segunda-feira, 2 de maio de 2016

Movimento Espírita: conceito e objetivo


"Prossigo para o alvo." -( Paulo aos Filipenses, 3: 14 )-



Amados irmãos, bom dia!
Recebemos todos os dias o chamado do Senhor, mas, nem sempre o atendemos. Assim como o apóstolo Paulo, devemos prosseguir para o nosso alvo que é o Mestre Jesus. Que os dissabores não nos afastem de nosso objetivo real de vida. Que os bons Espíritos sejam conosco nessa caminhada.








Movimento Espírita: conceito e objetivo


“Em verdade, não [...] se pode falar em Movimento Espírita antes da Codificação, pois somente após esta é que o Espiritismo surgiu como Doutrina: a movimentação humana em torno das idéias espíritas só aconteceu após a revelação destas pelo plano espiritual e sua posterior compilação por Allan Kardec.  Só a partir daí, portanto, há que falar em ação dos espíritas visando à propagação do Espiritismo. Sendo assim, diremos que [...] Movimento Espírita é o conjunto das atividades que têm por objetivo estudar, divulgar e praticar a Doutrina Espírita, contida nas obras básicas de Allan Kardec, colocando-a ao alcance e a serviço de toda a Humanidade. As atividades que compõem o Movimento Espírita são realizadas por pessoas, isoladamente ou em conjunto, e por Instituições Espíritas. As Instituições Espíritas compreendem:

Ÿ Os Grupos, Centros ou Sociedades Espíritas que desenvolvem atividades gerais de estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita e que podem ser de pequeno, médio ou grande porte.

Ÿ As Entidades Federativas que desenvolvem as atividades de união das Instituições Espíritas e de unificação do Movimento Espírita [este assunto será estudado no próximo roteiro].

Ÿ As Entidades Especializadas que desenvolvem atividades espíritas específicas, tais como as de assistência e promoção social e as de divulgação doutrinária.

ŸOs Pequenos Grupos de Estudo do Espiritismo, fundamentalmente voltados para o estudo inicial da Doutrina Espírita.

A ação dos espíritas em torno da divulgação do Espiritismo enfrenta, porém, muitos obstáculos. Kardec os entrevê, como se constata em vários de seus escritos. Muitas de suas palavras, embora reflitam a situação da época do surgimento da Doutrina Espírita, aplicam-se, com as devidas adaptações, à atualidade. Assim é que, conforme acentua, um [...] dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade. O único meio de evitá-la, senão quanto ao presente, pelo menos quanto ao futuro, é formulá-la em todas as suas partes e até nos mais mínimos detalhes, com tanta precisão e clareza, que impossível se torne qualquer interpretação divergente. [...] Somente o Espiritismo, bem entendido e bem compreendido, pode [...] tornar-se, conforme disseram os Espíritos, a grande alavanca da transformação da Humanidade.

Mais adiante, continua: Dois elementos hão de concorrer para o progresso do Espiritismo: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios de a popularizar. O desenvolvimento cada dia maior, que ela toma, multiplica as nossas relações, que somente tendem a ampliar-se, pelo impulso que lhe darão a nova edição de O Livro dos Espíritos e a publicidade que se fará a esse propósito.  Como se vê, essas palavras do Codificador datam da época da segunda edição de O Livro dos Espíritos, em 1860, ocasião em que a Doutrina Espírita ainda estava sendo elaborada, denotando, contudo, a sua preocupação quanto à unidade do Espiritismo, para que fosse bem compreendido e, assim, corretamente divulgado. O mesmo sucede quando se reporta, por exemplo, aos cismas ou divisões que podem surgir entre os espíritas. Diz o Codificador: Uma questão que desde logo se apresenta é a dos cismas (divisões) que poderão nascer no seio da Doutrina. Estará preservado deles o Espiritismo? Não, certamente, porque terá, sobretudo no começo, de lutar contra as idéias pessoais, sempre absolutas, tenazes, refratárias a se amalgamarem com as idéias dos demais; e contra a ambição dos que, a despeito de tudo, se empenham por ligar seus nomes a uma inovação qualquer; dos que criam novidades só para poderem dizer que não pensam ou agem como os outros, pois lhes sofre o amor-próprio por ocuparem uma posição secundária. Se, porém, o Espiritismo não pode escapar às fraquezas humanas, com as quais se tem de contar sempre, pode todavia neutralizar-lhes as consequências e isto é o essencial. É de notar-se que os vários sistemas divergentes, surgidos na origem do Espiritismo, sobre a maneira de explicarem-se os fatos, foram desaparecendo à medida que a Doutrina se completou por meio da observação e de uma teoria racional. [...] É este um fato notório, do qual se pode concluir que as últimas divergências se apagarão com a elucidação integral de todas as partes da Doutrina. Mas, haverá sempre os dissidentes, de ânimo prevenido e interessados, por um motivo ou outro, a constituir bando à parte. Contra a pretensão desses é que cumpre se premunam os demais. Para assegurar-se, no futuro, a unidade, uma condição se faz indispensável: que todas as partes do conjunto da Doutrina sejam determinadas com precisão e clareza, sem que coisa alguma fique imprecisa. Para isso, procedemos de maneira que os nossos escritos não se prestem a interpretações contraditórias e cuidaremos de que assim aconteça sempre. Quando for dito peremptoriamente e sem ambiguidade que dois e dois são quatro, ninguém poderá pretender que quis dizer que dois e dois fazem cinco. Conseguintemente, seitas poderão formar-se ao lado da Doutrina, seitas que não lhe adotem os princípios ou todos os princípios, porém não dentro da Doutrina, por efeito de interpretação dos textos, como tantas se formaram sobre o sentido das próprias palavras do Evangelho. É este um primeiro ponto de capital importância.

O segundo ponto está em não se sair do âmbito das idéias práticas. Se é certo que a utopia da véspera se torna muitas vezes a verdade do dia seguinte, deixemos que o dia seguinte realize a utopia da véspera, porém não atravanquemos a Doutrina de princípios que possam ser considerados quiméricos e fazer que a repilam os homens positivos.


O terceiro ponto, enfim, é inerente ao caráter essencialmente progressivo da Doutrina. Pelo fato de ela não se embalar com sonhos irrealizáveis, não se segue que se imobilize no presente. Apoiada tão-só nas leis da Natureza, não pode variar mais do que estas leis; mas se uma nova lei for descoberta, tem ela que se pôr de acordo com essa lei. Não lhe cabe fechar a porta a nenhum progresso, sob pena de se suicidar. Assimilando todas as idéias reconhecidamente justas, de qualquer ordem que sejam, físicas ou metafísicas, ela jamais será ultrapassada, constituindo isso uma das principais garantias da sua perpetuidade. Essas considerações do Codificador, como outras que se encontram esparsas por toda a sua obra, formam um conjunto de instruções que, ao serem seguidas, darão ao Movimento Espírita as condições necessárias para que atinja o seu objetivo, que, como vimos, são o estudo, a prática e a divulgação da Doutrina Espírita, colocando-a ao alcance e a serviço da Humanidade.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-




Estudo do Livro dos Espíritos







90. O Espírito que se transporta de um lugar a outro tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, ou é subitamente transportado ao lugar onde quer ir?  

“Dá-se uma e outra coisa. O Espírito pode perfeitamente, se o quiser, inteirar-se da distância que percorre, mas também essa distância pode desaparecer completamente, dependendo isso da sua vontade, bem como da sua natureza mais ou menos depurada.”



Que a graça e a paz sejam conosco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário