sábado, 28 de maio de 2016

A religião judaica


"Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas a virtude." -( I Coríntios, 4: 19 )-



Amados irmãos, bom dia!
Muitos se prendem apenas nas obras materiais pensando assim, justificar seu vazio interior, mas, sem as obras interiores, as virtudes reais, nada seremos.
Busquemos sempre a sinceridade conosco a fim de sejamos verdadeiramente compromissados com a verdade. Isso sim alegra o coração do nosso Pai.










“O Judaísmo é a primeira religião monoteísta da Humanidade. Fundamenta-se na revelação dos Dez Mandamentos transmitidos por Deus (Yaweh) a Moisés. O Decálogo é considerado o evento fundador da religião de Israel. Religião que tem como princípio a ideia da existência de Deus único, Criador supremo.

Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações. Examinando esse povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. Conscientes da superioridade de seus valores, nunca perdeu a oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão perfeita com as demais raças do orbe. Entretanto,  antecipando-se às conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana e imorredoura.

Um dos maiores teólogos do Judaísmo, Moses Maimônides (1135–1204), desenvolveu treze artigos de fé, intrinsecamente fundamentados na crença em Deus único, e que são aceitos como o referencial da religião pelo Judaísmo tradicional. O Judaísmo possui uma unidade doutrinária simbolizada:

a) na Torá (ou Torah), ou lei judaica — revelação representada pelo Pentateuco de Moisés (não possuindo, durante séculos, um país considerado como próprio, os judeus mantiveram a coesão religiosa pelo estudo dos livros Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio);

b) na conquista da liberdade, obtida pela retirada do Egito, travessia do Mar Vermelho e conquista de Canaã;

c) libertação do cativeiro egípcio, conhecida como Páscoa judaica;

d) no conceito de nação, constituído durante a peregrinação de quarenta anos no deserto, e na chegada à Terra Prometida (Canaã);

e) na crença de serem os judeus o povo eleito por Deus (entendem que, ao serem escolhidos por Deus, eles assumiram o fardo de ser povo antes de experimentar os prazeres e a segurança da nacionalidade).

A noção de povo escolhido pela Divindade é uma tradição religiosa que passa, de geração a geração, como artigo de fé. Era [...] crença comum aos judeus de então (época do Cristo) que a nação deles tinha de alcançar supremacia sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como sempre, atendo-se à forma, sem atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e material. [...] Entretanto [...], os judeus desprezaram a lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior. O mal chegara ao cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida pelas seitas [...].

Um ponto doutrinário fundamental da religião judaica é que não é a fé nem a contemplação que solidificam a relação entre o homem e Deus, mas a ação: isto é, Deus determina, o homem cumpre a sua vontade. Sendo assim, o judeu deve conhecer Deus não por meio da especulação mística ou filosófica, mas pelo estudo de sua palavra escrita — a Torá — , pela prece, pela prática da caridade, e pelas ações que promovem a harmonia.
A lei moisaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis [...] foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito. Moisés [...] foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.

Para a fé judaica, Deus é uma presença ativa no mundo, de forma abrangente, e na vida de cada pessoa, isoladamente. Deus não criou simplesmente a Humanidade e dela se afastou, deixando-a entregue a si mesma. Ao contrário, a Humanidade é totalmente dependente de Deus para evoluir e para ser feliz. Como Deus é também pessoal, está envolvido diretamente em todos os aspectos da vida de cada pessoa, podendo responder, em particular, às aspirações individuais durante a prece. Por este motivo, os judeus oram três vezes ao dia (manhã, tarde e noite), nas práticas do Shabat (sétimo dia da semana, reservado ao descanso) e nas festas religiosas. Os judeus não aceitam o dogma do pecado original, defendido pelos católicos e protestantes. Analisam que esses religiosos fizeram interpretação literal do livro Gênesis. Os rabinos escreveram no Talmud, item 31: “O sentimento profundo de nossa liberdade moral se recusa a essa assimilação fatal, que tiraria a nossa iniciativa, que nos acorrentaria [...] num pecado distante, misterioso, do qual não temos consciência [...]. Se Adão e Eva pecaram, só a eles cabe a responsabilidade de seu erro.”

A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação.
É importante assinalar que, a despeito de os judeus representarem uma raça de profetas e médiuns notáveis, em Deuteronômio, 18:9-12, existe a proibição moisaica de evocar os mortos. “A proibição feita por Moisés tinha então a sua razão de ser, porque o legislador hebreu queria que o seu povo rompesse com todos os hábitos trazidos do Egito, e de entre os quais o de que tratamos era objeto de abusos.” Haja vista que se “Moisés proibiu evocar os Espíritos dos mortos, é uma prova de que eles podem vir; do contrário, essa interdição seria inútil.”

É importante não confundir a lei civil, estabelecida por Moisés para administrar o povo judeu, nos distantes tempos da sua organização, com a Lei divina, inserida nos Dez Mandamentos, recebidos mediunicamente por ele. “Na lei moisaica, há duas partes distintas: a Lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.”
Há, na atualidade, uma corrente do Judaísmo — denominada Judaísmo Messiânico — que procura unir o Judaísmo com o Cristianismo, conscientes de que Jesus é o Messias do povo judeu.” -( FEB - EADE )- 




Estudo do Livro dos Espíritos







116. Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores? 

“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já doutra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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