"E assim vos rogo eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados." -( Paulo aos Efésios, 4 : 1 )-
Amados irmãos, bom dia!
Imitando o exemplo de Paulo, sejamos fiéis servidores do Cristo, em toda parte. Somente assim, abandonaremos a caverna da impulsividade primitiva, colocando-nos a caminho do mundo melhor.
“Prosseguindo com os relatos
do Evangelho, vimos que Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. Ele saiu,
carregando sua cruz e chegou ao chamado Lugar da Caveira — em hebraico, chamado
Gólgota —, onde o crucificaram; e, com Ele, dois outros: um de cada lado e
Jesus no meio. Pilatos redigiu também um letreiro e o fez colocar sobre a cruz;
nele estava escrito: “Jesus, Nazareno, rei dos judeus. [...] E estava escrito
em hebraico, latim e grego” (João, 19:17-20). Depois da crucificação os
soldados repartiram entre eles, as vestes e a túnica de Jesus. Ora a túnica era
inconsútil [peça inteira, sem costura]. Disseram entre si: não a rasguemos,
mas, lancemos sorte sobre elas, para ver de quem será” (João, 19:23-24).
Perto da cruz permaneciam
Maria, a mãe de Jesus, sua irmã, mulher de Clopas e Maria Madalena. Vendo Jesus
a sua mãe e, próximo a ela, o apóstolo João, disse: “Mulher, eis aí o teu
filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o
discípulo a recebeu em sua casa” (João, 19:25-27). Após a crucificação, alguns
judeus não querendo permanecer mais tempo ali porque era o dia da Preparação da
Páscoa, pediram a Pilatos para autorizar quebrassem as pernas dos crucificados
(Jesus e os dois ladrões). Os soldados, porém, transpassaram uma lança no corpo
de Jesus, de onde jorrou sangue e água (João, 19:31-34). A ingratidão recebida
por Jesus, após os inúmeros benefícios que proporcionou, nos conduzem a
profundas reflexões. Percebemos, de imediato o sublime amor por todos nós.
[...] o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensas. A renúncia é o seu
ponto de apoio, como o ato de dar é a essência de vida. [...] Todavia, quando a
luz do entendimento tardar no espírito daqueles a quem amamos, deveremos
lembrar-nos de que temos a sagrada compreensão de Deus, que nos conhece os
propósitos mais puros.[...]
Um pouco antes da sua morte,
conforme foi mencionado, Jesus entrega Maria aos cuidados de João, filho de
Zebedeu. Trata-se de outra valiosa lição, como todas as que o Mestre nos legou.
[...] ensinava que o amor universal era o sublime coroamento de sua obra.
Entendeu que, no futuro, a claridade do Reino de Deus revelaria aos homens a
necessidade da cessação de todo egoísmo e que, no santuário de cada coração,
deveria existir a mais abundante cota de amor, não só para o círculo familiar,
senão também para todos os necessitados do mundo, e que no templo de cada
habitação permaneceria a fraternidade real, para que a assistência recíproca se
praticasse na Terra, sem serem precisos os edifícios exteriores, consagrados a uma
solidariedade claudicante.
No momento da morte de Jesus,
relata o Evangelho que, à hora sexta, surgiram trevas sobre a Terra, até a hora
nona. Jesus, então, dando um grande grito, expirou. E o véu do Santuário (do
Templo) se rasgou em duas partes, de cima a baixo. O centurião, que se achava
bem defronte dele, vendo que havia expirado deste modo, disse: “Verdadeiramente,
este homem era filho de Deus” (Marcos, 15:33,37-39).
Quanto ao fenômeno das trevas,
Kardec nos elucida: É singular que tais prodígios, operando-se no momento mesmo
em que a atenção da cidade se fixava no suplício de Jesus, que era o
acontecimento do dia, não tenham sido notados, pois que nenhum historiador os
menciona. Parece impossível que um tremor de terra e o ficar toda a Terra
envolta em trevas durante três horas, num país onde o céu é sempre de perfeita
limpidez, hajam podido passar despercebidos. A duração de tal obscuridade teria
sido quase a de um eclipse do Sol, mas os eclipses dessa espécie só se produzem
na lua nova, e a morte de Jesus ocorreu em fase de lua cheia, a 14 de Nissan,
dia da Páscoa dos judeus. O obscurecimento do Sol também pode ser produzido
pelas manchas que se lhe notam na superfície. Em tal caso, o brilho da luz se
enfraquece sensivelmente, porém, nunca ao ponto de determinar obscuridade e trevas.
Admitido que um fenômeno desse gênero se houvesse dado, ele decorreria de uma
causa perfeitamente natural. [...] Compungidos com a morte de seu Mestre, os
discípulos de Jesus sem dúvida ligaram a essa morte alguns fatos particulares,
aos quais noutra ocasião nenhuma atenção houveram prestado. Bastou, talvez, que
um fragmento de rochedo se haja destacado naquele momento, para que pessoas
inclinadas ao maravilhoso tenham visto nesse fato um prodígio e, ampliando-o,
tenham dito que as pedras se fenderam. Jesus é grande pelas suas obras e não
pelos quadros fantásticos de que um entusiasmo pouco ponderado entendeu de
cercá-lo. Em relação aos sofrimentos de Jesus, Emmanuel acrescenta: A dor
material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos
valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes
não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da
incompreensão do seu ideal. Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela
Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-lo na imensidão da sua dor
espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela.
Ainda na tormenta dos seus últimos instantes, seu ânimo era de paciência, de
benignidade, de compaixão. Já pregado na cruz, tendo o corpo e a alma
lanceados, com os pregos a lhe dilacerarem as carnes, e os acúleos da
ingratidão a lhe ferirem o espírito, vendo a seus pés, indiferentes ou
raivosos, aqueles a quem abençoara, protegera, ensinara e curara, pedia ao Pai
que lhes perdoasse, porque eles não sabiam o que estavam fazendo. E assim
partiu o Salvador da Humanidade. Este homem, este herói, este mártir, este
santo, este Espírito excelso foi que regou com suas lágrimas e seu sangue a
árvore hoje bendita do Cristianismo.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
179. Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado
o mesmo nível de perfeição?
“Não; dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns
Espíritos são mais adiantados do que outros.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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