“... a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.” -( A Gênese – Allan Kardec )-
Amados irmãos, bom dia!
Que o Mestre possa está renovando nossas energias a cada momento, no intuito de sermos melhores do que fomos ontem e na intenção que através do conhecimento, possamos entender o porque devemos ser melhores e assim ajudar a desenvolver estes planeta com mais paz, harmonia e amor.
A Codificação Espírita
"Verdadeira enciclopédia de ensinamentos transcendentais, a
Codificação [...] foi o fruto, sazonado e bendito, de um plano arquitetado
na Espiritualidade, havendo um de seus elaboradores concretizado
a parte que lhe cabia desempenhar, já encarnado na Terra:
Allan Kardec.
A Codificação Espírita compreende as seguintes obras,
obedecendo à ordem de publicação: O Livro dos Espíritos (18
de abril de 1857); O Livro dos Médiuns (janeiro de 1861); O
Evangelho segundo o Espiritismo (abril de 1864); O Céu e o Inferno
(agosto de 1865); A Gênese (janeiro de 1868). Cada obra
contém a matéria exatamente necessária ao seu entendimento à
época, mas, como a Doutrina é progressiva, embora os ensinamentos
básicos perdurem, estes são complementados por estudos
posteriores, sem que nada se modifique nos alicerces doutrinários
expostos pelos Espíritos e por Kardec.
As Obras Básicas
O Livro dos Espíritos
O Livro dos Espíritos, a primeira obra da Codificação, encerra
as bases fundamentais do Espiritismo. De acordo com a
folha de rosto, aí estão exarados os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas
relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura
e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns – recebidos e
coordenados por Allan Kardec.
A 1ª edição, com 501 questões,
contém o ensino dado pelos Espíritos, liderados pelo Espírito de
Verdade. Receberam as mensagens as jovens médiuns Caroline
e Julie Baudin , assim como a senhorita Japhet e outros médiuns.
Na segunda edição, que Kardec considerava definitiva, outros
médiuns são utilizados. A obra, bem mais desenvolvida, se compõe,
nesta edição, de 1018 questões, notas aditivas e comentários.
Este livro, em sua estrutura geral, apresenta:
Introdução, composta de 17 itens, contém uma síntese da
Doutrina Espírita. É aí que aparecem os termos espírita,
espiritista e Espiritismo, criados por Kardec para indicar a crença na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo
corporal.
Prolegômenos (*), que, encimados pela cepa (**) desenhada pelos próprios
Espíritos, dão a conhecer a maneira como foi revelada a Doutrina; a autoria e
finalidade do livro; os Espíritos que concorreram para a execução da obra, e
trechos das mensagens transmitidas a Kardec sobre a sua missão de escrever O
Livro dos Espíritos.
Corpo da obra, dividido em quatro partes, de acordo com a tábua das matérias a saber:
Parte primeira — Causas primárias: Deus. Elementos gerais do Universo.
Criação. Princípio Vital.
Parte segunda — Mundo espírita ou mundo dos Espíritos: Os Espíritos. A
encarnação dos Espíritos. A volta do Espírito, extinta a
vida corpórea, à vida espiritual. A pluralidade das existências.
A vida espírita. A volta do Espírito à vida corporal.
A emancipação da alma. A intervenção dos Espíritos
no mundo corporal. As ocupações e missões dos Espíritos.
Os três reinos.
Parte terceira — Leis Morais: Lei divina ou natural. Leis de adoração; trabalho;
reprodução; conservação; destruição; sociedade;
progresso; igualdade; liberdade; justiça, amor e caridade.
A perfeição moral.
Parte quarta — Esperanças e consolações: Penas e gozos terrenos. Penas e
gozos futuros.
Conforme se pode observar, a divisão das matérias não foi feita de modo
arbitrário, mas, ao contrário, denota correspondência lógica, seqüência de pensamento.
As matérias aí contidas, distribuídas em ordem metodológica, partem
das questões mais gerais para as especiais e, de igual modo, começam por especulações
na ordem transcendental, indo até aos problemas práticos, próprios da
natureza humana.
Conclusão, composta de nove itens, na qual o Codificador mostra as conseqüências
futuras dos atos da nossa vida presente e, retomando os conceitos
básicos da Doutrina Espírita, dá harmonioso arremate à obra.
(*) Prolegômenos: Introdução geral de uma obra. Prefácio.
(**) Cepa – Tronco de videira. Parte da planta a que se cortou o caule e que permanece viva no
solo.
Quanto à autoria de O Livro dos Espíritos, Kardec a atribui aos Espíritos.
Eis o que nos afirma nos Prolegômenos: Este livro é o repositório de seus ensinos.
Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os
fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema.
Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha
sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim
como as notas e a forma de algumas partes da redação, constituem obra daquele que
recebeu a missão de os publicar. Por outro lado, afirma Hermínio Miranda, não
é intenção dos mensageiros espirituais – ao que parece – ditar um trabalho pronto e
acabado, como um «flash» divino, de cima para baixo. Deixam a Kardec [naturalmente
inspirado por eles] a iniciativa de elaborar as perguntas e conceber não a
essência do trabalho, mas o plano geral da sua apresentação aos homens. A obra [...]
é um diálogo no qual o homem encarnado busca aprender com irmãos mais experimentados
novas dimensões da verdade. É preciso, pois, que as questões e as dúvidas
sejam levantadas do ponto de vista humano, para que o mundo espiritual as esclareça na linguagem simples da palestra [...].
Em suma, O Livro dos Espíritos é um repositório de princípios fundamentais
de onde emergem inúmeras «tomadas» para outras tantas especulações, conquistas
e realizações. Nele estão os germes de todas as grandes idéias que a humanidade
sonhou pelos tempos afora, mas os Espíritos não realizam por nós o nosso trabalho.
Em nenhum outro cometimento humano vê-se tão claramente os sinais de uma
inteligente, consciente e preestabelecida coordenação de esforços entre as duas faces
da vida – a encarnada e a desencarnada". -( FEB )-
Que a graça e a paz sejam conosco!
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