terça-feira, 31 de maio de 2016

Moisés, o mensageiro da primeira revelação


"Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." -( Paulo aos Romanos,  15: 4 )-




Amados irmãos, bom dia!
A esperança é a luz do cristão, por isso nos disse nosso mestre: "Vinde a mim...". Ele está sempre com os braços abertos para nos acolher, mesmo que não mereçamos. 
Depositemos nossa esperança no Senhor e busquemos sua consolação em sua palavra.








Informações históricas

“A Bíblia nos relata que Abraão teve dois filhos: Isaque, nascido de sua esposa Sara, e Ismael, de sua escrava egípcia, Hagar. (Gênesis, 21:1-21; Atos dos Apóstolos, 7: 2-8) Isaque, considerado o legítimo herdeiro, casou-se com Rebeca (Gênesis, 24) e teve dois filhos: Esaú e Jacó. Este, cuja progenitura ganhou do irmão em troca de um prato de lentilhas, casou-se com Raquel, com quem teve dois filhos: José e Benjamim. No entanto, Jacó teve mais dez filhos, cinco de Lia, irmã de Raquel, com quem se casara primeiro, e cinco de escravas. (Gênesis, 35: 23-26). Os hebreus, descendentes de Jacó, chamavam a si próprios de filhos de Israel ou israelitas, e formaram as doze tribos de Israel. Os irmãos de José venderam-no como escravo ao faraó egípcio, mas, em razão de sua sabedoria e influência, tornou-se vice-rei do Egito (Gênesis, 37:1-36. Atos dos Apóstolos, 7:8-10).

Devido à fome reinante, os judeus foram viver no Egito, inclusive os irmãos de José (Gênesis, 42 a 50). Por influência deste, os judeus se tornaram numerosos no Egito. No entanto, ocorrendo substituição no trono egípcio, o novo faraó temendo que os filhos de Israel se tornassem demasiadamente poderosos, como estava acontecendo, tornou-os escravos (Atos dos Apóstolos, 7:11-18). O povo hebreu esteve cativo no Egito por cerca de 400 anos, oprimido por penosos trabalhos de construção e de cultivo de cereais. Mais tarde, o faraó determinou que se lançassem ao Nilo todos os meninos hebreus, recém-nascidos para que não se mantivesse a progenitura racial judaíca (Êxodo, 1:15-22; Atos dos Apóstolos, 7).
Uma das mães israelitas, da casa de Levi (um dos filhos de Jacó), teve um filho, escondendo-o durante três meses. Porém, não podendo conservá-lo oculto por mais tempo, tomou um cesto de junco betumado com resina e pez, acomodou dentro o menino e deixou o cesto boiar entre os canaviais, à margem do rio Nilo. A irmã do menino conservou-se escondida a alguma distância para ver o que aconteceria. Chegou a filha do faraó e, vendo o cesto no meio do canavial, mandou uma criada buscá-lo. Abriu-o e viu o menino chorando. Ficou cheia de pena e disse: “É um filho de hebreus”. A irmã da criança aproximou-se e perguntou: “Quereis que vá chamar uma mulher israelita para amamentar esse menino?” Ela respondeu: “Vai, sim”. A menina foi chamar a própria mãe, que, sob a proteção da filha do faraó, amamentou o menino e acompanhou de perto sua educação, sem revelar o parentesco que havia entre ambos. A mãe adotiva de Moisés deu-lhe este nome porque das águas o tinha tirado (Êxodo, 2:1-10). Moisés, judeu de nascimento, foi, portanto, educado por uma egípcia da casa real (Atos dos Apóstolos, 7:20-22)

Estando Moisés com aproximadamente 40 anos, não suportava mais ver a aflição dos israelitas, cativos do rei do Egito. Certa vez, ao ver um judeu sendo maltratado, Moisés defendeu o irmão de raça, matando ou ferindo o egípcio (Êxodo, 2:11-12. Atos dos Apóstolos, 7:23-24). Sentenciado à morte pelo faraó, Moisés fugiu para a terra de Midian (ou Madian), vivendo com a família de Jetro, um sacerdote. Moisés casa-se, então com Zípora, uma das seis filha do sacerdote, com quem teve um filho chamado Gérson (Êxodo, 2:15-22) e, mais tarde, outro de nome Elieser. Na solidão do deserto, cuidando de ovelhas, Moisés meditava a respeito de tudo o que lhe tinha ocorrido, desde o nascimento. Elaborou então um plano que serviria, no futuro, de base para a constituição da fé judaica. O sofrimento e a solidão do deserto fizeram Moisés entender que os deuses egípcios jamais ajudariam os hebreus, cujas práticas devocionais eram muito simples, se comparadas com os rituais egípcios. Percebeu, assim que todos os descendentes de Jacó adoravam ídolos caseiros, os therafins tribais, e os obscuros deuses da natureza, os elohins. Moisés concluiu, por inspiração, que, na verdade, existia apenas um único e poderoso Deus, capaz de agir sobre os demais e sobre todas as coisas, tal como um século antes afirmara o faraó Amenotep IV, que pregava a existência de um único Deus (a divindade solar Athen/Athon) (Êxodo, 3 e 4).” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







119. Não podia Deus isentar os Espíritos das provas que lhes cumpre sofrer para chegarem à primeira ordem? 

“Se Deus os houvesse criado perfeitos, nenhum mérito teriam para gozar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria o merecimento sem a luta? Demais, a desigualdade entre eles existente é necessária às suas personalidades. Acresce ainda que as missões que desempenham nos diferentes graus da escala estão nos desígnios da Providência, para a harmonia do Universo.” 

Pois que, na vida social, todos os homens podem chegar às mais altas funções, seria o caso de perguntar-se por que o soberano de um país não faz de cada um de seus soldados um general; por que todos os empregados subalternos não são funcionários superiores; por que todos os colegiais não são mestres. Ora, entre a vida social e a espiritual há esta diferença: enquanto que a primeira é limitada e nem sempre permite que o homem suba todos os seus degraus, a segunda é indefinida e a todos oferece a possibilidade de se elevarem ao grau supremo.




Que a graça e a paz sejam conosco!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

A cabala judaica - O calendário religioso


"Guardai-vos dos maus obreiros." -( Paulo aos Filipenses, 3: 2 )-



Amados irmãos, bom dia!
O conselho do Apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação, portanto, lembremos de guardar distância do que não nos convém.
Ainda vivemos em meio a tanta dificuldade devido à dureza do coração dos que não querem conhecer a verdade.
Que nosso Mestre Jesus e os bons Espíritos sejam conosco a nos intuir na prática do bom caminho.







“A Cabala é uma das correntes místicas do Judaísmo. O termo significa literalmente recepção e, por extensão, tradição. Também pode ser traduzido como recebimento, e transmissão de ensinamentos, porque os judeus místicos afirmam que a Lei escrita só poderia ser explicada pela Lei oral, ensinada de acordo com as pessoas e circunstâncias, secretamente. Essa tradição oral é transmitida de geração a geração durante milênios. Trata-se de um tema tão misterioso que, durante séculos, só homens casados e com mais de quarenta anos eram autorizados a estudá-lo. Esta regra já não é totalmente aceita e, hoje, homens e mulheres estudam os princípios básicos da Cabala.

Exige-se um certo grau de sabedoria e de maturidade espirituais para um judeu aprender “interpretá-lo fielmente, nas épocas remotas. [...] Os livros dos profetas israelitas estão saturados de palavras enigmáticas e simbólicas, constituindo um monumento parcialmente decifrado da ciência secreta dos hebreus.” Poucos judeus conhecem ou conheceram profundamente a Cabala. Moisés foi um deles. Para os místicos judeus, somente através da Cabala conseguiremos eliminar definitivamente a guerra, as destruições e as maldades existentes no mundo. O primeiro cabalista teria sido o patriarca Abraão. Ele teria visto as maravilhas da existência humana e dos mundos mais elevados. O conhecimento adquirido por Abraão teria sido transmitido oralmente aos seus descendentes. O primeiro trabalho sobre a Cabala, o Sefer Yetzirah, ou Livro da criação, é atribuído a Abraão. Esse texto básico da Cabala ensina que existem trinta e dois caminhos da sabedoria organizados, por sua vez, em dez itens denominados Sefirot ou Luzes divinas.
Estas luzes divinas, representadas nas 22 letras do alfabeto hebraico, são canais que o Criador utilizou na obra da criação. As letras são consideradas os alicerces ou vasos da criação, e incluem todas as combinações e permutações através das quais Deus criou o mundo com palavras. A Cabala procura, essencialmente, descobrir a origem de tudo o que existe: o Universo e a Terra; o ser humano, sua vida e morte; o mal; a senda do bem; o poder da prece etc.

O Antigo Testamento é um repositório de conhecimentos secretos, dos iniciados do povo judeu, e somente os grandes mestres da raça poderiam. A grande contradição do Judaísmo é, sem dúvida, a não aceitação do Cristo como o seu Messias.

A verdade, porém, é que Jesus, chegando ao mundo, não foi absolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes não esperavam que o Redentor procurasse a hora mais escura da noite para surgir na paisagem terrestre. Segundo a sua concepção, o Senhor deveria chegar no carro magnificente de suas glórias divinas, trazido do Céu à Terra pela legião dos seus tronos e anjos; deveria humilhar todos os reis do mundo, conferindo a Israel o cetro supremo da direção de todos os povos do planeta; deveria operar todos os prodígios, ofuscando a glórias dos Césares.
Para os judeus, a vinda do Messias à Terra, surgindo sobre nuvens, com grande majestade, cercado de seus anjos e ao som de trombetas, tinha um significado muito maior do que a simples vinda de uma entidade investida apenas de poder moral. Por isso mesmo, os judeus, que esperavam no Messias um rei terreno, mais poderoso do que todos os outros reis, destinado a colocar-lhes a nação à frente de todas as demais e a reerguer o trono de Davi e o de Salomão, não quiseram reconhecê-lo no humilde filho de um carpinteiro, sem autoridade material. No entanto, estejamos certos: Jesus acompanha-lhe a marcha dolorosa através dos séculos de lutas expiatórias regeneradoras. Novos conhecimentos dimanam do Céu para o coração dos seus patriarcas e não tardará muito tempo para que vejamos os judeus compreendendo integralmente a missão sublime do verdadeiro Cristianismo e aliando-se a todos os povos da Terra para a caminhada salvadora, em busca da edificação de um mundo melhor.

O Judaísmo possui um calendário litúrgico ou religioso, conhecido como Círculo Sagrado, cujas festas principais são:

» Rosh Hashaná: Ano-novo (mais ou menos em setembro). É o dia da comemoração do aniversário da criação do mundo e o dia em que o eterno abre o livro da vida e da morte, escrevendo nele os atos que todos os viventes realizaram durante o ano.

» Yom Kippur: Dia da Expiação (também em setembro). Esse é o dia mais sagrado do ano. Os judeus adultos passam-no na Sinagoga, em orações e súplicas, observando um rigoroso jejum de 25 horas, buscando o perdão divino para os seus pecados. Reza a tradição que neste dia Deus fecha o livro da vida e da morte, selando o destino de cada indivíduo para o ano seguinte.

» Pessach: Páscoa. É celebrada aproximadamente em 14 de abril, no início da primavera. Comemorando-se a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. São oito dias de comemoração.

» Shavuot: Festa das Semanas (mais ou menos em maio). É a festa máxima do Judaísmo, pois comemora a entrega da Torá (feita por Deus) a Moisés, no monte Sinai. Ela também é conhecida como Hag ha Bicurim (Festa das Primícias).” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







118. Podem os Espíritos degenerar? 

“Não; à medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

domingo, 29 de maio de 2016

Os livros sagrados do Judaísmo


"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade." -( II Timóteo, 2: 16 )-




Amados irmãos, bom dia!
Muitas vezes o silêncio nos é mais importante que o desperdício de palavras. A palavra digna infunde consolação e vida. Observemos com atenção o poder delas e busquemos nos orientar pelas palavras do nosso Mestre Jesus, a fim de que sejamos bençãos na vida dos irmãos.










“Os ensinamentos religiosos do Judaísmo estão consolidados nas obras que se seguem, consideradas sagradas.

Torah – A palavra Torah significa a correta direção e, por extensão, “ensinamento”, “doutrina” ou “lei”. A base da Torah é o pentateuco moisaico, existente no Velho Testamento, e que representa a Lei escrita de Deus, cujo núcleo central é o Decálogo.

O primeiro livro é Gênesis (Bereshit), que trata da origem do mundo e do homem;

o segundo é Êxodo (Shemot), que narra a fuga dos judeus do cativeiro do Egito;

o terceiro é Levítico (Vayikra), que trata das práticas sacerdotais;

o quarto é Números (Bamidbar), que traz o recenseamento do povo judeu;

o quinto livro é Deuteronômio (Devarim), com discursos de Moisés e o código de leis familiares, civis e militares.

Existe também a Torah oral (Lei oral ou Mishnah), que explica o Pentateuco moisaico. A Torah é um rolo de pele de animal Kosher (diz-se de animais ruminantes que possuem pata fendida, tais como: boi, cervo e ovelha/ carneiro), contendo os cinco primeiros livros bíblicos. As cópias da Torah, existentes em todas as sinagogas do mundo, têm exatamente o mesmo texto.
Os Profetas (Neviim): Trata-se da mais antiga história escrita de que há registro no mundo. Esses livros surgiram muito antes de haver algo como a história comparada ou a análise de fontes. No entanto, o objetivo dos livros históricos do Antigo Testamento não era propriamente registrar a história, e sim dar a ela uma interpretação religiosa.
Dois dos livros históricos receberam nomes de mulher. Os livros de Rute e de Ester são histórias curtas e belas, com mulheres no papel principal.
Os livros proféticos são Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze Profetas Menores, assim chamados por causa da brevidade de suas obras: Oséas, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Segundo seu próprio testemunho, os profetas foram chamados para proclamar a vontade de Deus. Muitas vezes eles usam a fórmula: “Diz o Senhor”.

Escritos poéticos – Entre estes, há os 150 Salmos, que representam os escritos de maior significado histórico e religioso do Velho Testamento. Surgiram, possivelmente, em 587 a.C., antes da destruição de Jerusalém. Foram elaborados para os serviços do templo e para a comemoração das festas judaicas. Cerca de metade dos salmos é de Davi, significando isto que muitos foram escritos por este ou para este rei.
Outro escrito poético, reconhecidamente de notável beleza, é o Livro de Jó, que aborda o significado do sofrimento e a justiça de Deus.
Talmud/Talmute ou “estudo”, é a principal obra do Judaísmo rabínico, porque, segundo a tradição, Moisés não recebeu apenas a Lei escrita de Deus (Torah), mas também a Lei falada, que deveria ser transmitida oralmente para complementar o entendimento do que está escrito.
Essa é a forma que os rabinos orientam os seus fiéis e estudam os ensinamentos do Judaísmo. Do Talmute originam-se todas as normas haláquicas (fundamentos das leis judaicas) e as orientações não haláquicas (aggaadah): ensinos éticos e interpretação de textos bíblicos. O Talmute expressa a essência da cultura e da religião judaicas, assim como o caminho espiritual que o povo judeu deve seguir.
Há dois tipos de Talmute: o da Babilônia e o de Jerusalém. O Talmud Babilônico consiste na compilação das leis, inclusive a Torah, tradições, preceitos morais, comentários, interpretações e debates registrados nas academias rabínicas da Babilônia e de Israel, por volta do século quinto, abrangendo um período de mil anos (do século V a.C. ao V d.C.), aproximadamente. O Talmud de Jerusalém foi publicado um século antes do Babilônico.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







117. Depende dos Espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente para a perfeição? 


“Certamente. Eles a alcançam mais ou menos rápido, conforme o desejo que têm de alcançá-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra recalcitrante?”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sábado, 28 de maio de 2016

A religião judaica


"Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude." -( I Coríntios, 4: 19 )-



Amados irmãos, bom dia!
Muitos se prendem apenas nas obras materiais pensando assim, justificar seu vazio interior, mas, sem as obras interiores, as virtudes reais, nada seremos.
Busquemos sempre a sinceridade conosco a fim de sejamos verdadeiramente compromissados com a verdade. Isso sim alegra o coração do nosso Pai.










“O Judaísmo é a primeira religião monoteísta da Humanidade. Fundamenta-se na revelação dos Dez Mandamentos transmitidos por Deus (Yaweh) a Moisés. O Decálogo é considerado o evento fundador da religião de Israel. Religião que tem como princípio a ideia da existência de Deus único, Criador supremo.

Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações. Examinando esse povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. Conscientes da superioridade de seus valores, nunca perdeu a oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão perfeita com as demais raças do orbe. Entretanto,  antecipando-se às conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana e imorredoura.

Um dos maiores teólogos do Judaísmo, Moses Maimônides (1135–1204), desenvolveu treze artigos de fé, intrinsecamente fundamentados na crença em Deus único, e que são aceitos como o referencial da religião pelo Judaísmo tradicional. O Judaísmo possui uma unidade doutrinária simbolizada:

a) na Torá (ou Torah), ou lei judaica — revelação representada pelo Pentateuco de Moisés (não possuindo, durante séculos, um país considerado como próprio, os judeus mantiveram a coesão religiosa pelo estudo dos livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio);

b) na conquista da liberdade, obtida pela retirada do Egito, travessia do Mar Vermelho e conquista de Canaã;

c) libertação do cativeiro egípcio, conhecida como Páscoa judaica;

d) no conceito de nação, constituído durante a peregrinação de quarenta anos no deserto, e na chegada à Terra Prometida (Canaã);

e) na crença de serem os judeus o povo eleito por Deus (entendem que, ao serem escolhidos por Deus, eles assumiram o fardo de ser povo antes de experimentar os prazeres e a segurança da nacionalidade).

A noção de povo escolhido pela Divindade é uma tradição religiosa que passa, de geração a geração, como artigo de fé. Era [...] crença comum aos judeus de então (época do Cristo) que a nação deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como sempre, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material. [...] Entretanto [...], os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior. O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas [...].

Um ponto doutrinário fundamental da religião judaica é que não é a fé nem a contemplação que solidificam a relação entre o homem e Deus, mas a ação: isto é, Deus determina, o homem cumpre a sua vontade. Sendo assim, o judeu deve conhecer Deus não por meio da especulação mística ou filosófica, mas pelo estudo de sua palavra escrita — a Torá — , pela prece, pela prática da caridade, e pelas ações que promovem a harmonia.
A lei moisaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis [...] foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito. Moisés [...] foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.

Para a fé judaica, Deus é uma presença ativa no mundo, de forma abrangente, e na vida de cada pessoa, isoladamente. Deus não criou simplesmente a Humanidade e dela se afastou, deixando-a entregue a si mesma. Ao contrário, a Humanidade é totalmente dependente de Deus para evoluir e para ser feliz. Como Deus é também pessoal, está envolvido diretamente em todos os aspectos da vida de cada pessoa, podendo responder, em particular, às aspirações individuais durante a prece. Por este motivo, os judeus oram três vezes ao dia (manhã, tarde e noite), nas práticas do Shabat (sétimo dia da semana, reservado ao descanso) e nas festas religiosas. Os judeus não aceitam o dogma do pecado original, defendido pelos católicos e protestantes. Analisam que esses religiosos fizeram interpretação literal do livro Gênesis. Os rabinos escreveram no Talmud, item 31: “O sentimento profundo de nossa liberdade moral se recusa a essa assimilação fatal, que tiraria a nossa iniciativa, que nos acorrentaria [...] num pecado distante, misterioso, do qual não temos consciência [...]. Se Adão e Eva pecaram, só a eles cabe a responsabilidade de seu erro.”

A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.
É importante assinalar que, a despeito de os judeus representarem uma raça de profetas e médiuns notáveis, em Deuteronômio, 18:9-12, existe a proibição moisaica de evocar os mortos. “A proibição feita por Moisés tinha então a sua razão de ser, porque o legislador hebreu queria que o seu povo rompesse com todos os hábitos trazidos do Egito, e de entre os quais o de que tratamos era objeto de abusos.” Haja vista que se “Moisés proibiu evocar os Espíritos dos mortos, é uma prova de que eles podem vir; do contrário, essa interdição seria inútil.”

É importante não confundir a lei civil, estabelecida por Moisés para administrar o povo judeu, nos distantes tempos da sua organização, com a Lei divina, inserida nos Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por ele. “Na lei moisaica, há duas partes distintas: a Lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.”
Há, na atualidade, uma corrente do Judaísmo — denominada Judaísmo Messiânico — que procura unir o Judaísmo com o Cristianismo, conscientes de que Jesus é o Messias do povo judeu.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







116. Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores? 

“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já doutra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”




Que a graça e a paz sejam conosco!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

O Judaísmo


"Mas agora, despojai-vos também de todas estas coisas: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes de vossa boca." -( Colossenses, 3: 8 )-



Amados irmãos, bom dia!
Devemos nos despojar de tudo o que limita a caminhada. Fardos pesados de egoísmo, orgulho e afins, não devem ser levados em nossa caminhada rumo a nossa reforma íntima. Roguemos a nosso Mestre Jesus que tenhamos força e coragem para caminharmos apenas motivados pelo seu exemplo e amor. Que a Espiritualidade superior seja conosco.









Informações históricas

“É surpreendente a influência exercida pelos judeus na cultura ocidental, quando se considera a simplicidade de suas origens e o tamanho minúsculo do território onde se fixaram: cerca de 250 quilômetros de extensão e 80 quilômetros de largura na parte mais ampla. A palavra judeu deriva de Judeia, nome de uma parte do antigo reino de Israel. A religião é também chamada de moisaica, já que considera Moisés um dos seus fundadores. O Estado de Israel define o judeu como alguém cuja mãe é judia, e que não pratica nenhuma outra fé. Aos poucos, porém, esta definição foi ampliada para incluir o cônjuge. O Judaísmo não é apenas uma comunidade religiosa, mas também étnica.

O povo de Israel acredita-se descendente dos patriarcas Abraão, Isaac (Isaque) e Jacob (ou Jacó), e das matriarcas Sarah (Sarai ou Sara), Rebeca, Raquel e Lia, os quais teriam moldado os caracteres da raça pela aliança que fizeram com Deus. Segundo as tradições, Abraão, um habitante da alta Mesopotâmia, deixou a cidade de Ur, em Harã — atualmente situada no sul do Iraque —, partindo com sua esposa Sara e Ló, um sobrinho e demais pessoas do seu clã, em buscada terra habitada pelos cananeus, onde criaria os seus filhos. Abraão teria recebido de Deus a inspiração de estabelecer-se nesse país, fundando ali uma descendência, cumulada de favores por Deus e objeto de sua especial predileção. (Gênesis, 12) O local onde Abraão foi viver recebeu o nome de Canaã ou Terra Prometida. O poder patriarcal de Abraão foi, com a sua morte, transferido ao seu filho Isaque e deste para Jacó, que, por sua vez, o passou para seus doze filhos. (Gênesis, 35) Sabe-se, porém, que o primeiro filho de Abraão não foi Isaque, este era filho que teve com Sara, sua esposa (Gênesis, 21:1-8), gerado após o nascimento do primogênito Ismael com a escrava egípcia Hagar ou Agar (Gênesis, 16:1-16). Após a morte de Sara, Abraão casa com Quetura que lhe geraram seis filhos: Zinrã, Jocsã, Meda, Mídia, Isbaque e Suá (Gênesis, 25: 1-7). Abraão, entretanto, considerou o seu herdeiro legítimo apenas Isaque (Gênesis, 25: 5).

Os doze filhos de Jacó, considerados os legítimos descendentes de Abraão formam as doze tribos judaicas. Um dos filhos de Jacó com Raquel (Gênesis, 30:22-26), chamado José, foi vendido como escravo ao faraó egípcio, mas, em razão da fama e autoridade por ele conquistadas, tornou-se vice-rei do Egito. Por volta de 1700 a.C., o povo judeu migra para o Egito em razão da fome, onde é escravizado por aproxidamamente 400 anos (Êxodo, 1:1-14). A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 a.C., seguida da fuga do Egito, comandada por Moisés — um judeu, criado por Termutis, irmã do faraó, após tê-lo recolhido das águas do rio Nilo. (Êxodo, 2:1-20) Saindo do Egito, os ex-cativos atravessam o Mar Vermelho, vivendo 40 anos no deserto e submetendo-se a todo tipo de dificuldades, próprias da vida nômade. O grande êxodo dos israelitas foi, segundo a Bíblia, de 603.550 homens (Números, 1:46).

Durante a peregrinação pelo deserto, Moisés recebe as Tábuas da Lei, também chamadas Decálogo ou Dez Mandamentos, no monte Sinai, cadeia montanhosa de Horeb, fundando, efetivamente, a religião judaica (Êxodo, 20:1-17; 34:1-4; Deuteronômio, 5:1-21). As Tábuas da Lei foram guardadas em uma arca — Arca da Aliança —, especialmente construída para abrigá-las. (Êxodo, 25: 10-16; 37: 1-5); haveria ainda um tabernáculo para a arca (Êxodo, 25:1-9); um propiciatório de ouro que deveria ser colocado acima da Arca (Êxodo, 25: 17-22). e uma mesa de madeira de lei, coberta de ouro, contendo castiçais, também de ouro, e outros objetos necessários ao cerimonial religioso (Êxodo, 25: 23-40). A Arca e os Dez Mandamentos acompanharam os judeus durante o tempo em que permaneceram no deserto com Moisés. Antes de morrer, logo após ter localizado Canaã, Moisés nomeou Josué, filho de Num, seu sucessor, cumprindo, assim, a profecia de que encontraria a Terra Prometida antes de sua morte (Deuteronômio, 34:1-5). Josué foi inspirado a atravessar o rio Jordão, levando consigo os filhos de Israel à terra que lhe foi prometida por Deus, segundo relatos de suas escrituras (I Samuel, 1:20-28; 2:18-26). Do deserto, rio Jordão até o Líbano, daí até o rio Eufrates, abrangendo o território dos heteus, estendendo-se até o mar, em direção ao poente (Josué, 1: 4).

Acontece que essa terra já era habitada por diferentes povos (cananeus, heteus, heveus, ferezeus, girgaseus, amorreus e os jebuseus), que foram dominados pelos judeus (Josué, 3:10; 5:1). Tudo isso aconteceu no século XIII a.C., aproximadamente. As terras conquistadas são divididas em doze partes e entregues a cada uma das tribos judaicas. Os cananeus e outros povos continuaram em luta com os judeus conquistadores por algum tempo, até serem contidos pelo representante da tribo de Judá (Juízes, 1:1-36). Após a morte de Josué, cada tribo é governada por juízes, como Samuel (I Samuel, 20-28; 2:18-26). Os juizes passaram a governar as tribos porque os judeus, abandonando o culto a Deus, passaram a adorar outros deuses, como Baal e Astarote (Juízes, 2:11-16). Posteriormente, os juizes foram substituídos por reis (I Samuel, 8: 1-6; 9-12) como Saul, da tribo de Benjamin (I Samuel, 10: 1-27), Davi (I Samuel, 16: 1; 10-13; II Samuel, 5: 1-4. I Reis, 2: 11) e Salomão (I Reis, 1:46-48), filho de Davi (II Samuel, 5:13-14; II Crônicas, 9: 30-31), que constrói o primeiro templo de Jerusalém, entre 970 e 931 a.C.

Com a morte de Salomão, Roboão, seu filho, torna-se rei, mas no seu reinado acontece a revolta das tribos de Israel (II Crônicas, 10), separando-se a tribo de Davi (ou de Israel) das demais (II Crônicas, 10:18-19), definitivamente. As tribos se organizam em dois reinos: o de Judá e o de Israel. O reino de [...] Judá manteve a antiga capital do rei Davi (Jerusalém) e com ela o templo histórico do rei Salomão, o que lhe acarretou ascendência religiosa, embora a cidade de Jerusalém viesse a ser conquistada pelo babilônio Nabucodonosor [em 586 a.C.] e mais tarde pelo romano Pompeu. Nabucodonosor, então rei da Babilônia, destrói o templo de Salomão e deporta a maioria do povo de Judá. A partir desse exílio na Babilônia é que se pode falar de Judaísmo ou religião judaica, propriamente dita.

O reino de Israel, na Samaria, é destruído em 721 a.C. No ano 586 a.C., mantendo-se a divisão das tribos judaicas em dois reinos, nascem a esperança e a fé no advento de um messias, o enviado de Deus, capaz de restaurar a unidade do povo, garantindo-lhe soberania divina sobre a humanidade. Os judeus voltam à Palestina em 538 a.C. Reconstroem aí o templo de Salomão, vivendo breves períodos de independência, interrompidos pelas constantes invasões das potências estrangeiras. Entre os séculos II e IV a.C., migrações voluntárias difundem a religião e a cultura judaicas por todo o Oriente Médio. Em 63 a.C., Jerusalém é conquistada pelos romanos, sob o comando de Pompeu. Jerusalém [...] figurou como capital do reino da Judeia, sob a dinastia de Herodes. Em consequência de sublevação dos judeus, foi [Jerusalém] novamente cercada e incendiada por tropas romanas, sob o comando do general e futuro imperador Tito. Reduzida a colônia no tempo do imperador Adriano (sob o nome de Élia Capitolina), restaurou-lhe a denominação tradicional (Jerusalém) o imperador Constantino.

No ano 6 d.C., a Judeia torna-se uma província de Roma. Em 70 d.C. os romanos destroem o templo e, em 135, Jerusalém é arrasada. Com a destruição do templo de Jerusalém pela segunda vez, e da própria cidade, inicia-se o período da grande dispersão do povo judeu, conhecida como Diáspora. Espalhados por todos os continentes, os judeus mantêm sua unidade cultural e religiosa. A Diáspora termina em 1948, com a criação do Estado de Israel. Existem atualmente cerca de 13 milhões de judeus em todo o mundo; 4,5 milhões vivem no Estado de Israel.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos






115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus? 

“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros, só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.” 

a) — Segundo o que acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças, ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida? 

“Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita. Seu aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas, a vida do homem tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Religiões primais


"Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo os esclarecerá." -( Efésios, 5: 14 )-




Amados irmãos, bom dia!
A hora de despertar já chegou, é preciso abandonar a si mesmo para ir ao encontro do nosso verdadeiro "eu". É pela reforma íntima que devemos passar, pois, só assim, despertaremos e nos livraremos das amarras que há muito nos prendem. Que nosso Mestre Jesus nos fortaleça e os bons Espíritos nos ajudem.











“As religiões primais, ou tribais, são manifestações primitivas da religiosidade humana. São encontradas em várias partes do mundo, como África, Austrália, sudeste Asiático, Ilhas do Pacífico, Sibéria e entre os índios da América do Norte, Centro e do Sul. Em geral, tais religiões não possuem textos escritos.

Os mitos representam a sua base religiosa, tendo sobrevivido em razão da tradição oral. Como toda religião tribal, sofre influência de fatores externos, sendo as suas histórias alteradas ao longo das gerações. As religiões tribais africanas acreditam na existência de um Deus supremo, apresentando-o sob diversos nomes, como criador de todas as coisas e seres. 

Acreditam também em outros deuses menores, ou Espíritos, encontrados nas florestas, planícies e montanhas, lagos , rios e no céu. Esses deuses estão intimamente associados aos fenômenos da natureza (chuva, raios, trovões etc.). 

Outra característica das religiões primitivas diz respeito ao culto dos antepassados. Acreditam que os antepassados se mantêm invisíveis, guardando a mesma aparência que tinham em vida. Atualmente, muitas das religiões tribais da África adotam práticas cristãs e islâmicas em seus rituais. 

Os milênios, com as suas experiências consecutivas e dolorosas, prepararam os caminhos daquele que vinha, não somente com a sua palavra, mas, principalmente, com sua exemplificação salvadora. Cada emissário trouxe uma das modalidades da grande lição de que foi teatro a região humilde da Galileia. É por esse motivo que numerosas coletividades asiáticas não conhecem a lição direta do Mestre, mas sabem do conteúdo da sua palavra, em virtude das próprias revelações do seu ambiente, e, se a Boa Nova não se dilatou no curso dos tempos, pelas estradas dos povos, é que os pretensos missionários do Cristo, nos séculos posteriores aos seus ensinos, não souberam cultivar a flor da vida e da verdade, do amor e da esperança, que os seus exemplos haviam implantado no mundo: abafando-a nos templos de uma falsa religiosidade, ou encarcerando-a no silêncio dos claustros, a planta maravilhosa do Evangelho foi sacrificada no seu desenvolvimento e contrariada nos seus mais lídimos objetivos.” -( FEB - EADE )-




Estudo do Livro dos Espíritos







PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS 

114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram? 

“São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Islamismo e Zoroastrismo


"Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos." - Jesus - ( Lucas, 9: 44 )



Amados irmãos, bom dia!
O próprio vento tem uma direção, teria o Mestre falado ao acaso? Somos lembrados assim da nossa obrigação em colocarmos nossa fé em prática. Que não sejamos prosélitos e sim, verdadeiros executores do bem. Busquemos em nosso Mestre Jesus e nos bons Espíritos a força, direção e inspiração para tal.








De todas as religiões não cristãs, o Islamismo é a mais próxima das do Ocidente, em termos geográficos e religiosos, pois, como religião, tem origem judaica e, como filosofia, sofreu influência helênica. O Islamismo foi fundado pelo profeta Maomé, da tribo Koreish, nascido em Meca, há aproximadamente 570 anos d.C. No roteiro 29 estudaremos com maiores detalhes a doutrina do Islã.

O Masdeísmo, ou Zoroastrismo, é uma religião fundada na Pérsia por Zoroastro, ou Zaratustra, cujas origens se perderam no tempo, mas que foi inspirada no deserto e na solidão. A base de sua doutrina era a grande luta entre o bem e o mal, vivendo as criaturas influenciadas por bons e maus Espíritos. O homem é livre em suas ações — já Zoroastro pregava o livre-arbítrio — o homem é livre, mas se vê sujeito às influências das forças do mal. 

Conservando a ação, a palavra e pensamento puros, afastava-se do mau Espírito e se aproximava do bom. Devia conservar limpos o corpo e a alma. [...] Na morte, cabia-lhe um lugar que estava em relação com o que praticara em vida. Os atos do homem, na vida, iam determinar a sua situação na morte. A religião de Zoroastro, afirmam os historiadores e mitólogos, tinha leis morais de extraordinária elevação. 

Há quem afirme que Zoroastro nunca existiu; mas pela leitura do Zend Avesta e dos hinos antiquíssimos temos notícias que ele não foi a um mito, mas um homem que, à semelhança dos grandes profetas ou de pessoas de maior envergadura moral, muito lutou e sofreu: “Segui o bem, fazei o bem, pensai no bem, assim falou Zaratustra.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







113. Primeira classe. CLASSE ÚNICA.  

Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. 

Tendo alcançado  a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus. Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Essa felicidade, porém, não é a de ociosidade monótona, a transcorrer em perpétua contemplação. Eles são os mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os Espíritos que lhes são inferiores, auxiliam-nos na obra de seu aperfeiçoamento e lhes designam as suas missões. 

Assistir os homens nas suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os conservam distanciados da suprema felicidade, constitui para eles ocupação gratíssima. São designados às vezes pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins. Podem os homens pôr-se em comunicação com eles, mas extremamente presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.




Que a graça e a paz sejam conosco!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Xintoísmo


"Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem, é de Deus; mas quem faz o mal, não tem visto a Deus." -( III João, 11 )-




Amados irmãos, bom dia!
A cada manhã o convite nos é feito; busquemos as coisas do alto! Lembremos que, quem faz o mal não tem visto a Deus. Que não nos desviemos jamais do caminho do bem. A esse fomos criados e a ele devemos almejar. Mesmo que as circunstância não nos sejam favoráveis, tudo podemos naquele que nos fortalece.






“Religião surgida no Japão, oriunda de prática anímica ancestral miscigenada com o totemismo. A palavra Xintó (“via dos deuses” ou “caminho divino”), utilizada no século VI d.C., substituiu o termo búdico Butsudo (“caminho de Buda”). O Xintoísmo tem sua base no culto dos mortos, chamados de Kami. Os Kami são Espíritos divinizados que adquiriram poderes sobrenaturais, após a morte. Circulam entre os encarnados, participando de suas alegrias e de suas dores, vigiando-lhes a conduta. Os historiadores informam que o Xintoísmo é uma religião que não comporta um código moral ou um decálogo, propriamente dito, porque os seus seguidores consideram o povo japonês uma raça divina, daí não existir a necessidade de um código moral.

O Xintoísmo prescreve, na veneração dos seus mortos, os deveres religiosos de:

a) purificar o coração — por meio do arrependimento das ofensas praticadas contra os Espíritos; e

b) o de tornar puro o corpo pela higiene física.

No início da Era Cristã, chega ao Japão o Confucionismo, trazido da China. Sua influência, limitada aos círculos cultos, alcança o século XVII. O livro de lendas confucianas, denominado Os vinte e quatro modelos de piedade filial, exerceu forte influência na educação japonesa, por retratarem uma moral familiar e conservadora, compatíveis com as tradições xintoístas, as quais, por sua vez, têm como princípios o amor à família e o respeito aos ancestrais. Com a introdução do Budismo no Japão, feita por coreanos, surgiram divergências entre os xintoístas e os budistas, tais como:

a) o Xintoísmo admite vários deuses: o Budismo, em sua origem, não admite qualquer deus;


b) o Xintoísmo prega a sobrevivência definitiva, sem reencarnação dos Espíritos dos mortos, não existindo, para os mortos, punição ou recompensa, independentemente da vida que aqui levaram; o Budismo prega a transmigração das almas (reencarnação) até que estas se purifiquem e atinjam o nirvana. Somente a partir desse estágio é que a reencarnação não mais ocorre.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







PRIMEIRA ORDEM  -   ESPÍRITOS PUROS 

112. CARACTERES GERAIS. — Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.




Que a graça e a paz sejam conosco!