"E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre, O Espírito de Verdade". - ( São João. 14: 16 e 17 ) -
Amados irmãos, bom dia!
Hoje começaremos a conhecer os fatos que despertaram no professor Rivail, a sua missão.
Que possamos aprender com ele nos mantendo atentos aos "acasos" que o dia a dia nos oferece.
A missão. Os primeiros contatos com os fenômenos mediúnicos
"Conforme já foi comentado no item
dois do roteiro um deste Módulo, em meados do século XIX as mesas girantes
revolucionaram a Europa, sobretudo a França, chamando a atenção de toda a
sociedade, inclusive da imprensa. O professor Rivail, estudioso do magnetismo,
assim se expressa, a respeito dos novos fatos: Foi em 1854 que pela primeira
vez ouvi falar das mesas girantes.
Encontrei um dia o magnetizador, Senhor
Fortier, a quem eu conhecia desde muito tempo e que me disse: Já sabe da
singular propriedade que se acaba de descobrir no Magnetismo? Parece que já não
são somente as pessoas que se podem magnetizar, mas também as mesas,
conseguindo-se que elas girem e caminhem à vontade. — É, com efeito, muito
singular, respondi; mas, a rigor, isso não me parece radicalmente impossível. O
fluido magnético, que é uma espécie de eletricidade, pode perfeitamente atuar
sobre os corpos inertes e fazer que eles se movam. [...] Algum tempo depois,
encontrei-me novamente com o Sr. Fortier, que me disse: Temos uma coisa muito mais
extraordinária; não só se consegue que uma mesa se mova, magnetizando-a, como
também que fale. Interrogada, ela responde. — Isto agora, repliquei-lhe, é
outra questão. Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa
tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula.
Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto para fazer-nos
dormir em pé.
Era lógico este raciocínio: eu
concebia o movimento por efeito de uma força mecânica, mas, ignorando a causa e
a lei do fenômeno, afigurava-se-me absurdo atribuir-se inteligência a uma coisa
puramente material. Achava-me na posição dos incrédulos atuais, que negam
porque apenas vêem um fato que não compreendem.
Eu estava, pois, diante de um
fato inexplicado, aparentemente contrário às leis da Natureza e que a minha
razão repelia. Ainda nada vira, nem observara; as experiências, realizadas em presença de
pessoas honradas e dignas de fé, confirmavam a minha opinião, quanto à
possibilidade do efeito puramente material; a idéia, porém, de uma mesa falante
ainda não me entrara na mente
.
No ano seguinte, estávamos em
começo de 1855, encontrei-me com o Sr. Carlotti, amigo de 25 anos, que me falou
daqueles fenômenos durante cerca de uma hora, com o entusiasmo que consagrava a
todas as idéias novas [...]. Passado algum tempo, pelo mês de maio de 1855, fui
à casa da sonâmbula Sra. Roger, em companhia do Sr. Fortier, seu magnetizador.
Lá encontrei o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison, que daqueles fenômenos me
falaram no mesmo sentido em que o Sr. Carlotti se pronunciara, mas em tom muito
diverso. O Sr. Pâtier era [...] muito instruído, de caráter grave, frio e
calmo; sua linguagem pausada, isenta de todo entusiasmo, produziu em mim viva
impressão e, quando me convidou a assistir às experiências que se realizavam em
casa da Sra. Plainemaison, à rua GrangeBatelière, 18, aceitei imediatamente [...].
Foi aí que, pela primeira vez,
presenciei o fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condições
tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida. Assisti então a alguns
ensaios, muito imperfeitos, de escrita mediúnica numa ardósia, com o auxílio de
uma cesta. Minhas idéias estavam longe de precisar-se, mas havia ali um fato
que necessariamente decorria de uma causa. Eu entrevia, naquelas aparentes
futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de
sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo.
Bem depressa, ocasião se me ofereceu de observar mais atentamente os fatos, como
ainda o não fizera. Numa das reuniões da Sra. Plainemaison, travei conhecimento
com a família Baudin, que residia então à rua Rechechouart. O Sr. Baudin me
convidou para assistir às sessões hebdomadárias que se realizavam em sua casa e
às quais me tornei desde logo muito assíduo. [...]
Os médiuns eram as duas
senhoritas Baudin, que escreviam numa ardósia com o auxílio de uma cesta,
chamada carrapeta e que se encontra descrita em O Livro dos Médiuns. Esse
processo, que exige o concurso de duas pessoas, exclui toda possibilidade de
intromissão das idéias do médium. Aí, tive ensejo de ver comunicações contínuas
e respostas a perguntas formuladas, algumas vezes, até, a perguntas mentais,
que acusavam, de modo evidente, a intervenção de uma inteligência estranha." -( FEB )-
Que façamos nossa parte na obra a que o Senhor nos chamou.
A graça e a paz sejam conosco!
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