, fixada a partir do século IV, quando o erudito Jerônimo, secretário do
papa Dâmaso I, verte do grego para o latim textos autenticáveis, e separa os
considerados de autoria obscura ou apócrifa. Sabemos, no entanto, que existiu a
chamada Bíblia dos Setenta, corpo doutrinário traduzido, ao que se diz, por
setenta sábios de Alexandria, do qual se teria tirado setenta cópias. O grego,
em que os evangelhos foram escritos, foi o popular dialeto alexandrino chamado
kini, que era a língua mais falada ou, pelo menos, compreendida pelos homens
cultos de todas as localidades do Oriente e do Ocidente do Império Romano. Por
essa razão os evangelistas usaram o grego e não o hebraico para escrever os
evangelhos, tornando-os, assim, acessíveis a um maior número de pessoas.
Naquele tempo, não havia pontuação nem separação de palavras na escrita. Os
textos utilizavam apenas as letras maiúsculas do alfabeto grego. As palavras
eram redigidas com letras minúsculas e sem espaçamentos. A colocação de espaços
entre as palavras e as frases foi adotada a partir do século IX d.C. A
pontuação surgiu com o aparecimento da imprensa no século XV. A organização dos
textos bíblicos em capítulos foi introduzida no Ocidente pelo cardeal inglês
Hugo, no século XIII. A subdivisão dos capítulos em versículos foi criação do
tipógrafo parisiense Roberto Stefen, no século XVI. Não obstante a existência
de várias traduções inglesas da Bíblia, empreendidas durante a Idade Média,
somente no século XVI a História registra a tradução definitiva da Bíblia
inglesa, na forma que conhecemos atualmente. Na conferência de Hampton Court,
em 1604, foi proposta uma nova tradução da Bíblia. Cinquenta e quatro
tradutores foram convidados para o empreendimento dessa tarefa em Oxford,
Cambridge e Westminster. Essa tradução, dedicada ao rei James I, foi publicada
em 1611, em volumes grandes. Trata-se de uma tradução, também conhecida como a
Versão Autorizada, que se enraizou de tal forma na história religiosa e
literária dos povos de língua inglesa que as edições posteriores cuidavam
apenas de simples revisões, e não de substituições.
Algumas dessas revisões foram:
a Revisão Inglesa de 1885 e a Versão-Padrão Americana (American Standard
Version) de 1901. Esta última foi vigorosamente revisada pela Revised Standard
Version de 1946–1952. Os textos bíblicos publicados em língua inglesa — que têm
como base a tradução de William Tyndale, de 1525–1526 —, sobretudo o Novo
Testamento, apresentam diferenças das edições publicadas pelos demais povos. É
que a tradução inglesa foi realizada diretamente do original grego e não do
latim (Vulgata).” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
153. Em que sentido se deve entender a vida eterna?
“A vida do Espírito é que é eterna; a do corpo é transitória
e passageira. Quando o corpo morre, a alma retoma a
vida eterna.”
a) — Não seria mais exato chamar vida eterna à dos
Espíritos puros, dos que, tendo atingido a perfeição, não
estão sujeitos a sofrer mais prova alguma?
“Essa é antes a felicidade eterna. Mas isto constitui
uma questão de palavras. Chamai as coisas como quiserdes,
contanto que vos entendais.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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