terça-feira, 13 de junho de 2017

Repeliste o dom que te confiei


“Não  useis,  porém,  da  liberdade  para  dar  ocasião  à  carne, mas servi­vos uns aos outros pela caridade.”  - Paulo - ( Gálatas, 5:13 )




Amados irmãos, bom dia!
"Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar  o  aprendizado com Jesus Cristo? Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos? No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos os filhos, observando­lhes a conduta. Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de vôo espiritual para o Infinito. A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão  do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 






E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles. E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fi el. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fi el, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros (Mt 25:19-27). 

“E muito tempo depois”, assinala o período posterior ao aprendizado desenvolvido pelo Espírito. Indica a avaliação do estágio probatório, quando o Pai afere o resultado das provas ou testes que serviram de lições à criatura, no seu processo de ascensão espiritual. O “ajuste de contas” é, pois, uma aferição de valores que cedo ou tarde nos alcança. Não há como fugir dessa avaliação divina. Neste sentido, os planejamentos reencarnatórios têm como base essa aferição, ou seja, a análise dos resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo Espírito em cada etapa de aprendizado. 

Segundo a parábola e a interpretação do Espírito Irmão X, o servo que recebera cinco talentos, duplicou-os esclarecendo, feliz, ao Senhor: — Senhor, eis tuas dádivas multiplicadas. Deste-me cinco e restituo-as em dobro. Respeitando a saúde, adquiri o tempo; espalhando a riqueza, aliciei a gratidão; usando a habilidade, recebi a estima; movimentando o discernimento, conquistei o equilíbrio, e distribuindo a autoridade em teu nome, ganhei a ordem. O teu plano de júbilo e evolução foi executado. O que recebera dois talentos também se posiciona jubiloso perante o Pai e explica como se conduziu: —Senhor, recebe teus haveres multiplicados. Elevando a inteligência obtive o trabalho e, submetendo o poder à tua vontade sábia, atraí o progresso. A tua expectativa de instrução e ajuda no meu setor de atividade foi atendida. Logo após, acercou-se o terceiro e último servo da expedição e, devolvendo, intacto, o patrimônio que recebera, notificou: — Senhor, recolhe de volta a indesejável herança que me deste... Sei que és austero e exigente, que colhes o que não semeias e que ordenas por toda parte... Experimentando enorme dificuldade para aguentar a carga que me puseste nos ombros e temendo-te o juízo, escondi-a na terra e reponho-a, agora, em tuas mãos... Esta dádiva é um fardo difícil de carregar... Constituiu-se desagradável recordação por onde passei, estorvou-me os desejos e, de modo algum, desejaria possuí-la, outra vez. É impossível obter lucros ou vantagens com semelhante obstáculo. Retoma, pois, teu estranho e insuportável depósito!...

Duas atitudes se destacam, de imediato, no comportamento desse servo: 

a) não assume a responsabilidade pelo próprio fracasso; 

b) culpa o Senhor pelos seus insucessos. 

Em consequência, foi denominado “mau e inconsequente” (Mt 25:26) ou “servo mau e infi el” (Irmão X). O Poderoso contemplou-o, triste, e falou, enérgico: — Servo mau e infiel, como poderias multiplicar minha bênção se nem ao menos te deste ao esforço de examiná-la? Como iluminar o caminho se mantiveste a lâmpada apagada? Tua ociosidade transformou alguns gramas de serviço benéfico em várias toneladas de angústia que doravante pesarão sobre ti. Criaste fantasmas que nunca existiram, multiplicaste preocupações e receios que te levaram a gritar e espernear como simples tolo, no avançado círculo de minhas obras... Por fim, atiraste-me o tesouro ao pântano do desespero e da revolta e vens comentar o temor e o zelo que minha presença te infunde, quando foste tão somente preguiçoso e insensato! A dor era a tua oportunidade sagrada e única de iluminação ao próprio caminho, para que a tua claridade amparasse os companheiros de luta regenerativa e salutar. Repeliste o dom que te confiei [...]" -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






498. Será por não poder lutar contra Espíritos malévolos que um Espírito protetor deixa que seu protegido se transvie na vida? 

“Não é porque não possa, mas porque não quer. E não quer, porque das provas sai o seu protegido mais instruído e perfeito. Assiste-o sempre com seus conselhos, dando-os por meio dos bons pensamentos que lhe inspira, porém que quase nunca são atendidos. A fraqueza, o descuido ou o orgulho do homem são exclusivamente o que empresta força aos maus Espíritos, cujo poder todo advém do fato de lhes não opordes resistência.” 




Que a graça e a paz sejam conosco!

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