"Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." -( Paulo aos Romanos, 15: 4 )-
Amados irmãos, bom dia!
A esperança é a luz do cristão, por isso nos disse nosso mestre: "Vinde a mim...". Ele está sempre com os braços abertos para nos acolher, mesmo que não mereçamos.
Depositemos nossa esperança no Senhor e busquemos sua consolação em sua palavra.
Informações históricas
“A Bíblia nos relata que
Abraão teve dois filhos: Isaque, nascido de sua esposa Sara, e Ismael, de sua
escrava egípcia, Hagar. (Gênesis, 21:1-21; Atos dos Apóstolos, 7: 2-8) Isaque,
considerado o legítimo herdeiro, casou-se com Rebeca (Gênesis, 24) e teve dois
filhos: Esaú e Jacó. Este, cuja progenitura ganhou do irmão em troca de um
prato de lentilhas, casou-se com Raquel, com quem teve dois filhos: José e
Benjamim. No entanto, Jacó teve mais dez filhos, cinco de Lia, irmã de Raquel,
com quem se casara primeiro, e cinco de escravas. (Gênesis, 35: 23-26). Os
hebreus, descendentes de Jacó, chamavam a si próprios de filhos de Israel ou
israelitas, e formaram as doze tribos de Israel. Os irmãos de José venderam-no
como escravo ao faraó egípcio, mas, em razão de sua sabedoria e influência,
tornou-se vice-rei do Egito (Gênesis, 37:1-36. Atos dos Apóstolos, 7:8-10).
Devido à fome reinante, os
judeus foram viver no Egito, inclusive os irmãos de José (Gênesis, 42 a 50).
Por influência deste, os judeus se tornaram numerosos no Egito. No entanto,
ocorrendo substituição no trono egípcio, o novo faraó temendo que os filhos de
Israel se tornassem demasiadamente poderosos, como estava acontecendo,
tornou-os escravos (Atos dos Apóstolos, 7:11-18). O povo hebreu esteve cativo
no Egito por cerca de 400 anos, oprimido por penosos trabalhos de construção e
de cultivo de cereais. Mais tarde, o faraó determinou que se lançassem ao Nilo
todos os meninos hebreus, recém-nascidos para que não se mantivesse a
progenitura racial judaíca (Êxodo, 1:15-22; Atos dos Apóstolos, 7).
Uma das mães israelitas, da
casa de Levi (um dos filhos de Jacó), teve um filho, escondendo-o durante três
meses. Porém, não podendo conservá-lo oculto por mais tempo, tomou um cesto de
junco betumado com resina e pez, acomodou dentro o menino e deixou o cesto
boiar entre os canaviais, à margem do rio Nilo. A irmã do menino conservou-se
escondida a alguma distância para ver o que aconteceria. Chegou a filha do
faraó e, vendo o cesto no meio do canavial, mandou uma criada buscá-lo. Abriu-o
e viu o menino chorando. Ficou cheia de pena e disse: “É um filho de hebreus”.
A irmã da criança aproximou-se e perguntou: “Quereis que vá chamar uma mulher
israelita para amamentar esse menino?” Ela respondeu: “Vai, sim”. A menina foi
chamar a própria mãe, que, sob a proteção da filha do faraó, amamentou o menino
e acompanhou de perto sua educação, sem revelar o parentesco que havia entre
ambos. A mãe adotiva de Moisés deu-lhe este nome porque das águas o tinha
tirado (Êxodo, 2:1-10). Moisés, judeu de nascimento, foi, portanto, educado por
uma egípcia da casa real (Atos dos Apóstolos, 7:20-22)
Estando Moisés com
aproximadamente 40 anos, não suportava mais ver a aflição dos israelitas,
cativos do rei do Egito. Certa vez, ao ver um judeu sendo maltratado, Moisés
defendeu o irmão de raça, matando ou ferindo o egípcio (Êxodo, 2:11-12. Atos
dos Apóstolos, 7:23-24). Sentenciado à morte pelo faraó, Moisés fugiu para a
terra de Midian (ou Madian), vivendo com a família de Jetro, um sacerdote.
Moisés casa-se, então com Zípora, uma das seis filha do sacerdote, com quem
teve um filho chamado Gérson (Êxodo, 2:15-22) e, mais tarde, outro de nome
Elieser. Na solidão do deserto, cuidando de ovelhas, Moisés meditava a respeito
de tudo o que lhe tinha ocorrido, desde o nascimento. Elaborou então um plano
que serviria, no futuro, de base para a constituição da fé judaica. O
sofrimento e a solidão do deserto fizeram Moisés entender que os deuses
egípcios jamais ajudariam os hebreus, cujas práticas devocionais eram muito
simples, se comparadas com os rituais egípcios. Percebeu, assim que todos os
descendentes de Jacó adoravam ídolos caseiros, os therafins tribais, e os
obscuros deuses da natureza, os elohins. Moisés concluiu, por inspiração, que,
na verdade, existia apenas um único e poderoso Deus, capaz de agir sobre os
demais e sobre todas as coisas, tal como um século antes afirmara o faraó
Amenotep IV, que pregava a existência de um único Deus (a divindade solar
Athen/Athon) (Êxodo, 3 e 4).” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
119. Não podia Deus isentar os Espíritos das provas que
lhes cumpre sofrer para chegarem à primeira ordem?
“Se Deus os houvesse criado perfeitos, nenhum mérito
teriam para gozar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria
o merecimento sem a luta? Demais, a desigualdade
entre eles existente é necessária às suas personalidades.
Acresce ainda que as missões que desempenham nos diferentes
graus da escala estão nos desígnios da Providência,
para a harmonia do Universo.”
Pois que, na vida social, todos os homens podem chegar às
mais altas funções, seria o caso de perguntar-se por que o soberano
de um país não faz de cada um de seus soldados um general;
por que todos os empregados subalternos não são funcionários superiores; por que todos os colegiais não são mestres. Ora,
entre a vida social e a espiritual há esta diferença: enquanto que
a primeira é limitada e nem sempre permite que o homem suba
todos os seus degraus, a segunda é indefinida e a todos oferece a
possibilidade de se elevarem ao grau supremo.
Que a graça e a paz sejam conosco!