quinta-feira, 22 de junho de 2017

Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também


“Assim também vós, cada um em particular, ame a sua  própria mulher  como  a si mesmo, e  a mulher reverencie o seu  marido.”  - Paulo - ( Efésios, 5:33 )




Amados irmãos, bom dia!
"As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca­se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas. É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 






Interpretação do texto evangélico:

Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida (Mt 18:23-27). 

"A parábola faz referência a uma prática que existia na antiguidade: as pessoas que não podiam pagar as suas dívidas transformavam-se em escravos, podendo ser vendidos, eles e seus familiares. Os bens materiais que possuíam como casa, terras, moedas, animais etc., eram transferidos para o novo proprietário. O devedor citado na parábola devia uma quantia fabulosa. Vendo-se, porém, «[...] ameaçado de ser vendido, e mais a mulher, os filhos, e tudo quanto possuía, para resgate da dívida, pediu moratória, isto é, um prazo para que pudesse satisfazer a tão vultoso compromisso, e o rei [ou senhor], compadecendo-se dele, deferiu-lhe o pedido.» 

Inúmeras vezes fez o Mestre referência ao perdão, destacando-o por valioso e indispensável imperativo à evolução humana. Interpelado por Pedro se devia perdoar “sete vezes”, respondeu-lhe que devia perdoar “setenta vezes sete” [Mt 18:21-22], que equivale a dizer: perdoar indefinitivamente, tantas vezes quantas forem necessárias.  Realizando uma análise mais apurada da história, verificamos que o perdão, concedido porque aquele senhor, provinha de uma alma elevada, portadora de sentimentos nobres como misericórdia, tolerância, generosidade, capacidade para ouvir e para perceber as dificuldades do endividado. São atributos comuns aos Espíritos superiores, cuja benevolência é incomparável, uma vez que têm por norma de conduta seguir este procedimento: “[...] tudo o que vós  quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”(Mt 7:12). 

Esta [...] é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






507. Pertencem todos os Espíritos protetores à classe dos Espíritos elevados? Podem contar-se entre os de classe média? Um pai, por exemplo, pode tornar-se o Espírito protetor de seu filho? 

“Pode, mas a proteção pressupõe certo grau de elevação e um poder ou uma virtude a mais, concedidos por  Deus. O pai, que protege seu filho, também pode ser assistido por um Espírito mais elevado.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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