terça-feira, 19 de julho de 2016

Os discípulos e sua missão


"Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito." - Jesus - ( João, 16: 4 )



Amados irmãos, bom dia!
Devemos estudar e entender os ensinamentos do nosso Mestre Jesus, pois, a todo momento temos oportunidade de praticá-los e, dessa forma, sermos luz no caminho dos nossos irmãos encarnados ou não. Somos comprometidos com Ele e espera de nós atitudes concretas. Nisso seremos tidos como seus discípulos e estaremos colaborando para nossa real reforma íntima. Que os bons Espíritos nos auxiliem a seguir os passos do nosso Mestre.








“A missão dos setenta discípulos da Galileia Lucas nos relata que, após a transfiguração no Tabor e a cura de um epilético obsidiado, Jesus designou setenta discípulos (alguns códices, como a Bíblia de Jerusalém, mencionam 72), que deveriam anunciar os ensinamentos de Jesus, fornecendo-lhes instruções precisas de como deveriam agir.
Primeiramente “mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir” (Lc 10:1).
» Asseverou que os enviava “como cordeiros ao meio de lobos” (Lc 10:3).
» Orientou-lhes: “Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho” (Lc 10:4).
» Instruiu-os a como proceder ao chegar a uma residência: “onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa”. (Lc 10: 5-7).
» Esclareceu-lhes agir como hóspedes educados: “E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos puserem diante” (Lc10: 8).
» Pediu-lhes: “E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus. Mas, em qualquer cidade em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas, dizei: Até o pó que da vossa cidade se nos pegou sacudimos sobre vós. Sabei, contudo, isto: já o Reino de Deus é chegado a vós” (Lc10: 9-11).
» Informou-lhe, ainda: Quem vos ouve a vós a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc10: 16).

Lucas nos esclarece também que o empreendimento dos setenta discípulos foi coroado de êxito, que retornaram felizes, dizendo: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10: 17-19). Jesus, porém, os alertou: “Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10: 20).
Percebe-se nesse texto do Evangelho que a despeito de ser Jesus o Governador espiritual do Planeta, não dispensa a cooperação de servidores que, à semelhança de “batedores”, seguem à frente anunciando a Boa Nova. Jesus [...] não prescinde da participação de outros Espíritos de condição espiritual inferior a dele para o desenvolvimento de sua tarefa. [...] Em tarefa de redenção espiritual de elevado porte, faz-se acompanhar de uma falange invisível e de um punhado de homens e mulheres carregando consigo conquistas e débitos espirituais. Atua em conjunto, investindo no potencial do grupo, ainda que reconhecesse suas fragilidades. Dá o apoio, mas deixa que cada um cumpra a cota de serviço necessária ao processo de crescimento individual e coletivo.
Outro ponto relevante, evidenciado nessa passagem evangélica, diz respeito às instruções que Jesus transmitiu aos seus discípulos. O Mestre não se limita a dizer-lhes “o que fazer” mas, também, “o como fazer”, tendo em vista as diferentes situações que surgiriam na execução do trabalho. O êxito da missão foi, assim, garantido tanto pelas sábias orientações prestadas pelo Senhor quanto pelo esforço dos discípulos em cumpri-las. Os [...] os grandes operários da Espiritualidade; cheios de coragem e de austeridade, sulcaram as estradas de vila em vila, de aldeia em aldeia, sem se preocuparem com haveres, com roupas, com bolsas, com alforjes nem com sandálias, no cumprimento das ordens que receberam, já curando enfermos e levando a paz às multidões sufocadas pelas tribulações, já anunciando à viva voz e sem desejar outros valores, a chegada do Reino de Deus, que, deveria dominar os corações. É, pois, necessário o desenvolvimento de valores morais para sermos considerados discípulos de Jesus: “desinteresse, abnegação, sacrifício, mansidão, coragem, dignidade, humildade, amor [...]”.

A lição evangélica nos faz refletir também sobre a carência de liderança positiva no mundo atual. As pessoas, em geral, estão muito envolvidas com aquisição de bens transitórios. A ausência de objetivos superiores é um dos grandes males humanos. Estacionados na rotina, os homens tendem a preocupar-se com ninharias, emprestando demasiada importância a acontecimentos banais, a fenômenos naturais de desgaste orgânico e ao procedimento alheio, transformando-se em eternos inquietos, em doentes crônicos e amigos da maledicência. Quando resolvem mudar, não cogitam de olhar para o Alto. Preferem descer ao rés-do-chão, resvalando para a inconsequência e o vício. Em razão da nossa acanhada evolução, moral e intelectual, ainda nos empenhamos em servir a Jesus por meio de práticas exteriores, adiando para o grande amanhã a verdadeira transformação íntima. Também nós, sensibilizados com os propósitos de elevação, permanecemos vinculados aos dispositivos da Boa Nova. No entanto, aguarda o Mestre que as atitudes exteriores de seus seguidores possam, um dia, acionarem-se objetivamente, desprendendo seus corações das imantações milenares, mediante decisiva disposição de se elevarem espiritualmente.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos








168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente? 

“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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