"Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude." -( I Coríntios, 4: 19 )-
Amados irmãos, bom dia!
Muitos se prendem apenas nas obras materiais pensando assim, justificar seu vazio interior, mas, sem as obras interiores, as virtudes reais, nada seremos.
Busquemos sempre a sinceridade conosco a fim de sejamos verdadeiramente compromissados com a verdade. Isso sim alegra o coração do nosso Pai.
“O Judaísmo é a primeira
religião monoteísta da Humanidade. Fundamenta-se na revelação dos Dez
Mandamentos transmitidos por Deus (Yaweh) a Moisés. O Decálogo é considerado o
evento fundador da religião de Israel. Religião que tem como princípio a ideia
da existência de Deus único, Criador supremo.
Dos Espíritos degredados na
Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea,
mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
Examinando esse povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se
grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o seu
orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. Conscientes da
superioridade de seus valores, nunca perdeu a oportunidade de demonstrar a sua
vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão
perfeita com as demais raças do orbe. Entretanto, antecipando-se às conquistas dos outros povos,
ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana e
imorredoura.
Um dos maiores teólogos do
Judaísmo, Moses Maimônides (1135–1204), desenvolveu treze artigos de fé,
intrinsecamente fundamentados na crença em Deus único, e que são aceitos como o
referencial da religião pelo Judaísmo tradicional. O Judaísmo possui uma
unidade doutrinária simbolizada:
a) na Torá (ou Torah), ou lei
judaica — revelação representada pelo Pentateuco de Moisés (não possuindo,
durante séculos, um país considerado como próprio, os judeus mantiveram a
coesão religiosa pelo estudo dos livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio);
b) na conquista da liberdade,
obtida pela retirada do Egito, travessia do Mar Vermelho e conquista de Canaã;
c) libertação do cativeiro
egípcio, conhecida como Páscoa judaica;
d) no conceito de nação,
constituído durante a peregrinação de quarenta anos no deserto, e na chegada à
Terra Prometida (Canaã);
e) na crença de serem os
judeus o povo eleito por Deus (entendem que, ao serem escolhidos por Deus, eles
assumiram o fardo de ser povo antes de experimentar os prazeres e a segurança
da nacionalidade).
A noção de povo escolhido pela
Divindade é uma tradição religiosa que passa, de geração a geração, como artigo
de fé. Era [...] crença comum aos judeus de então (época do Cristo) que a nação
deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não
prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como
sempre, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se
de uma dominação efetiva e material. [...] Entretanto [...], os judeus
desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto
exterior. O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada
pelas facções e dividida pelas seitas [...].
Um ponto doutrinário
fundamental da religião judaica é que não é a fé nem a contemplação que
solidificam a relação entre o homem e Deus, mas a ação: isto é, Deus determina,
o homem cumpre a sua vontade. Sendo assim, o judeu deve conhecer Deus não por
meio da especulação mística ou filosófica, mas pelo estudo de sua palavra
escrita — a Torá — , pela prece, pela prática da caridade, e pelas ações que
promovem a harmonia.
A lei moisaica foi a
precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis [...] foi
inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão,
vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina,
cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e
do Direito. Moisés [...] foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares
os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a
síntese luminosa de grandes verdades.
Para a fé judaica, Deus é uma
presença ativa no mundo, de forma abrangente, e na vida de cada pessoa,
isoladamente. Deus não criou simplesmente a Humanidade e dela se afastou,
deixando-a entregue a si mesma. Ao contrário, a Humanidade é totalmente
dependente de Deus para evoluir e para ser feliz. Como Deus é também pessoal,
está envolvido diretamente em todos os aspectos da vida de cada pessoa, podendo
responder, em particular, às aspirações individuais durante a prece. Por este
motivo, os judeus oram três vezes ao dia (manhã, tarde e noite), nas práticas
do Shabat (sétimo dia da semana, reservado ao descanso) e nas festas
religiosas. Os judeus não aceitam o dogma do pecado original, defendido pelos
católicos e protestantes. Analisam que esses religiosos fizeram interpretação
literal do livro Gênesis. Os rabinos escreveram no Talmud, item 31: “O
sentimento profundo de nossa liberdade moral se recusa a essa assimilação
fatal, que tiraria a nossa iniciativa, que nos acorrentaria [...] num pecado
distante, misterioso, do qual não temos consciência [...]. Se Adão e Eva
pecaram, só a eles cabe a responsabilidade de seu erro.”
A reencarnação fazia parte dos
dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era
a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus
sobre esse ponto, como sobre muitos outros não eram claramente definidas,
porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação
com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem
precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo
ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.
É importante assinalar que, a
despeito de os judeus representarem uma raça de profetas e médiuns notáveis, em
Deuteronômio, 18:9-12, existe a proibição moisaica de evocar os mortos. “A
proibição feita por Moisés tinha então a sua razão de ser, porque o legislador
hebreu queria que o seu povo rompesse com todos os hábitos trazidos do Egito, e
de entre os quais o de que tratamos era objeto de abusos.” Haja vista que se
“Moisés proibiu evocar os Espíritos dos mortos, é uma prova de que eles podem
vir; do contrário, essa interdição seria inútil.”
É importante não confundir a
lei civil, estabelecida por Moisés para administrar o povo judeu, nos distantes
tempos da sua organização, com a Lei divina, inserida nos Dez Mandamentos,
recebidos mediunicamente por ele. “Na lei
moisaica, há duas partes distintas: a Lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e
a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra,
apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.”
Há, na atualidade, uma
corrente do Judaísmo — denominada Judaísmo Messiânico — que procura unir o
Judaísmo com o Cristianismo, conscientes de que Jesus é o Messias do povo
judeu.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
116. Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas
ordens inferiores?
“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem,
mas demoradamente, porquanto, como já doutra vez dissemos,
um pai justo e misericordioso não pode banir seus
filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão
bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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