“Santifica-os na verdade.” - Jesus - ( João, 17:17 )
Amados irmãos, bom dia!
"Não podemos esquecer que, em se dirigindo ao Pai, nos derradeiros
momentos do apostolado, rogoulhe Jesus santificasse os discípulos que ficariam no
plano carnal. É significativo observar que o Mestre não pediu regalias e facilidades para
os continuadores. Não recomendou ao Senhor Supremo situasse os amigos em
palácios encantados do prazer, nem os ilhasse em privilégios particularistas. Ao
invés disso, suplicou ao Pai para que os santificasse na condição humana." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito
e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então, o seu senhor,
chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela
dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu
companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor
o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará
também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão,
as suas ofensas (Mt18: 31-35).
"Este trecho, do registro de Mateus, nos reporta à manifestação da lei de
causa e efeito. Percebemos, em primeiro, lugar que a criatura endividada recebeu
a indulgência e o perdão, mas, malbaratando-os, adquiriu novas dívidas. Em
segundo lugar o pagamento que, no início, seria governado pela lei de Amor
passou para a custódia e rigor da lei de ação e reação, simbolizada na expressão
“atormentadores”, existente no seguinte período gramatical: “indignado, o seu
senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia”.
Este tópico da narrativa evangélica é de suma importância. Revela, claramente, que há
sempre um limite no pagamento das dívidas. Estas podem, algumas vezes, ser realmente
muito vultosas, como no caso prefigurado — dez mil talentos! — mas, uma vez pago
esse montante, o devedor fica com direito à quitação. Semelhantemente, o pagamento
dos dez mil talentos pode determinar longos períodos de sofrimento, muitas existências
expiatórias [...]. A primeira alternativa, relacionada ao pagamento de uma dívida, está
sempre vinculada à misericórdia divina, pois é o resgate pelo Amor, que é simbolizado na prática da caridade, como ensina o apóstolo Pedro: “Mas,
sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade
cobrirá a multidão de pecados” (1Pe 4:8).
A segunda possibilidade só é estabelecida quando o Amor é ignorado.
Assim, a dívida passa a ser administrada pela lei da causalidade, cujo pagamento
ocorre não sem a manifesta misericórdia de Deus, sempre presente,
mas vinculada aos ditames da justiça divina.
Fica evidente que os reajustes espirituais, quando governados pela Lei de
Amor, são os preferidos, ainda que sob o peso das renúncias.
Neste propósito esclarece o benfeitor Emmanuel:
Em qualquer parte, não pode o homem agir, isoladamente, em se tratando da obra de
Deus, que se aperfeiçoa em todos os lugares. O Pai estabeleceu a cooperação como princípio
dos mais nobres, no centro das leis que regem a vida. No recanto mais humilde,
encontrarás um companheiro de esforço. Em casa, ele pode chamar-se “pai” ou “filho”;
no caminho, pode denominar-se “amigo” ou “camarada de ideal”. No fundo, há um só
Pai que é Deus e uma grande família que se compõe de irmãos. [...] Santifica os laços
que Jesus promoveu a bem de tua alma e de todos os que te cercam. [...]Observa em
cada companheiro de luta ou do dia uma bênção e uma oportunidade de atender ao
programa divino, acerca de tua existência. Há dificuldades e percalços, incompreensões e
desentendimentos? Usa a misericórdia que Jesus já usou contigo, dando-te nova ocasião
de santificar e de aprender." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
509. Quando em estado de selvageria ou de inferioridade
moral, têm os homens, igualmente, seus Espíritos protetores?
E, assim sendo, esses Espíritos são de ordem
tão elevada quanto a dos Espíritos protetores de
homens muito adiantados?
“Todo homem tem um Espírito que por ele vela, mas
as missões são relativas ao fim que visam. Não dais a uma
criança, que está aprendendo a ler, um professor de filosofia.
O progresso do Espírito familiar guarda relação com o
do Espírito protegido. Tendo um Espírito que vela por vós,
podeis tornar-vos, a vosso turno, o protetor de outro que
vos seja inferior e os progressos que este realize, com o auxílio que lhe dispensardes, contribuirão para o vosso adiantamento.
Deus não exige do Espírito mais do que comportem a
sua natureza e o grau de elevação a que já chegou.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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