"E à ciência. a temperança; à temperança, a paciência; à paciência. a piedade." -( II Pedro, 1: 6 )-
Amados irmãos, bom dia!
Uma das instruções que recebemos é a de nos instruirmos. Ao adquirir conhecimentos vamos nos tornando aptos a melhor desempenhar nosso papel no aperfeiçoamento moral, dessa forma, tornando viva nossa reforma íntima. Lembrando que saber não é tudo, mas, necessário é fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.
“Chegada, pois, a tarde
daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com
medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e
disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado.
De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes, pois,
Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos
envio a vós.
E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
Espírito Santo. [...] E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos
dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e
apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! Depois, disse a Tomé: Põe
aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não
sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus
meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não
viram e creram! (João, 20:19-22; 26-30).
Antes da aparição aos discípulos,
Jesus se manifesta perante Maria Madalena e outras mulheres (Marcos,16:1-7),
confirmando, assim, a sua ressurreição.
Aparece, mais tarde, aos dois
discípulos, no caminho de Emaús (Lucas, 24:13-35).
Todos os evangelistas narram
as aparições de Jesus, após sua morte, com circunstanciados pormenores que não
permitem se duvide da realidade do fato. Elas, aliás, se explicam perfeitamente
pelas leis fluídicas e pelas propriedades do perispírito e nada de anômalo
apresentam em face dos fenômenos do mesmo gênero, cuja história, antiga e
contemporânea, oferece numerosos exemplos, sem lhes faltar sequer a
tangibilidade. Se notarmos as circunstâncias em que se deram as suas diversas
aparições, nele reconheceremos, em tais ocasiões, todos os caracteres de um ser
fluídico. Aparece inopinadamente e do mesmo modo desaparece; uns o veem, outros
não [...]. Jesus, portanto, se mostrou com seu corpo perispirítico, o que
explica que só tenha sido visto pelos que Ele quis que o vissem. Se estivesse
com seu corpo carnal, todos o veriam, como quando estava vivo.
Ignorando a causa
originária do fenômeno das aparições, seus discípulos não se apercebiam dessas
particularidades, a que, provavelmente, não davam atenção. Desde que viam o
Senhor e o tocavam, haviam de achar que aquele era o seu corpo ressuscitado.
Como reflexão final, refletimos que os fatos extraordinários da vida de Jesus
marcaram a sua passagem entre nós, no plano físico. Entretanto, esses não foram
os seus maiores feitos. O maior milagre que Jesus operou, o que verdadeiramente
atesta a sua superioridade, foi a revolução que seus ensinos produziram no
mundo, malgrado à exiguidade dos seus meios de ação. Com efeito, Jesus,
obscuro, pobre, nascido na mais humilde condição, no seio de um povo pequenino,
quase ignorado e sem preponderância política, artística ou literária, apenas
durante três anos prega a sua doutrina, [...] Tinha contra si tudo o que causa
o malogro das obras dos homens, razão por que dizemos que o triunfo alcançado
pela sua doutrina foi o maior dos seus milagres, ao mesmo tempo que prova ser
divina a sua missão. Se, em vez de princípios sociais e regeneradores, fundados
sobre o futuro espiritual do homem, Ele apenas houvesse legado à posteridade
alguns fatos maravilhosos, talvez hoje mal o conhecessem de nome.” -( FEB -
EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
A REENCARNAÇÃO
166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição
durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
“Sofrendo a prova de uma nova existência.”
a) — Como realiza essa nova existência? Será pela sua
transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta
uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova
da vida corporal.”
b) — A alma passa então por muitas existências
corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que
dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância
em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”
c) — Parece resultar desse princípio que a alma, depois
de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que
reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?
“Evidentemente.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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