segunda-feira, 8 de junho de 2015

Metodologia e critérios utilizados na codificação espírita.


“... a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.” -( A Gênese – Allan Kardec )-


Amados irmãos, bom dia!
Continuando nossos estudos, hoje veremos a dedicação do professor Rivail na elaboração do seu trabalho.
Vamos observar seu profundo senso profissional e espírito científico.








Metodologia e critérios utilizados na codificação espírita.



“Allan Kardec, como se sabe, não era um cientista no sentido profissional, de especialista neste ou naquele ramo da Ciência, mas tinha cultura científica, espírito científico. A propósito deste assunto, o escritor e jornalista espírita Deolindo Amorim, num de seus artigos dedicados ao Codificador, assim se expressa: Allan Kardec revela-se, em tudo e por tudo, um homem de espírito científico pela sua própria natureza... Todas as condições indispensáveis ao espírito científico nele estão, sem tirar nem pôr, como diz o jargão habitual: em primeiro lugar, a serenidade com que encarou os fatos mediúnicos, com equilíbrio imperturbável, sem negar nem afirmar aprioristicamente; em segundo lugar, o domínio próprio, a fim de não se entusiasmar com os primeiros resultados; em terceiro lugar, o cuidado na seleção das comunicações; em quarto lugar, a prudência nas declarações, sempre com a preocupação de evitar divulgação precipitada de fatos ainda não de todo examinados e comprovados; em quinto lugar, finalmente, a humildade, que é também uma condição do espírito científico, interessado na procura da verdade, antes e acima de tudo. E foi esse espírito científico que o secundou, todo o tempo, no cumprimento da sua missão de Codificador da Doutrina Espírita.



O Espiritismo e a Ciência



Espiritismo e Ciência se completam, Espírito e matéria, de acordo com a Doutrina Espírita, são duas constantes da realidade universal. Assim, Espiritismo e Ciência não são forças antagônicas, mas, ao contrário, completam-se reciprocamente, segundo o pensamento de Kardec, expresso em A Gênese: Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. Ora, como este último princípio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o princípio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.



O Espiritismo não é da alçada da Ciência



O fato de a Ciência oferecer ao Espiritismo apoio e confirmação não garante, no entanto, àquela a competência para se pronunciar em questão de Doutrina Espírita. Eis os argumentos apresentados pelo Codificador, com respeito a este assunto.
As ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que se pode experimentar e manipular livremente; os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade própria e que nos provam a cada instante não se acharem subordinadas aos nossos caprichos. As observações não podem, portanto, ser feitas da mesma forma; requerem condições especiais e outro ponto de partida. Querer submetê-las aos processos comuns de investigação é estabelecer analogias que não existem. A Ciência, propriamente dita, é, pois, como ciência, incompetente para se pronunciar na questão do Espiritismo: não tem que se ocupar com isso e qualquer que seja o seu julgamento, favorável ou não, nenhum peso poderá ter.
É importante considerar-se que, ao referir-se às ciências ordinárias, Kardec fazia alusão às ciências positivas, classificadas por Augusto Comte em: Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia e Sociologia”. -( FEB )-






A graça e a paz sejam conosco!

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