"Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal." - Jesus - ( Mateus, 5: 39 )
Amados irmãos, bom dia!
"O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores", assim como a sabedoria o é para a ignorância. Hoje iniciaremos o estudo mais aprofundado da Doutrina, onde teremos grandes oportunidades de evoluir em nossa reforma íntima. Que o Mestre Jesus e os bons Espíritos nos auxiliem na compreensão e na prática dos mesmos.
Orientações espíritas e
sugestões didático-pedagógicas direcionadas ao estudo do aspecto religioso do
Espiritismo
A
moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de que não há outra
melhor. [...] » O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o
conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos,
princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, do seu passado
e do seu futuro [...]. Allan Kardec: A gênese. Cap. I, item
56.
Evolução do pensamento religioso
"O desenvolvimento da ideia de
Deus e do processo religioso da Humanidade acompanha a evolução, intelectual e
moral, do próprio ser humano. Uma conquista está inerente à outra. Quando [...]
os homens, fisicamente, pouco dessemelhavam dos antropopitecos, suas
manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os
anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros
organizadores do pensamento religioso que, de acordo com a mentalidade geral,
não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles
seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade.
As primeiras manifestações de
religiosidade estão, pois, relacionadas à realização de sacrifícios que
poderiam agradar a Deus. Primeiramente, porque não compreendia Deus como a
fonte da bondade. Nos povos primitivos a matéria sobrepuja o espírito; eles se
entregam aos instintos do animal selvagem. Por isso é que, em geral, são
cruéis; é que neles o senso moral ainda não se acha desenvolvido. Em segundo
lugar, é natural que os homens primitivos acreditassem ter uma criatura animada
muito mais valor, aos olhos de Deus, do que um corpo material. Foi isto que os
levou a imolarem, primeiro, animais e, mais tarde, homens. De conformidade com
a falsa crença que possuíam, pensavam que o valor do sacrifício era proporcional
à importância da vítima. A ideia primitiva de Deus é de natureza
antropomórfica. Isto é, Deus é concebido e descrito sob a forma humana ou com
atributos humanos. Incapaz, pela sua ignorância, de conceber um ser imaterial,
sem forma determinada, atuando sobre a matéria, conferiu-lhe o homem atributos
da natureza corpórea, isto é, uma forma e um aspecto e, desde então, tudo o que
parecia ultrapassar os limites da inteligência comum era, para ele, uma
divindade. Tudo o que não compreendia devia ser obra de uma potência sobrenatural.
Daí a crer em tantas potências distintas quantos os efeitos que observava, não
havia mais que um passo.
A concepção de Deus único,
criador do Universo, dos seres e coisas estava muito distante, em termos
evolutivos, para ser cogitada pelos primeiros habitantes do Planeta. Tudo que
lhes causavam impacto e extrapolava o seu entendimento era venerado como um
deus. Sem dúvida, porquanto, chamando deus a tudo o que era sobre-humano, os
homens tinham por deuses os Espíritos. Daí veio que, quando um homem, pelas
suas ações, pelo seu gênio, ou por um poder oculto que o vulgo não lograva
compreender, se distinguia dos demais, faziam dele um deus e, por sua morte,
lhe rendiam culto.
O homem primitivo reverenciava
os espíritos (“deuses”), simbolizados por animais, vegetais e seres inanimados.
Encontrava-se diante de um processo de adoração rudimentar, anímico e
antropomórfico. O significado filosófico de animismo indica que alma é
considerada como princípio e sustentação de todas as atividades orgânicas, especialmente
das percepções, sentimentos e pensamentos. O antropólogo Tylor (1896–1980)
demonstra em sua obra “Cultura primitiva” (Primitive culture), publicada em
1934, que o animismo é o primeiro estágio da evolução religiosa da Humanidade,
no qual o homem primitivo crê que todas as coisas ou elementos da Natureza são
animados porque possuem uma alma. De qualquer forma, o animismo caracteriza o
estágio primordial da atividade racional e cognitiva da espécie humana. O termo
animismo, na verdade, foi utilizado pelo médico e químico alemão Georg Ernst
Stahl (1660–1734) para explicar o funcionamento do corpo humano. O período
anímico da evolução religiosa da humanidade terrestre, faz nascer diferentes
tipos de adoração: litolatria (adoração de pedras, rochas e relevos dos solos);
fitolatria (adoração dos vegetais); zoolatria (adoração de animais); idolatria
(adoração de ídolos). A consequência natural da idolatria é o nascimento da
mitologia, com a sua forma clássica de politeísmo. Mitologia é o conjunto dos
mitos de um povo. Mito, por sua vez, é o relato fantástico da tradição oral,
gerado e protagonizado por seres que encarnam, sob forma simbólica, as forças
da Natureza e os aspectos gerais da condição humana, esclarece o Dicionário
Houaiss da língua portuguesa. As lendas e as fábulas constituem o acervo
mitológico de um povo. Os mitos refletem a experiência vivida pelos nossos
ancestrais, mas que nos alcançam na atualidade. São também símbolos que revelam
os diferentes estágios evolutivos da caminhada humana. Por esse motivo, os
mitos apresentam representações mentais diferentes na infância, na adolescência
e na vida adulta." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
103. Nona classe. ESPÍRITOS LEVIANOS.
São ignorantes, maliciosos,
irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a
tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam
de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de
intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio
de mistificações e de espertezas. A esta classe pertencem
os Espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos,
gnomos, diabretes. Acham-se sob a dependência dos Espíritos superiores, que muitas vezes os empregam, como
fazemos com os nossos servidores.
Em suas comunicações com os homens, a linguagem
de que se servem é, amiúde, espirituosa e faceta, mas quase
sempre sem profundeza de idéias. Aproveitam-se das esquisitices
e dos ridículos humanos e os apreciam, mordazes
e satíricos. Se tomam nomes supostos, é mais por malícia
do que por maldade.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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