“Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servivos uns aos outros pela caridade.” - Paulo - ( Gálatas, 5:13 )
Amados irmãos, bom dia!
"Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o
aprendizado com Jesus Cristo? Onde os que se sentem suficientemente livres para
converter espinhos em bênçãos? No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos
os filhos, observandolhes a conduta. Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a
expressões de vôo espiritual para o Infinito. A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas
com eles. Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos;
eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles. E o seu senhor lhe
disse: Bem está, servo bom e fi el. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito
te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, chegando também o que
tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos;
eis que com eles ganhei outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: Bem
está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fi el, sobre muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor. Mas, chegando também o que recebera
um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que
ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado,
escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo,
porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo
onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias, então, ter dado o
meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu
com os juros (Mt 25:19-27).
“E muito tempo depois”, assinala o período posterior ao
aprendizado desenvolvido pelo Espírito. Indica a avaliação do
estágio probatório, quando o Pai afere o resultado das provas
ou testes que serviram de lições à criatura, no seu processo de
ascensão espiritual.
O “ajuste de contas” é, pois, uma aferição de valores que cedo
ou tarde nos alcança. Não há como fugir dessa avaliação divina. Neste
sentido, os planejamentos reencarnatórios têm como base essa aferição, ou seja, a análise dos resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo
Espírito em cada etapa de aprendizado.
Segundo a parábola e a interpretação do Espírito Irmão X, o
servo que recebera cinco talentos, duplicou-os esclarecendo, feliz, ao
Senhor:
— Senhor, eis tuas dádivas multiplicadas. Deste-me cinco e restituo-as em dobro. Respeitando a saúde, adquiri o tempo; espalhando a
riqueza, aliciei a gratidão; usando a habilidade, recebi a estima; movimentando
o discernimento, conquistei o equilíbrio, e distribuindo
a autoridade em teu nome, ganhei a ordem. O teu plano de júbilo e
evolução foi executado. O que recebera dois talentos também se posiciona jubiloso
perante o Pai e explica como se conduziu:
—Senhor, recebe teus haveres multiplicados. Elevando a inteligência
obtive o trabalho e, submetendo o poder à tua vontade sábia, atraí
o progresso. A tua expectativa de instrução e ajuda no meu setor de
atividade foi atendida. Logo após, acercou-se o terceiro e último servo da expedição e, devolvendo,
intacto, o patrimônio que recebera, notificou:
— Senhor, recolhe de volta a indesejável herança que me deste... Sei
que és austero e exigente, que colhes o que não semeias e que ordenas
por toda parte... Experimentando enorme dificuldade para aguentar a
carga que me puseste nos ombros e temendo-te o juízo, escondi-a na
terra e reponho-a, agora, em tuas mãos... Esta dádiva é um fardo difícil
de carregar... Constituiu-se desagradável recordação por onde passei,
estorvou-me os desejos e, de modo algum, desejaria possuí-la, outra
vez. É impossível obter lucros ou vantagens com semelhante obstáculo.
Retoma, pois, teu estranho e insuportável depósito!...
Duas atitudes se destacam, de imediato, no comportamento
desse servo:
a) não assume a responsabilidade pelo próprio fracasso;
b) culpa o Senhor pelos seus insucessos.
Em consequência, foi
denominado “mau e inconsequente” (Mt 25:26) ou “servo mau e
infi el” (Irmão X).
O Poderoso contemplou-o, triste, e falou, enérgico:
— Servo mau e infiel, como poderias multiplicar minha bênção se nem
ao menos te deste ao esforço de examiná-la? Como iluminar o caminho se mantiveste a lâmpada apagada? Tua ociosidade transformou
alguns gramas de serviço benéfico em várias toneladas de angústia que
doravante pesarão sobre ti. Criaste fantasmas que nunca existiram,
multiplicaste preocupações e receios que te levaram a gritar e espernear
como simples tolo, no avançado círculo de minhas obras... Por
fim, atiraste-me o tesouro ao pântano do desespero e da revolta e vens
comentar o temor e o zelo que minha presença te infunde, quando
foste tão somente preguiçoso e insensato! A dor era a tua oportunidade
sagrada e única de iluminação ao próprio caminho, para que a tua
claridade amparasse os companheiros de luta regenerativa e salutar.
Repeliste o dom que te confiei [...]" -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
498. Será por não poder lutar contra Espíritos malévolos que um Espírito protetor deixa que seu protegido se transvie na vida?
“Não é porque não possa, mas porque não quer. E não quer, porque das provas sai o seu protegido mais instruído e perfeito. Assiste-o sempre com seus conselhos, dando-os por meio dos bons pensamentos que lhe inspira, porém que quase nunca são atendidos. A fraqueza, o descuido ou o orgulho do homem são exclusivamente o que empresta força aos maus Espíritos, cujo poder todo advém do fato de lhes não opordes resistência.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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