"Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes." -( Paulo aos Efésios, 6: 13 )-
Amados irmãos, bom dia!
Sabemos que aqui estamos pelo amor de nosso Pai Celestial que nos oferece oportunidade de nos evoluirmos. Se disso precisamos é sinal de que temos muito erro pretérito que precisa ser corrigido, portanto, tomemos sua armadura que irá nos proteger de nossas ferrugens morais e partamos para a luta da reforma interior. Que nosso mestre Jesus e os bons Espíritos sejam conosco.
“A missão dos setenta
discípulos da Galileia Lucas nos relata que, após a transfiguração no Tabor e a
cura de um epilético obsidiado, Jesus designou setenta discípulos (alguns
códices, como a Bíblia de Jerusalém, mencionam 72), que deveriam anunciar os
ensinamentos de Jesus, fornecendo-lhes instruções precisas de como deveriam
agir.
Primeiramente “mandou-os
adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele
havia de ir” (Lc 10:1).
» Asseverou que os enviava
“como cordeiros ao meio de lobos” (Lc 10:3).
» Orientou-lhes: “Não leveis
bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho” (Lc 10:4).
» Instruiu-os a como proceder
ao chegar a uma residência: “onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta
casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e,
se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles
tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa”.
(Lc 10: 5-7).
» Esclareceu-lhes agir como
hóspedes educados: “E, em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem,
comei do que vos puserem diante” (Lc10: 8).
» Pediu-lhes: “E curai os
enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus. Mas, em
qualquer cidade em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas,
dizei: Até o pó que da vossa cidade se nos pegou sacudimos sobre vós. Sabei,
contudo, isto: já o Reino de Deus é chegado a vós” (Lc10: 9-11).
» Informou-lhe, ainda: Quem
vos ouve a vós a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós a mim me rejeita; e quem
a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc10: 16).
Lucas nos esclarece também que
o empreendimento dos setenta discípulos foi coroado de êxito, que retornaram
felizes, dizendo: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E
disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou poder para
pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano
algum” (Lc 10: 17-19). Jesus, porém, os alertou: “Mas não vos alegreis porque
se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito
nos céus” (Lc 10: 20).
Percebe-se nesse texto do
Evangelho que a despeito de ser Jesus o Governador espiritual do Planeta, não
dispensa a cooperação de servidores que, à semelhança de “batedores”, seguem à
frente anunciando a Boa Nova. Jesus [...] não prescinde da participação de
outros Espíritos de condição espiritual inferior a dele para o desenvolvimento
de sua tarefa. [...] Em tarefa de redenção espiritual de elevado porte, faz-se
acompanhar de uma falange invisível e de um punhado de homens e mulheres
carregando consigo conquistas e débitos espirituais. Atua em conjunto,
investindo no potencial do grupo, ainda que reconhecesse suas fragilidades. Dá
o apoio, mas deixa que cada um cumpra a cota de serviço necessária ao processo
de crescimento individual e coletivo.
Outro ponto relevante,
evidenciado nessa passagem evangélica, diz respeito às instruções que Jesus
transmitiu aos seus discípulos. O Mestre não se limita a dizer-lhes “o que
fazer” mas, também, “o como fazer”, tendo em vista as diferentes situações que
surgiriam na execução do trabalho. O êxito da missão foi, assim, garantido
tanto pelas sábias orientações prestadas pelo Senhor quanto pelo esforço dos
discípulos em cumpri-las. Os [...] os grandes operários da Espiritualidade;
cheios de coragem e de austeridade, sulcaram as estradas de vila em vila, de
aldeia em aldeia, sem se preocuparem com haveres, com roupas, com bolsas, com
alforjes nem com sandálias, no cumprimento das ordens que receberam, já curando
enfermos e levando a paz às multidões sufocadas pelas tribulações, já
anunciando à viva voz e sem desejar outros valores, a chegada do Reino de Deus,
que, deveria dominar os corações. É, pois, necessário o desenvolvimento de
valores morais para sermos considerados discípulos de Jesus: “desinteresse,
abnegação, sacrifício, mansidão, coragem, dignidade, humildade, amor [...]”.
A lição evangélica nos faz
refletir também sobre a carência de liderança positiva no mundo atual. As
pessoas, em geral, estão muito envolvidas com aquisição de bens transitórios. A
ausência de objetivos superiores é um dos grandes males humanos. Estacionados
na rotina, os homens tendem a preocupar-se com ninharias, emprestando demasiada
importância a acontecimentos banais, a fenômenos naturais de desgaste orgânico
e ao procedimento alheio, transformando-se em eternos inquietos, em doentes
crônicos e amigos da maledicência. Quando resolvem mudar, não cogitam de olhar
para o Alto. Preferem descer ao rés-do-chão, resvalando para a inconsequência e
o vício. Em razão da nossa acanhada evolução, moral e intelectual, ainda nos
empenhamos em servir a Jesus por meio de práticas exteriores, adiando para o
grande amanhã a verdadeira transformação íntima. Também nós, sensibilizados com
os propósitos de elevação, permanecemos vinculados aos dispositivos da Boa
Nova. No entanto, aguarda o Mestre que as atitudes exteriores de seus
seguidores possam, um dia, acionarem-se objetivamente, desprendendo seus
corações das imantações milenares, mediante decisiva disposição de se elevarem
espiritualmente.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
169. É invariável o número das encarnações para todos os
Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas
se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre
muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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