“E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.” - Jesus - ( Atos, 9:16 )
Amados irmãos, bom dia!
"Debaixo da inspiração do Cristo, diariamente há movimentos de
aproximação entre quantos se candidatam ao bom entendimento, perante a vida
eterna. Alguns trazem a mão confortadora e amiga da assistência fraternal, outros o
júbilo sagrado da esperança sublime. Estabelecem-se novos acordos. Traçam-se novas diretrizes.
Imperioso é reconhecer, porém, que o Senhor mostrará a cada trabalhador o
conteúdo de serviço e testemunho que lhe compete fornecer no ministério do seu
Amor Infinito." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque
muitos são chamados, mas poucos, escolhidos (Mt 20:16).
Os indivíduos escolhidos serão os primeiros no Reino dos céus porque
souberam aproveitar, integralmente, os trabalhos na Vinha do Senhor, ao
longo das sucessivas reencarnações. Não temeram as lutas nem os desafios
impostos pelas provações, sempre agindo como alunos aplicados. Estes são os
trabalhadores de última hora.
O obreiro da última hora tem direito ao salário, mas é preciso que a sua boa vontade o
haja conservado à disposição daquele que o tinha de empregar e que o seu retardamento
não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Tem ele direito ao salário, porque desde
a alvorada esperava com impaciência aquele que por fim o chamaria para o trabalho.
Laborioso, apenas lhe faltava o labor.
A parábola dos trabalhadores da vinha deve calar fundo aos espíritas, em
razão do conhecimento que possuem a respeito da realidade espiritual e da necessidade
da prática da caridade, base da transformação moral. Neste sentido,
é sempre útil lembrar estas recomendações de O Espírito de Verdade:
Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação
da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com
desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! [...] Ditosos os que hajam dito a seus
irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao
chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que
sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias,
a fim de que daí não viesse dano para a obra!” [...]
Deus procede, neste momento,
ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é
apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos
que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na
grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros
serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.” -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
495. Poderá dar-se que o Espírito protetor abandone o seu
protegido, por se lhe mostrar este rebelde aos conselhos?
“Afasta-se, quando vê que seus conselhos são inúteis
e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se
à influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o abandona
completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem
quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este
o chame.
“É uma doutrina, esta, dos anjos guardiães, que, pelo
seu encanto e doçura, devera converter os mais incrédulos.
Não vos parece grandemente consoladora a idéia de terdes
sempre junto de vós seres que vos são superiores, prontos
sempre a vos aconselhar e amparar, a vos ajudar na ascensão
da abrupta montanha do bem; mais sinceros e dedicados
amigos do que todos os que mais intimamente se vos
liguem na Terra? Eles se acham ao vosso lado por ordem de
Deus. Foi Deus quem aí os colocou e, aí permanecendo por
amor de Deus, desempenham bela, porém penosa missão.
Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos
cárceres, nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão,
nem na solidão, estais separados desses amigos a quem
não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente,
ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.
“Ah! se conhecêsseis bem esta verdade! Quanto vos
ajudaria nos momentos de crise! Quanto vos livraria dos
maus Espíritos! Mas, oh! quantas vezes, no dia solene, não
se verá esse anjo constrangido a vos observar: ‘Não te aconselhei
isto? Entretanto, não o fizeste. Não te mostrei o abismo?
Contudo, nele te precipitaste! Não fiz ecoar na tua consciência
a voz da verdade? Preferiste, no entanto, seguir os
conselhos da mentira!’ Oh! interrogai os vossos anjos
guardiães; estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade
que reina entre os melhores amigos. Não penseis em
lhes ocultar nada, pois que eles têm o olhar de Deus e não
podeis enganá-los. Pensai no futuro; procurai adiantar-vos
na vida presente. Assim fazendo, encurtareis vossas provas
e mais felizes tornareis as vossas existências. Vamos,
homens, coragem! De uma vez por todas, lançai para longe
todos os preconceitos e idéias preconcebidas. Entrai na nova senda que diante dos passos se vos abre. Caminhai!
Tendes guias, segui-os, que a meta não vos pode faltar,
porquanto essa meta é o próprio Deus.
“Aos que considerem impossível que Espíritos verdadeiramente
elevados se consagrem a tarefa tão laboriosa e
de todos os instantes, diremos que nós vos influenciamos
as almas, estando embora muitos milhões de léguas distantes
de vós. O espaço, para nós, nada é, e, não obstante
viverem noutro mundo, os nossos Espíritos conservam suas
ligações com os vossos. Gozamos de qualidades que não
podeis compreender, mas ficai certos de que Deus não nos
impôs tarefa superior às nossas forças e de que não vos
deixou sós na Terra, sem amigos e sem amparo. Cada anjo
de guarda tem o seu protegido, pelo qual vela, como o pai
pelo filho. Alegra-se, quando o vê no bom caminho; sofre,
quando ele lhe despreza os conselhos.
“Não receeis fatigar-nos com as vossas perguntas. Ao
contrário, procurai estar sempre em relação conosco. Sereis
assim mais fortes e mais felizes. São essas comunicações
de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam
médiuns todos os homens, médiuns ignorados hoje, mas
que se manifestarão mais tarde e se espalharão qual oceano
sem margens, levando de roldão a incredulidade e a ignorância.
Homens doutos, instruí os vossos semelhantes;
homens de talento, educai os vossos irmãos. Não imaginais
que obra fazeis desse modo: a do Cristo, a que Deus vos
impõe. Para que vos outorgou Deus a inteligência e o saber,
senão para os repartirdes com os vossos irmãos, senão para
fazerdes que se adiantem pela senda que conduz à
bem-aventurança, à felicidade eterna?”
SÃO LUÍS, SANTO AGOSTINHO.
Nada tem de surpreendente a doutrina dos anjos guardiães,
a velarem pelos seus protegidos, malgrado à distância que medeia
entre os mundos. É, ao contrário, grandiosa e sublime. Não
vemos na Terra o pai velar pelo filho, ainda que de muito longe, e
auxiliá-lo com seus conselhos correspondendo-se com ele? Que
motivo de espanto haverá, então, em que os Espíritos possam, de
um outro mundo, guiar os que, habitantes da Terra, eles tomaram
sob sua proteção, uma vez que, para eles, a distância que vai
de um mundo a outro é menor do que a que, neste planeta, separa
os continentes? Não dispõem, além disso, do fluido universal,
que entrelaça todos os mundos, tornando-os solidários; veículo
imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós,
o da transmissão do som?
Que a graça e a paz sejam conosco!
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