sábado, 30 de julho de 2016

A crucificação de Jesus


"E assim vos rogo eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados." -( Paulo aos Efésios, 4 : 1 )-



Amados irmãos, bom dia!
Imitando o exemplo de Paulo, sejamos fiéis servidores do Cristo, em toda parte. Somente assim, abandonaremos a caverna da impulsividade primitiva, colocando-nos a caminho do mundo melhor.









“Prosseguindo com os relatos do Evangelho, vimos que Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. Ele saiu, carregando sua cruz e chegou ao chamado Lugar da Caveira — em hebraico, chamado Gólgota —, onde o crucificaram; e, com Ele, dois outros: um de cada lado e Jesus no meio. Pilatos redigiu também um letreiro e o fez colocar sobre a cruz; nele estava escrito: “Jesus, Nazareno, rei dos judeus. [...] E estava escrito em hebraico, latim e grego” (João, 19:17-20). Depois da crucificação os soldados repartiram entre eles, as vestes e a túnica de Jesus. Ora a túnica era inconsútil [peça inteira, sem costura]. Disseram entre si: não a rasguemos, mas, lancemos sorte sobre elas, para ver de quem será” (João, 19:23-24).

Perto da cruz permaneciam Maria, a mãe de Jesus, sua irmã, mulher de Clopas e Maria Madalena. Vendo Jesus a sua mãe e, próximo a ela, o apóstolo João, disse: “Mulher, eis aí o teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (João, 19:25-27). Após a crucificação, alguns judeus não querendo permanecer mais tempo ali porque era o dia da Preparação da Páscoa, pediram a Pilatos para autorizar quebrassem as pernas dos crucificados (Jesus e os dois ladrões). Os soldados, porém, transpassaram uma lança no corpo de Jesus, de onde jorrou sangue e água (João, 19:31-34). A ingratidão recebida por Jesus, após os inúmeros benefícios que proporcionou, nos conduzem a profundas reflexões. Percebemos, de imediato o sublime amor por todos nós. [...] o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensas. A renúncia é o seu ponto de apoio, como o ato de dar é a essência de vida. [...] Todavia, quando a luz do entendimento tardar no espírito daqueles a quem amamos, deveremos lembrar-nos de que temos a sagrada compreensão de Deus, que nos conhece os propósitos mais puros.[...]

Um pouco antes da sua morte, conforme foi mencionado, Jesus entrega Maria aos cuidados de João, filho de Zebedeu. Trata-se de outra valiosa lição, como todas as que o Mestre nos legou. [...] ensinava que o amor universal era o sublime coroamento de sua obra. Entendeu que, no futuro, a claridade do Reino de Deus revelaria aos homens a necessidade da cessação de todo egoísmo e que, no santuário de cada coração, deveria existir a mais abundante cota de amor, não só para o círculo familiar, senão também para todos os necessitados do mundo, e que no templo de cada habitação permaneceria a fraternidade real, para que a assistência recíproca se praticasse na Terra, sem serem precisos os edifícios exteriores, consagrados a uma solidariedade claudicante.

No momento da morte de Jesus, relata o Evangelho que, à hora sexta, surgiram trevas sobre a Terra, até a hora nona. Jesus, então, dando um grande grito, expirou. E o véu do Santuário (do Templo) se rasgou em duas partes, de cima a baixo. O centurião, que se achava bem defronte dele, vendo que havia expirado deste modo, disse: “Verdadeiramente, este homem era filho de Deus” (Marcos, 15:33,37-39).

Quanto ao fenômeno das trevas, Kardec nos elucida: É singular que tais prodígios, operando-se no momento mesmo em que a atenção da cidade se fixava no suplício de Jesus, que era o acontecimento do dia, não tenham sido notados, pois que nenhum historiador os menciona. Parece impossível que um tremor de terra e o ficar toda a Terra envolta em trevas durante três horas, num país onde o céu é sempre de perfeita limpidez, hajam podido passar despercebidos. A duração de tal obscuridade teria sido quase a de um eclipse do Sol, mas os eclipses dessa espécie só se produzem na lua nova, e a morte de Jesus ocorreu em fase de lua cheia, a 14 de Nissan, dia da Páscoa dos judeus. O obscurecimento do Sol também pode ser produzido pelas manchas que se lhe notam na superfície. Em tal caso, o brilho da luz se enfraquece sensivelmente, porém, nunca ao ponto de determinar obscuridade e trevas. Admitido que um fenômeno desse gênero se houvesse dado, ele decorreria de uma causa perfeitamente natural. [...] Compungidos com a morte de seu Mestre, os discípulos de Jesus sem dúvida ligaram a essa morte alguns fatos particulares, aos quais noutra ocasião nenhuma atenção houveram prestado. Bastou, talvez, que um fragmento de rochedo se haja destacado naquele momento, para que pessoas inclinadas ao maravilhoso tenham visto nesse fato um prodígio e, ampliando-o, tenham dito que as pedras se fenderam. Jesus é grande pelas suas obras e não pelos quadros fantásticos de que um entusiasmo pouco ponderado entendeu de cercá-lo. Em relação aos sofrimentos de Jesus, Emmanuel acrescenta: A dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal. Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela. Ainda na tormenta dos seus últimos instantes, seu ânimo era de paciência, de benignidade, de compaixão. Já pregado na cruz, tendo o corpo e a alma lanceados, com os pregos a lhe dilacerarem as carnes, e os acúleos da ingratidão a lhe ferirem o espírito, vendo a seus pés, indiferentes ou raivosos, aqueles a quem abençoara, protegera, ensinara e curara, pedia ao Pai que lhes perdoasse, porque eles não sabiam o que estavam fazendo. E assim partiu o Salvador da Humanidade. Este homem, este herói, este mártir, este santo, este Espírito excelso foi que regou com suas lágrimas e seu sangue a árvore hoje bendita do Cristianismo.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







179. Os seres que habitam cada mundo hão todos alcançado o mesmo nível de perfeição? 

“Não; dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns Espíritos são mais adiantados do que outros.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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