"E respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." -( Lucas, 23: 43 )-
Amados irmãos, bom dia!
Desde o instante em que nos rendemos aos desígnios do Senhor, avançamos para uma região espiritual diferente. Esse é o chamado a que devemos atender com a devida brevidade. Que nosso coração se renda sinceramente ao Senhor e que os bons Espíritos nos auxiliem.
“Trata-se de documento [...]
proposto pela Federação Espírita Brasileira [FEB] e aprovado, após discussão e
ligeira modificações, por espíritas de todo o País, num conclave sem precedentes.
Consta do referido documento que os participantes desse conclave, realizado em
1º. de outubro de 1904, resolvem, entre outros pontos de grande significado:
[...] empregar desde já todos os esforços para a criação, na capital de cada
Estado da União Brasileira, de um Centro calcado nos moldes da Federação do Rio
de Janeiro [referência à FEB, que tinha a sede na cidade do Rio de Janeiro],
tendo por fim promover a organização e filiação de associações de estudo e
propaganda em todo o Estado. Tais instituições, aderindo ao programa da
Federação Espírita Brasileira, a ela se filiarão com as respectivas associações
subsidiárias, sem nenhuma relação de dependência disciplinar, mas unicamente
com intuitos de confraternização e unidade de vistas.
PACTO ÁUREO
“Transcorridos 45 anos, outro
fato de grande importância marcou o processo de unificação do Movimento
Espírita no Brasil. Trata-se da Grande Conferência Espírita no Rio de Janeiro –
o Pacto Áureo – , realizada em 5 de outubro de 1949. Os signatários desse
acordo não são pessoas físicas apenas, como sucedeu no conclave de 1904. O
Movimento Espírita havia crescido. Alguns Estados já possuíam as suas Entidades
representativas, que assinaram o documento. Citaremos os três primeiros artigos
do Pacto Áureo, por estarem mais diretamente ligados aos objetivos deste
estudo:
1º) Cabe aos Espíritas do
Brasil porem em prática a exposição contida no livro “Brasil, Coração do Mundo,
Pátria do Evangelho”, de maneira a acelerar a marcha evolutiva do Espiritismo.
2º) A FEB criará um Conselho
Federativo Nacional, permanente, com a finalidade de executar, desenvolver e
ampliar os planos da sua atual Organização Federativa. Cabe esclarecer que o
artigo 1º. supracitado faz referência à missão espiritual do Brasil junto às
demais nações, conforme revelado pelo Espírito Humberto de Campos no livro em
referência. Emmanuel, prefaciando a mencionada obra, assinala: Se outros povos
atestaram o progresso, pelas expressões materialistas e transitórias, o Brasil
terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um
pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os
campos das atividades humanas com uma nova luz. Em relação ao disposto no
artigo 2º, citado, deve ser dito que o Conselho Federativo Nacional (CFN),
órgão da Federação Espírita Brasileira, foi criado no dia 1º. de janeiro de
1950, na cidade do Rio de Janeiro e transferido, no dia 1º. de julho de 1978,
para a sede da FEB em Brasília. Como se vê, desde 1904, com a assinatura do
documento Bases de Organização Espírita, citado, a Entidade federativa ou de
unificação do Movimento Espírita no Brasil é a Federação Espírita Brasileira,
sendo o seu Conselho Federativo Nacional, criado com base no Pacto Áureo, o
órgão com a finalidade de executar, desenvolver e ampliar os planos da sua
Organização Federativa. Atualmente, o Conselho Federativo Nacional é integrado
pelas Federativas de todos os Estados brasileiros e conta, para fins
específicos, com o assessoramento de Entidades Especializadas de Âmbito
Nacional, tais como a Cruzada dos Militares Espíritas; a Associação Brasileira
de Divulgadores do Espiritismo – ABRADE; o Instituto de Cultura Espírita do
Brasil – ICEB; a Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas – ABRAME. Dentre
as inúmeras iniciativas marcantes do CFN, destaca-se, pelo seu alto
significado, a criação das Comissões Regionais, em 2 novembro de 1985. Para dar
uma idéia da amplitude do trabalho dessas Comissões, basta citar o caput e o
item I do artigo 2º do seu Regimento Interno, a saber: Artigo 2º. – As
Comissões Regionais, que desenvolverão suas atividades observando os
norteamentos do Conselho Federativo Nacional, têm por objetivos: I – coordenar
e promover, em nível regional, com as Entidades Estaduais de Unificação do
Movimento Espírita, as atividades que tenham por fim a difusão da Doutrina
Espírita e as tarefas de Unificação, inclusive, visando a dotar as Instituições
Espíritas dos conhecimentos necessários ao desenvolvimento de suas atividades.
São constituídas por um representante de cada Entidade Estadual que integra a
região correspondente (Norte, Nordeste, Centro ou Sul). As reuniões ordinárias
das Comissões Regionais são realizadas uma vez por ano, em cada região, de
forma rotativa quanto ao local. Dentre os documentos norteadores do trabalho do
Movimento Espírita, aprovados pelo CFN, os principais são: A Adequação do
Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades (outubro de
1977); o opúsculo Orientação ao Centro Espírita (julho de 1980), e Diretrizes
de Dinamização das Atividades Espíritas (novembro de 1983). No que toca ao
Movimento Espírita mundial, deve ser destacado o seu grande marco histórico: a
fundação, em 28 de novembro de 1992, do Conselho Espírita Internacional (CEI),
[...] organismo resultante, em âmbito mundial, das Associações Representativas
dos Movimentos Espíritas Nacionais. Assinaram a ata de fundação os seguintes
países: Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Guatemala, Itália,
Portugal e Reino Unido. Atualmente o CEI é composto por 27 países membros.
O Conselho Espírita
Internacional lançou dois documentos de suma importância para o Movimento
Espírita em todo o mundo: os folhetos Conheça o Espiritismo, uma nova era para
a Humanidade, e Divulgue o Espiritismo, uma nova era para a Humanidade,
traduzidos em diversos idiomas. Isto posto, resta apresentar, em síntese, a
estrutura do Trabalho Federativo e de Unificação do Movimento Espírita,
nacional e mundial. Esse trabalho se estrutura [...] através da união dos Grupos,
Centros ou Sociedades Espíritas que, preservando a sua autonomia e liberdade de
ação, conjugam esforços e somam experiências, objetivando o permanente
fortalecimento e aprimoramento das suas atividades e do Movimento Espírita em
geral. Esses [...] Grupos, Centros ou Sociedades Espíritas, unindo-se,
constituem as Entidades e Órgãos federativos ou de unificação do Movimento
Espírita em nível local, regional, estadual ou nacional. Essas [...] Entidades
e Órgãos federativos ou de unificação do Movimento Espírita, em nível nacional,
constituem a Entidade de unificação do Movimento Espírita em nível mundial – o
Conselho Espírita Internacional.” -( FEB - ESDE - Tomo único )-
Estudo do Livro dos Espíritos
99. Os da terceira categoria são todos essencialmente maus?
“Não; uns há que não fazem nem o mal nem o bem;
outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos
quando se lhes depara ocasião de praticá-lo. Há também
os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que
malignos, que se comprazem antes na malícia do que na
malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar
pequenas contrariedades, de que se riem.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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