“Sabendo que a tribulação produz fortaleza.” - Paulo - ( Romanos, 5:3 )
Amados irmãos, bom dia!
"Muita gente pretende robustecer-se ao preço de rogativas para evitar o
serviço áspero. Chegada a preciosa oportunidade de testemunhar a fé, internam-se os
crentes, de maneira geral, pelos caminhos largos da fuga, acreditando-se em
segurança. Entretanto, mais dia menos dia, surge a ocasião dolorosa em que abrem
falência de si mesmos. Ai daqueles que se deitarem sob a tempestade! Os detritos projetados do
monte pelas correntes do aguaceiro poderão sufocá-los, arrastando-os para o fundo
do abismo." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância
de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e
dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado
teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para
seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão,
e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou. E o filho lhe disse: Pai,
pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas
o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe
um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e
comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se
perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se (Lc 15:17-24).
O conhecimento espírita nos faz ver, neste texto do Evangelho, o momento
preciso em que o Espírito, cansado de sofrer, busca o amor celestial, reconhecendo-lhe
a excelsitude. Este momento está representado na expressão “cair
em si.” É instante de grande valor, pois indica que a criatura humana toma
consciência do efetivo estado de evolução espiritual em que se encontra.
Este pequeno trecho da parábola do filho pródigo desperta valiosas considerações em
torno da vida. Judas sonhou com o domínio político do Evangelho, interessado na
transformação compulsória das criaturas; contudo, quando caiu em si, era demasiado
tarde, porque o Divino Amigo fora entregue a juizes cruéis.[...] Maria de Magdala pusera a vida íntima nas mãos de gênios perversos, todavia, caindo em si, sob a influência
do Cristo, observa o tempo perdido e conquista a mais elevada dignidade espiritual,
por intermédio da humildade e da renunciação.
Pedro, intimidado ante as ameaças
de perseguição e sofrimento, nega o Mestre Divino; entretanto, caindo em si, ao se lhe
deparar o olhar compassivo de Jesus, chora amargamente e avança, resoluto, para a sua
reabilitação no apostolado. Paulo confia-se a desvairada paixão contra o Cristianismo e
persegue, furioso, todas as manifestações do Evangelho nascente; no entanto, caindo em
si, perante o chamado sublime do Senhor, penitencia-se dos seus erros e converte-se num
dos mais brilhantes colaboradores do triunfo cristão. [...]
Cai, contudo, em ti mesmo,
sob a bênção de Jesus e, transferindo-te, então, da inércia para o trabalho incessante pela
tua redenção, observarás, surpreendido, como a vida é diferente.
É admirável observar que, a partir do instante em que teve consciência
dos seus méritos e deméritos, o filho pródigo aliou o desejo de melhoria à
ação, facilmente percebidos neste trecho do Evangelho: “Levantar-me-ei, e irei
ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou
digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E,
levantando-se, foi para seu pai”.
Quando o filho pródigo deliberou tornar aos braços paternos, resolveu intimamente
levantar-se.
Sair da cova escura da ociosidade para o campo da ação regeneradora.
Erguer-se do chão frio da inércia para o calor do movimento reconstrutivo. Elevar-se
do vale da indecisão para a montanha do serviço edificante. Fugir à treva e penetrar a
luz. Ausentar-se da posição negativa e absorver-se na reestruturação dos próprios ideais.
Levantou-se e partiu no rumo do Lar Paterno. A atitude do pai ao reencontrar o filho não deve passar despercebida: “viu-o
seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço,
e o beijou.” A compaixão é o atributo divino que mais nos atinge, em qualquer
estágio evolutivo. Reflete a misericórdia divina. A compaixão demonstra que
o Criador Supremo não «[...] esperou que o filho se penitenciasse de rojo, não
exigiu escusas, não solicitou justificativas e nem impôs condições de qualquer
natureza para estender-lhe os braços; apenas aguardou que o filho se levantasse
e lhe desejasse o calor do coração.» -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
ANJOS-DE-GUARDA. ESPÍRITOS PROTETORES,
FAMILIARES OU SIMPÁTICOS
489. Há Espíritos que se liguem particularmente a um
indivíduo para protegê-lo?
“Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito
ou o bom gênio.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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