terça-feira, 10 de maio de 2016

O trabalho federativo ou de unificação do movimento Espírita: estrutura


"Porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo." -( Paulo aos Hebreus, 7: 27 )-




Amados irmãos, bom dia!
As criaturas humanas vão sempre bem na casa farta, entretanto, logo surjam dificuldades, ei-las a procura de quem as substitua nos lugares de aborrecimento e de dor. ( O Pão Nosso - Chico Xavier / Emmanuel )- Não foi isso que nosso Mestre Jesus nos ensinou oferecendo-se a si mesmo. Que tenhamos a coragem de assumir a prática desse ensinamento.






Estrutura


“Conforme visto no item anterior, Kardec, na sua Constituição do Espiritismo, apresenta suas diretrizes gerais para o trabalho da unificação. Ver-se-á neste item, com base também no referido escrito do Codificador, o seu pensamento quanto à estrutura mais adequada ao Movimento Espírita. Para isso, respigamos, nas considerações por ele tecidas, os seguintes trechos mais significativos para o estudo deste tópico:

Durante o período de elaboração, a direção do Espiritismo teve que ser individual; era necessário que todos os elementos constitutivos da Doutrina, saídos, no estado de embriões, de uma multidão de focos, se dirigissem para um centro comum, a fim de serem aí examinados e cotejados, de sorte que um só pensamento presidisse à coordenação deles, a fim de estabelecer-se a unidade no conjunto e a harmonia entre todas as partes. Adiante, prossegue: Hoje, que o trabalho de elaboração se acha concluído, no que concerne às questões fundamentais; que estabelecidos se encontram os princípios gerais da Ciência, a direção, de individual que houve de ser em começo, tem que se tornar coletiva, primeiramente, porque um momento há de vir em que o seu peso excederá as forças de um homem e, em segundo lugar, porque maior garantia apresenta um conjunto de indivíduos, a cada um dos quais caiba apenas um voto e que nada podem sem o concurso mútuo, do que um só indivíduo, capaz de abusar da sua autoridade e de querer que predominem as suas idéias pessoais. Em vez de um chefe único, a direção será confiada a uma comissão central permanente, cuja organização e atribuições se definam de maneira a não dar azo ao arbítrio. [...] A comissão central será, pois, a cabeça, o verdadeiro chefe do Espiritismo, chefe coletivo, que nada poderá sem o assentimento da maioria. Suficientemente numeroso para se esclarecer por meio da discussão, não o será bastante para que haja confusão. [...] Para a comunidade dos adeptos, a aprovação ou a desaprovação, o consentimento ou a recusa, as decisões, em suma, de um corpo constituído, representando opinião coletiva, forçosamente terão uma autoridade que jamais teriam, se emanassem de um só indivíduo, que apenas representa uma opinião pessoal. [...] Fica bem entendido que aqui se trata de autoridade moral, no que respeita à interpretação e aplicação dos princípios da Doutrina, e não de um poder disciplinar qualquer. [...] Para o público estranho, um corpo constituído tem maior ascendente e preponderância; contra os adversários, sobretudo, apresenta uma força de resistência e dispõe de meios de ação com que um indivíduo não poderia contar; aquele luta com vantagens infinitamente maiores. Uma individualidade está sujeita a ser atacada e aniquilada; o mesmo já não se dá com uma entidade coletiva. Semelhante entidade oferece garantias de estabilidade, que não existe, quando tudo recai sobre uma cabeça única. Desde que o indivíduo se ache impedido por uma causa qualquer, tudo fica paralisado. A entidade coletiva, ao contrário, se perpetua incessantemente. Embora perca um ou vários de seus membros, nada periclita.

Esse pensamento de Kardec vem orientando a estruturação do Movimento Espírita, no Brasil e no exterior, respeitadas, obviamente, as necessidades dos novos tempos. No Brasil, pode-se dizer que os esforços unificadores tiveram [...] seu marco inicial decisivo com a atuação segura de Bezerra de Menezes, que, inclusive, se inspirou nas páginas de Obras Póstumas, de cuja obra foi o primeiro tradutor para o nosso vernáculo, e continuam até hoje, no sentido de preservar a unidade doutrinária e assegurar a continuidade da propagação do Espiritismo. Muitas foram as iniciativas postas em prática ao longo do tempo com vistas a dar ao Movimento Espírita uma estrutura adequada. Citaremos em nossa próxima publicação duas delas, que podem ser consideradas os principais marcos históricos do nosso Movimento.” -( FEB - ESDE - Tomo único )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







98. Os Espíritos da segunda ordem, para os quais o bem constitui a preocupação dominante, têm o poder de praticá-lo? 

“Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a  ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

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