“Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.” - Jesus - ( Lucas, 10:3 )
Amados irmãos, bom dia!
"O apelo do Cristo ressoa, ainda agora... É imprescindível caminhar na direção dos lobos, não na condição de fera
contra fera, mas na posição de cordeiros embaixadores; não por emissários da
morte, mas por doadores da vida eterna." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram
dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os
que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos
encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados. E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava
trajado com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo
veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés
e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de
dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos (Mt 22:8-14).
"Nestes versículos, Jesus informa «[...] que a palavra ia ser pregada a todos
os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a, seriam admitidos no
festim, em lugar dos primeiros convidados.» Sabemos que este trabalho foi
realizado, após a crucificação, pelos apóstolos e alguns discípulos do Cristo,
em especial o desenvolvido por Paulo de Tarso junto aos povos gentílicos.
Entretanto, para participar da festa é preciso estar vestido adequadamente,
com o “traje nupcial”, isto é, faz-se necessário que a pessoa traga puro o
coração, livre de más intenções, ainda que não possua base religiosa ou moral
significativas. «A veste de núpcias simboliza o amor, a humildade, a boa vontade
em encontrar a verdade para observá-la [...].»
Em síntese, é preciso que
o Espírito seja guiado pelos preceitos do Mandamento Maior: “Amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” (Mt 22:37-39).
Não [...] basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa
para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa,
estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o
espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não há salvação.
Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que a guardam e a
aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos de entrar no reino dos céus! Eis
por que disse Jesus: Chamados haverá muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.
Dessa forma, os hipócritas, os que promovem e executam lutas fratricidas,
desuniões e perturbações; os egoístas, os orgulhosos e vaidosos; os falsos profetas
e falsos cristos, oportunistas e embusteiros, que enganam as pessoas sob
a aparência de bondade e de religiosidade; os que se mantêm indiferentes ao
sofrimento do próximo, e que traficam com as coisas celestiais para obtenção
de vantagens materiais, todos eles, serão retirados da festa por não vestirem
o “traje nupcial”. Tais criaturas serão, portanto, conduzidos a reencarnações
dolorosas, representadas, no texto, como “trevas exteriores” onde haverá
“pranto e ranger de dentes”.
Para que atinjamos no mundo, o Reino de Deus, não nos pede o Senhor peregrinações
de sacrifício a regiões particulares; espera, entretanto, demonstremos coragem suficiente para viver, dia por dia, no exato cumprimento de nossos deveres, na viagem difícil da
reencarnação.
Não exige nos diplomemos nos preceitos gramaticais do idioma [...]; espera,
porém, que saibamos dizer sempre a palavra equilibrada e reconfortante [...]. Não nos
obriga a renúncia dos bens terrenos; espera, todavia, que nos dediquemos a administrá-los sensatamente [...]. Não nos impele as ginásticas especiais para o desenvolvimento
prematuro de forças físicas e psíquicas; espera, entretanto, nos esforcemos para barrar
pensamentos infelizes, dominando as nossas tendências inferiores. Não nos solicita a
perfeição moral de um dia para outro; espera, contudo, nos disponhamos a cooperar com
ele, suportando injúrias e esquecendo-as, em favor do bem comum. Não nos determina
sistemas sacrificiais de alimentação [...]; espera, porém, sejamos no respeito ao corpo
que a Lei da Reencarnação nos haja emprestado [...]. Não nos aconselha o afastamento
da vida social [...]; espera, no entanto, que exerçamos é bondade e paciência, perdão e
amor [...]. Jesus não nos pede o impossível; solicita-nos apenas a colaboração e trabalho
na medida de nossas possibilidades humanas, cabendo-nos, porém, observar que, se todos
aguardamos ansiosamente o Mundo Feliz de Amanhã, é preciso lembrar que, assim
como um edifício se levanta da base, o Reino de Deus começa de nós." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
514. Os Espíritos familiares são os mesmos que os Espíritos simpáticos ou
os Espíritos protetores?
“Há muitas gradações na proteção e na simpatia; dai-lhes os nomes que
quiserdes. O Espírito familiar é, antes, o amigo da casa.”
Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza dos Espíritos que se
ligam ao homem, pode-se deduzir o seguinte:
O Espírito protetor, anjo guardião, ou bom gênio é aquele que tem por missão acompanhar
o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior, relativamente
à do protegido.
Os Espíritos familiares se afeiçoam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, com o fim de lhes ser úteis, no limite de seu poder, frequentemente, bastante limitado; são bons, porém, algumas vezes, pouco adiantados e, até, um pouco levianos; ocupam-se
de boa-vontade com detalhes da vida íntima e só agem por ordem ou com a permissão dos
Espíritos protetores.
Os Espíritos simpáticos são aqueles que são atraídos por nós, por afeições particulares
e uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal. A
duração de suas relações está, quase sempre, subordinada às circunstâncias.
O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem, com o fim de
desviá-lo do bem; mas age por seu próprio impulso e, não, em virtude de uma missão. Sua
tenacidade é proporcional ao acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem é sempre
livre para escutar sua voz ou para repeli-lo.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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