“... a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.” -( A Gênese – Allan Kardec )-
Amados irmãos, bom dia!
Quis o Senhor que a boa nova agora nos fosse revelada pelos próprios Espíritos,a fim de que não restassem dúvidas quanto a veracidade de seus planos.
Que sejam Eles a nos intuir e capacitar quanto à compreensão e a prática em nossa caminhada.
O controle universal dos ensinos dos Espíritos
"Dois importantes critérios, igualmente tomados à metodologia científica,
foram adotados por Kardec na difícil tarefa de reunir informações para a elaboração
da Doutrina Espírita: a generalidade (ou universalidade) e a concordância
dos ensinos dos Espíritos. Esses critérios, com o suporte do uso da razão, do bom
senso e da lógica rigorosa emprestam à Doutrina Espírita força e autoridade,
como podemos constatar na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por mais rápido caminho e
mais autêntico. Incumbiu, pois, os Espíritos de levá-la de um pólo a outro, manifestando-se
por toda a parte, sem conferir a ninguém o privilégio de lhes ouvir a palavra.
Um homem pode ser ludibriado, pode enganar-se a si mesmo; já não será assim,
quando milhões de criaturas vêem e ouvem a mesma coisa. Constitui isso uma garantia
para cada um e para todos. Ao demais, pode fazer-se que desapareça um
homem; mas não se pode fazer que desapareçam as coletividades; podem queimar-se
os livros, mas não se podem queimar os Espíritos. Ora, queimassem-se todos os
livros e a fonte da doutrina não deixaria de conservar-se inexaurível, pela razão
mesma de não estar na Terra, de surgir em todos os lugares e de poderem todos
dessedentar-se nela.
Não será à opinião de um homem que se aliarão os outros,
mas à voz unânime dos Espíritos; não será um homem, como não será – qualquer
outro, que fundará a ortodoxia espírita; tampouco será um Espírito que se venha
impor a quem quer que seja: será a universalidade dos Espíritos que se comunicam
em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina Espírita;
essa a sua força, a sua autoridade. Quis Deus que a sua lei assentasse em base
inamovível e por isso não lhe deu por fundamento a cabeça frágil de um só.
O
primeiro exame comprobativo [das mensagens dos Espíritos] é, pois, sem contradita,
o da razão, ao qual cumpre se submeta, sem exceção, tudo o que venha dos
Espíritos. Toda teoria em manifesta contradição com o bom senso, com uma lógica
rigorosa e com os dados positivos já adquiridos, deve ser rejeitada, por mais respeitável que seja o nome que traga como assinatura. Incompleto, porém, ficará esse exame
em muitos casos, por efeito da falta de luzes de certas pessoas e das tendências de
não poucas a tomar as próprias opiniões, como juízes únicos da verdade. Assim
sendo, que hão de fazer aqueles que não depositam confiança absoluta em si mesmos?
Buscar o parecer da maioria e tomar por guia a opinião desta. De tal modo é
que se deve proceder em face do que digam os Espíritos, que são os primeiros a nos
fornecer os meios de consegui-lo.
Uma só garantia séria existe para o ensino dos
Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente,
servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em
vários lugares.
Essa [concordância] a base em que nos apoiamos, quando formulamos um
princípio da doutrina. Não é porque esteja de acordo com as nossas idéias que o
temos por verdadeiro. Não nos arvoramos, absolutamente, em árbitro supremo da
verdade e a ninguém dizemos: «Crede em tal coisa, porque somos nós que vo-lo
dizemos.» A nossa opinião não passa, aos nossos próprios olhos, de uma opinião
pessoal, que pode ser verdadeira ou falsa, visto não nos considerarmos mais infalível
do que qualquer outro. Também não é porque um princípio nos foi ensinado que,
para nós, ele exprime a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância.
Na posição em que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil
centros espíritas sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo-nos
em condições de observar sobre que princípio se estabelece a concordância. Essa
observação é que nos tem guiado até hoje e é a que nos guiará em novos campos que
o Espiritismo terá de explorar. Porque, estudando atentamente as comunicações vindas
tanto da França como do estrangeiro, reconhecemos, pela natureza toda especial
das revelações, que ele tende a entrar por um novo caminho e que lhe chegou o
momento de dar um passo para diante. Essas revelações, feitas muitas vezes com
palavras veladas, hão freqüentemente passado despercebidas a muitos dos que as
obtiveram. Outros julgaram-se os únicos a possuí-las. Tomadas insuladamente, elas,
para nós, nenhum valor teriam; somente a coincidência lhes imprime gravidade.
Depois, chegado o momento de serem entregues à publicidade, cada um se lembrará
de haver obtido instruções no mesmo sentido. Esse movimento geral, que observamos
e estudamos, com a assistência dos nossos guias espirituais, é que nos auxilia a
julgar da oportunidade de fazermos ou não alguma coisa. Essa verificação universal
constitui uma garantia para a unidade futura do Espiritismo e anulará todas as
teorias contraditórias. Aí é que, no porvir, se encontrará o critério da verdade. O que
deu lugar ao êxito da doutrina exposta em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns foi que em toda a parte todos receberam diretamente dos Espíritos a confirmação
do que esses livros contêm.
Retomando, em A Gênese, esse assunto, Kardec assim se expressa: Generalidade
e concordância no ensino, esse o caráter essencial da doutrina, a condição
mesma da sua existência, donde resulta que todo princípio que ainda não haja
recebido a consagração do controle da generalidade não pode ser considerado parte
integrante dessa mesma doutrina. Será uma simples opinião isolada, da qual não
pode o Espiritismo assumir a responsabilidade. Essa coletividade concordante da
opinião dos Espíritos, passada, ao demais, pelo critério da lógica, é que constitui a
força da Doutrina Espírita e lhe assegura a perpetuidade. Para que ela mudasse,
fora mister que a universalidade dos Espíritos mudasse de opinião e viesse um dia
dizer o contrário do que dissera. Pois que ela tem sua fonte de origem no ensino dos
Espíritos, para que sucumbisse, seria necessário que os Espíritos deixassem de existir.
É também o que fará que prevaleça sobre todos os sistemas pessoais, cujas raízes não se encontram por toda parte, como com ela se dá". -( FEB )-
A graça e a paz sejam conosco!
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