“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade.” - João - ( I João, 3:18 )
Amados irmãos, bom dia!
“Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração.” O Universo é o nosso domicílio. A Humanidade é a nossa família. Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Estudo na Parábola *
Irmão X
"Comentávamos a necessidade da divulgação da Doutrina Espírita, quando
o rabí Zoar ben Ozias, distinto orientador israelita, hoje consagrado às verdades
do Evangelho no Mundo Espiritual, pediu licença a fim de parafrasear a
parábola dos talentos, contada por Jesus, e falou, simples:
—
Meus amigos, o Senhor da Terra, partindo, em caráter temporário, para
fora do mundo, chamou três dos seus servos e, considerando a capacidade de
cada um, confiou-lhes alguns dos seus próprios bens, a título de empréstimo,
participando-lhes que os reencontraria, mais tarde, na Vida Superior...
Ao primeiro transmitiu o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade e
o Prestígio; ao segundo concedeu a Inteligência e a Autoridade, e ao terceiro
entregou o Conhecimento Espírita.
Depois de longo tempo, os três servidores, assustados e vacilantes, compareceram
diante do Senhor para as contas necessárias.
O primeiro avançou e disse:
— Senhor, cometi muitos disparates e não conseguí realizar-te a vontade,
que determina o bem para todos os teus súditos, mas, com os cinco talentos que
me puseste nas mãos, comecei a cultivar, pelo menos com pequeninos resultados,
outros cinco, que são o Trabalho, o Progresso, a Amizade, a Esperança e a
Gratidão, em alguns dos companheiros que ficaram no mundo... Perdoa-me,
ó Divino Amigo, se não pude fazer mais!...
O Senhor respondeu tranquilo:
— Bem está, servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo
terrestre e reinicia a obra interrompida, renascendo sob o amparo das afeições
que ajudaste.
Veio o segundo e alegou:
— Senhor, digna-te desculpar-me a incapacidade... Não te pude compreender
claramente os desígnios que preceituam a felicidade igual para todas
as criaturas e perpetrei lastimáveis enganos... Ainda assim, mobilizei os dois valores que me deste e, com eles, angariei outros dois que são a Cultura e a
Experiência para muitos dos irmãos que permanecem na retarguada...
O Excelso Benfeitor replicou, satisfeito:
— Bem está, servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo
terrestre e reinicia a obra interrompida, renascendo sob o amparo das afeições
que ajuntaste.
O terceiro adiantou-se e explicou:
— Senhor, devolvo-te o Conhecimento Espírita, intocado e puro, qual o
recebi de tua munificência... O Conhecimento Espírita é Luz, Senhor, e, com
ele, aprendi que a tua Lei é dura demais, atribuindo a cada um conforme as
próprias obras. De que modo usar uma lâmpada assim, brilhante e viva, se os
homens na Terra estão divididos por pesadelos de inveja e ciúme, crueldade e
ilusão? Como empregar o clarão de tua verdade sem ferir ou incomodar? e como
incomodar ou ferir, sem trazer deploráveis consequências para mim próprio?
Sabes que a Verdade, entre os homens, cria problemas onde aparece... Em
vista disso, tive medo de tua Lei e julguei como sendo a medida mais razoável
para mim o acomodar-me com o sossego de minha casa... Assim pensando,
ocultei o dom que me recomendaste aplicar e restituo-te semelhante riqueza,
sem o mínimo toque de minha parte!...
O Sublime Credor, porém, entre austero e triste, ordenou que o tesouro
do Conhecimento Espírita lhe fôsse arrancado e entregue, de imediato, aos
dois colaboradores diligentes que se encaminhariam para a Terra, de novo,
declarando, incisivo:
— Servo infiel, não existe para a tua negligência outra alternativa senão a
de recomeçares toda a tua obra pelos mais obscuros entraves do principio...
— Senhor!... Senhor!... – chorou o servo displicente. – Onde a tua equidade?
Deste aos meus companheiros o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a
Habilidade, o Prestígio, a Inteligência e a Autoridade, e a mim concedeste
tão-só o Conhecimento Espirita... Como fazes cair sobre mim todo o peso de
tua severidade?
O Senhor, entretanto, explicou, brandamente:
— Não desconheces que te atribuí a luz da Verdade como sendo o bem
maior de todos. Se a ambos os teus companheiros não acertaram em tudo, é
que lhes faltava o dissernimento que lhes podias ter ministrado, através do
exemplo, de que fugiste por medo da responsabilidade de corrigir amando e
trabalhar instruindo... Escondendo a riqueza que te emprestei, não só te perdeste pelo temor de sofrer e auxiliar, como também prejudicaste a obra deficitária
de teus irmãos, cujos dias no mundo teriam alcançado maior rendimento no
Bem Eterno, se houvessem recebido o quinhão de amor e serviço, humildade
e paciência que lhes negaste!...
— Senhor!... Senhor!... porquê? – soluçou o infeliz – porque tamanho
rigor, se a tua Lei é de Misericórdia e Justiça.
Então, os assessores do Senhor conduziam o servo desleal para as sombras
do recomeço, esclarecendo a ele que a Lei, realmente, é disciplina de
Misericórdia e Justiça, mas com uma diferença: para os ignorantes do dever,
a Justiça chega pelo alvará da Misericórdia; mas, para as criaturas conscientes
das próprias obrigações, a Misericórdia chega pelo cárcere da Justiça." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
500. Momentos haverá em que o Espírito deixe de precisar,
de então por diante, do seu protetor?
“Sim, quando ele atinge o ponto de poder guiar-se a si
mesmo, como sucede ao estudante, para o qual um momento
chega em que não mais precisa de mestre. Isso,
porém, não se dá na Terra.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário