"Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti." -( Marcos, 5: 19 )-
Amados irmãos, bom dia!
É sempre mais fácil viver os ensinamentos do nosso Mestre Jesus nas casas de oração, mas, é no campo de batalha que ele nos quer. Ele deseja que sejamos testemunhas vivas de sua presença em nosso meio e que a todos sejam disponibilizados seus ensinamentos regeneradores.
“E, seis dias depois, Jesus
tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João, e os levou sós, em particular, a um
alto monte, e transfigurou-se diante deles. E as suas vestes tornaram-se
resplandecentes, em extremo brancas como a neve, tais como nenhum lavadeiro
sobre a terra as poderia branquear. E apareceram-lhes Elias e Moisés e falavam
com Jesus. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Mestre, bom é que nós
estejamos aqui e façamos três cabanas, uma para ti, outra para Moisés e outra
para Elias. Pois não sabia o que dizia, porque estavam assombrados. E desceu
uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e saiu da nuvem uma voz, que dizia:
Este é o meu Filho amado; a Ele ouvi. E, tendo olhado ao redor, ninguém mais
viram, senão Jesus com eles” (Marcos, 9:2-8).
É ainda nas propriedades do
fluido perispirítico que se encontra a explicação deste fenômeno. A
transfiguração [...] é um fato muito comum que, em virtude da irradiação
fluídica, pode modificar a aparência de um indivíduo; mas, a pureza do
perispírito de Jesus permitiu que seu Espírito lhe desse excepcional fulgor.
Quanto à aparição de Moisés e Elias cabe inteiramente no rol de todos os
fenômenos do mesmo gênero. [...] De todas faculdades que Jesus revelou, nenhuma
se pode apontar estranhas às condições da Humanidade e que se não encontre
comumente nos homens, porque estão todas na ordem da Natureza. Pela
superioridade, porém, da sua essência moral e de suas qualidades fluídicas,
aquelas faculdades atingiam nele proporções muito acima das que são vulgares.
Posto de lado o seu envoltório carnal, ele nos patenteava o estado dos puros
Espíritos.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
165. O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência
sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação?
“Influência muito grande, por isso que o Espírito já
antecipadamente compreendia a sua situação. Mas, a prática do bem e a consciência pura são o que maior influência
exercem.”
Por ocasião da morte, tudo, a princípio, é confuso. De algum
tempo precisa a alma para entrar no conhecimento de si mesma.
Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que
despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua
situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam,
à medida que se apaga a influência da matéria que ela acaba de
abandonar, e à medida que se dissipa a espécie de névoa que lhe
obscurece os pensamentos.
Muito variável é o tempo que dura a perturbação que se
segue à morte. Pode ser de algumas horas, como também de muitos
meses e até de muitos anos. Aqueles que, desde quando ainda
viviam na Terra, se identificaram com o estado futuro que os aguardava,
são os em quem menos longa ela é, porque esses
compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
Aquela perturbação apresenta circunstâncias especiais, de
acordo com os caracteres dos indivíduos e, principalmente, com
o gênero de morte. Nos casos de morte violenta, por suicídio, suplício,
acidente, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito fica surpreendido,
espantado e não acredita estar morto. Obstinadamente
sustenta que não o está. No entanto, vê o seu próprio corpo, reconhece que esse corpo é seu, mas não compreende que se
ache separado dele. Acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes
e não percebe por que elas não o ouvem. Semelhante ilusão se
prolonga até ao completo desprendimento do perispírito. Só então
o Espírito se reconhece como tal e compreende que não pertence
mais ao número dos vivos. Este fenômeno se explica facilmente.
Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica
atordoado com a brusca mudança que nele se operou; considera
ainda a morte como sinônimo de destruição, de aniquilamento.
Ora, porque pensa, vê, ouve, tem a sensação de não estar morto.
Mais lhe aumenta a ilusão o fato de se ver com um corpo semelhante,
na forma, ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda
não teve tempo de estudar. Julga-o sólido e compacto como o
primeiro e, quando se lhe chama a atenção para esse ponto, admira-se
de não poder palpá-lo. Esse fenômeno é análogo ao que
ocorre com alguns sonâmbulos inexperientes, que não creem dormir.
É que têm o sono por sinônimo de suspensão das faculdades.
Ora, como pensam livremente e vêem, julgam naturalmente
que não dormem.
Certos Espíritos revelam essa particularidade,
se bem que a morte não lhes tenha sobrevindo inopinadamente.
Todavia, sempre mais generalizada se apresenta entre os que,
embora doentes, não pensavam em morrer. Observa-se então o
singular espetáculo de um Espírito assistir ao seu próprio
enterramento como se fora o de um estranho, falando desse ato
como de coisa que lhe não diz respeito, até ao momento em que
compreende a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa
para o homem de bem, que se conserva calmo, semelhante em
tudo a quem acompanha as fases de um tranquilo despertar. Para
aquele cuja consciência ainda não está pura, a perturbação é
cheia de ansiedade e de angústias, que aumentam à proporção
que ele da sua situação se compenetra.
Nos casos de morte coletiva, tem sido observado que todos os
que perecem ao mesmo tempo nem sempre tornam a ver-se logo.
Presas da perturbação que se segue à morte, cada um vai para
seu lado, ou só se preocupa com os que lhe interessam.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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