"Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram?
São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada". - O Livro dos Espíritos - questão 114 - Allan Kardec -
Amados irmãos, bom dia!
O tema que ora iniciamos é mais uma prova do amor de nosso Pai celestial, pois, nos deu a oportunidade de sermos cooperadores em nossa evolução. Que saibamos aproveitar a oportunidade e trabalharmos com alegria para nosso amadurecimento.
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Progressão dos Espíritos
Ensina a
Doutrina Espírita que Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto
é, sem [nenhum] saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de
esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo
conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles
encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe
é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas
provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a
suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados
da perfeição e da prometida felicidade.
Os Espíritos,
portanto, não foram criados uns bons e outros maus. Todos tiveram como ponto de
partida a simplicidade e a ignorância, chegando à perfeição por meio das provas
que lhes são impostas por Deus para atingi-la. Essas provas são por eles
enfrentadas durante as reencarnações, necessárias ao seu progresso.
A passagem dos
Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por
meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes
necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes
auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem
de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu
para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a
cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência,
uma injustiça. Mas, a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado
transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira
experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo
essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação
e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da
liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que
demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação.
Deflui desses
ensinos a importância do livre-arbítrio para a progressão dos Espíritos.
Contudo, como poderiam esses Espíritos, em sua origem, quando ainda não possuem
consciência de si mesmos, escolher entre o bem e o mal? Haveria neles algum
princípio ou alguma tendência que os encaminhasse para um caminho em relação a
outro? Essa pergunta, formulada por Kardec aos Espíritos Superiores, recebeu
desses a seguinte resposta: O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito
adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a
escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A
causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da
sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do
homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.
Acrescentam os
Espíritos Superiores que essas influências acompanham o Espírito [...] até que
haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistem de
obsidiá-lo.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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