"Deus, ou você acredita ou não acredita". -( Anônimo )-
Amados irmãos, bom dia!
Assim como tudo o que existe, somos obras das mãos de Deus. Basta olhar para qualquer lado que enxergamos as provas vivas de sua presença. Que estejamos sempre atentos, vigilantes e gratos por tudo o que nos proporciona.
Provas da existência de Deus
Cada religião [...] explica Deus à sua maneira; cada teoria o
descreve a seu modo. E de tudo isso resulta uma confusão, um caos inextricável.
[...] Dessa confusão, os ateus têm tirado argumentos para negar a existência de
Deus; os positivistas, para o declarar «incognoscível». Como remediar tal
desordem? Como escapar a essas contradições? Da mais simples maneira. Basta
elevarmo-nos acima das teorias e dos sistemas, bastante alto para as ligar em
seu conjunto e pelo que têm de comum. Basta elevarmo-nos até à grande Causa, na
qual tudo se resume e tudo se explica.
Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma
causa e declarar que o nada pode fazer alguma coisa. A prova da existência de
Deus, como dizem os Espíritos Superiores, pode ser encontrada em um [...]
axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a
causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.
Vemos constantemente uma imensidade de efeitos, cuja causa
não está na Humanidade, pois que a Humanidade é impotente para produzi-los, ou,
sequer, para os explicar. [...] Tais efeitos absolutamente não se produzem ao
acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organização do mais pequenino
inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que
circulam, no Espaço, tudo atesta uma ideia diretora, uma combinação, uma
previdência, uma solicitude, que ultrapassam todas as combinações humanas. A
causa é, pois, soberanamente inteligente.
Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se
julga de uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta. Se, fendendo os ares,
um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que hábil atirador
o alvejou, ainda que este último não seja visto. Nem sempre, pois, se faz
necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe. Em tudo, observando
os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.
Outro princípio igualmente elementar e que, de tão
verdadeiro, passou a axioma, é o de que todo efeito inteligente tem que
decorrer de uma causa inteligente. Se perguntassem qual o construtor de certo
mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a si
mesmo? Quando se contempla uma obra prima da arte ou da indústria, diz-se que
há de tê-la produzido um homem de gênio, porque só uma alta inteligência
poderia concebê-la. Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por
se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, a ninguém acudirá a
ideia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, nem, ainda
menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.
Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz,
a causa primária [primeira] é, conseguintemente, uma inteligência superior à
Humanidade. Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha
operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior
há de ser a causa primária [primeira]. Aquela inteligência superior é que é a
causa primária [primeira] de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe deem.
Pois bem! Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da
Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas
obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites
da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode
produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a
menos que se sustente que há efeitos sem causa.
A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia
combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder
inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o
acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso
inteligente já não seria acaso.
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só
pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens
nenhuma revelação tiveram; entretanto, creem instintivamente na existência de
um poder sobre-humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do
homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade. Não
demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas
se fizeram a si mesmas?
Acaso precisamos mais provas que a própria natureza?
Que a graça e a paz sejam conosco!
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